O chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia”

Joaquim_Barbosa123

O chicanista pegou a bola e falou que não queria brincar mais.

Via Carta Maior

Quando o 5º voto contra, declarado pelo ministro Marco Aurélio, empatou o jogo na apreciação dos embargos infringentes da AP 470, Joaquim Barbosa preferiu não arriscar.

Excepcionalmente frio e discreto, soprou o apito final da sessão e adiou o desfecho para a próxima semana, concedendo assim tempo e voz ao 12º ministro para agir: a mídia conservadora.

Caberá a ela sacudir o cansaço da classe média com o assunto e mobilizar “o clamor da sociedade” para emparedar o decisivo voto de desempate, que coube ao ministro Celso de Mello.

Em tese, não seria preciso o ardil. O decano do STF formou com Barbosa e Gilmar o trio de detratores da política em geral e do PT, em particular, nesse desfrutável processo pelo qual o conservadorismo pretendeu realizar a sua capacitação ao poder, depois de seguidamente reprovado nas urnas.

Há um constrangimento, porém, que explica a cautela do presidente do STF e magnetiza as atenções de todo o mundo do Direito. Para que jogue a pá de cal contra os réus, Celso terá de renegar a própria biografia jurídica, pautada pelo reconhecimento da pertinência dos embargos.

Se o fizer, despindo-se da toga para subir ao palanque – do que tentará convencê-lo a mídia isenta – consumará a natureza política de um julgamento polêmico, todo ele cercado de excepcionalidades.

Rasgará não apenas sua reputação, mas a do próprio STF, abrindo uma trinca dificilmente cicatrizável no já fragilizado abrigo da equidistância do Direito no país. A ver.

***

Celso_Mello07_AP470

Celso de Mello teve de dar várias explicações sobre o inexplicável.

Celso de Mello pede para votar, mas Barbosa ignora

Felipe Recondo, via O Estado de S.Paulo e lido no SQN

Ministros do Supremo contrários ao novo julgamento fizeram ontem [12/8] “catimba” para adiar o voto de desempate de Celso de Mello. A cartada final foi do presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, que interrompeu a sessão mesmo com o pedido do decano para votar.

A tendência de Celso de Mello era votar pelos embargos infringentes. Os ministros contrários, porém, estenderam o quanto puderam a sessão. Queriam adiar a decisão para, eventualmente, obter uma mudança de posição até a próxima quarta-feira [18/9], quando o caso será retomado. A estratégia foi revelada por um ministro antes do intervalo da sessão de ontem [12/8]. A intenção, disse esse ministro, é fazê-lo “repensar”. Gilmar Mendes expôs seu voto contrário aos infringentes por mais de uma hora. Marco Aurélio Mello, que seria o penúltimo a falar, também. A ideia era mesmo interromper a sessão depois disso.

A realização de uma reunião do Tribunal Superior Eleitoral – do qual alguns ministros fazem parte – foi o argumento oficial para a interrupção antes do voto do decano. Às 18h30, porém, Celso de Mello havia se levantado, ido ao ouvido de Barbosa e dito que queria falar: tinha voto pronto, que o resumiria a 5 minutos para evitar que o caso se estendesse. Sabia que estava sendo envolvido na manobra de parte dos colegas. O presidente do STF ignorou o pedido. Celso de Mello ainda fez um gesto para intervir e tentar votar, mas a sessão foi encerrada.

Os ministros, então, correram para o decano. Os primeiros a chegar foram Luiz Fux e Barbosa, ambos contrários ao novo julgamento. Em seguida, chegou Ricardo Lewandowski, favorável aos infringentes. Ele deu um abraço em Celso de Mello e disse: “Bom fim de semana”.

***

Em 2 de agosto de 2012, Celso de Mello faz defesa enfática dos embargos infringentes. Será que agora o ministro mudará de opinião?

Leia mais sobre Joaquim Barbosa, o ex-menino pobre que mudou o Brasil:

Onde Joaquim Barbosa fracassou

Joaquim Barbosa fica na defensiva após revelação de seu patrimônio

Lewandowski tem de processar o indecente Barbosa

Vídeo: A grosseria imbecilizante de Joaquim Barbosa

Julgamento da AP470: Erro crasso motivou acesso de fúria de Joaquim Barbosa

Podem escrever: Comportamento de Barbosa no STF não vai acabar bem

A nova etapa da AP 470 tem de corrigir as injustiças

O arrogante Barbosa volta a ofender Lewandowski e tumultua julgamento da AP470

OAB cobre investigação contra Joaquim Barbosa

Paulo Moreira Leite: Joaquim, Pedro 1º e o racismo

Joaquim Barbosa pode ser destituído por usar imóvel do STF como sede de sua empresa

Joaquim Barbosa, o fora da Lei, utiliza imóvel do STF com sede de sua empresa

A origem do nome da empresa de fachada de Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa e os benefícios fiscais de seu imóvel em Miami

O doutor Joaquim Barbosa, a Veja, o domínio do fato e o apartamento em Miami

Apartamento de Joaquim Barbosa em Miami custou US$10,00

Sócio em offshore nos EUA, Joaquim Barbosa viola estatuto do servidor no Brasil

Joaquim Barbosa, o menino pobre que mudou o Brasil, compra apartamento milionário em Miami

Joaquim Barbosa condenaria eventual réu Barbosa

O laconismo da Uerj e a aliança entre Joaquim Barbosa e Jair Bolsonaro

A relação entre Joaquim Barbosa e a Uerj

O super-herói Joaquim Barbosa recebeu R$700 mil da Uerj sem trabalhar e quer retroativos

Miguel do Rosário: O mensalão de Joaquim Barbosa

O herói da mídia Joaquim Barbosa voa para ver o jogo do Brasil com dinheiro público

A Globo e Joaquim Barbosa são um caso indefensável de conflito de interesses

Joaquim Barbosa embolsou R$580 mil em auxílios atrasados

Joaquim Barbosa, quando quer, não domina a teoria do domínio do fato

De licença médica, Joaquim Barbosa bebe com amigos e emperra o STF

Nádegas de ouro: Reforma dos banheiros de Joaquim Barbosa custará R$90 mil

Reinaldo Azevedo: “A arrogância de Joaquim Barbosa é espantosa!”

O ético Joaquim Barbosa, o herói da mídia, usou passagens do STF quando estava de licença

Joaquim Barbosa ataca instituições democráticas do Brasil

STF paga viagem de jornalista de “O Globo”

Bater em mulher é covardia: Quando Joaquim Barbosa não era herói da mídia

***

Leia também:

Recordar é viver: Em 1998, Congresso decidiu manter os embargos infringentes

Em dúvida, contra o réu: Esta é a inovação do STF

Quem é Merval para falar em “desmoralização” do STF?

Paulo Moreira Leite: Justiça ou marketing

Algo de podre no reino do Joaquim Barbosa

PIG pressiona ministro Celso Mello

Paulo Moreira Leite: Apareceu a turma do quanto pior melhor

Quando a máfia midiática promove julgamentos

Ação Penal 470: Celso de Mello pediu para votar, mas Barbosa fez chicana

O chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia”

***

Tags: , , , ,

2 Respostas to “O chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia””

  1. Todas as virtudes de Joaquim Barbosa | Conversa Afiada Says:

    […] e pede armasSem convite de Dilma para África do Sul, Joaquim Barbosa atende tietes em São PauloO chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia”Onde Joaquim Barbosa fracassouJoaquim Barbosa fica na defensiva após revelação de seu […]

  2. O chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia” | C O O LTURA Says:

    […] See on Scoop.it – EVS NOTÍCIAS…O chicanista pegou a bola e falou que não queria brincar mais. Via Carta Maior Quando o 5º voto contra, declarado pelo ministro Marco Aurélio, empatou o jogo na apreciação dos embargos infringentes da AP 470, Joaquim Barbosa preferiu não arriscar.See on limpinhoecheiroso.com […]

Os comentários sem assinatura não serão publicados.