Flávio Ferreira, Mario Cesar Carvalho e José Ernesto Credendio, via Folha on-line
O Ministério da Justiça cobrou pelo menos três vezes que o procurador da República Rodrigo de Grandis respondesse ao pedido de investigação feito Ministério Público da Suíça em 2011 sobre os suspeitos de intermediar propinas pagas pela empresa Alstom a políticos e servidores de O Estado de S.Paulo.
A cobrança foi feita por meio de ofícios encaminhados pelo DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional). De Grandis, que recebeu em 2011 o pedido de apuração das autoridades europeias, também foi alertado verbalmente e via e-mail por promotores estaduais.
O procurador, contudo, nada fez para ajudar os colegas suíços em dois anos e oito meses.
No dia 26, a Folha revelou que o Ministério Público do país europeu cansou de aguardar a colaboração do procurador brasileiro e arquivou as investigações em relação a três suspeitos do caso.
A explicação do gabinete de Grandis foi a de que o pedido de cooperação não foi atendido porque o documento havia sido colocado incorretamente em uma pasta de arquivo, onde ficou desde fevereiro de 2011.
Os investigadores suíços haviam requerido ao procurador os interrogatórios de quatro investigados bem como a realização de uma ação de busca e apreensão na casa de um de um ex-diretor CPTM suspeito de receber suborno da Alstom.
O DRCI monitora requerimentos estrangeiros endereçados a autoridades brasileiras. Estas são alertadas quando há demora excessiva na apresentação de respostas às solicitações de outros países.
Segundo a Folha apurou, esse trabalho foi realizado em pelo menos três ocasiões para cobrar oficialmente Grandis em relação ao pedido suíço de 2011.
Além das advertências oficiais, promotores de São Paulo ligados às investigações do caso Alstom afirmaram à Folha que questionaram Grandis em diversas ocasiões sobre a solicitação.
A justificativa do procurador de que o requerimento foi colocado em uma pasta errada foi a terceira versão apresentada por ele para explicar a falta de cooperação com a Suíça.
Quando o pedido foi divulgado pela imprensa, no início do mês, Grandis disse que adoção das medidas requeridas pelos suíços poderia alertar os suspeitos e assim prejudicar as investigações das autoridades brasileiras.
Depois, informou que todos os requerimentos suíços de cooperação endereçados a ele haviam sido atendidos.
No dia 25, porém, o gabinete de Grandis relatou que ocorreu a “falha administrativa” de colocar o pedido na pasta errada.
Ontem, a corregedoria do Ministério Público Federal anunciou a abertura de sindicância em relação a Grandis. A corregedoria do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), órgão de controle externo do Ministério Público, também abriu investigação sobre ele anteontem.
Procurado, Grandis disse à Folha que não responderia às questões da reportagem e sua manifestação seria enviada por sua assessoria.
O órgão informou que as perguntas não seriam respondidas em razão do sigilo do pedido suíço e que Grandis está “à disposição” das autoridades para prestar esclarecimentos.
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3 de novembro de 2013 às 13:13
Causa-me nojo uma desculpa tão ESFARRAPADA como esta dada pelo dito cujo, fica pergunta: Ninguém observa estes caras para serem guindados a um dos postos mais relevantes do País? Onde anda a ABIN e outros sistemas de informações que todos os Estados devem estar em alerta?