Ouro Preto, 22/01/24
Construindo meu aprendizado, olhando mais para mim mesma, resolvi escrever sobre esse meu processo que vivencio em vida! Assim também olhamos para a nossa gestação, período de amamentação, infância… Com carinho! O amor fluindo, transmutando, liberando e libertando. Seguimos. A vida é também servir!
Mas antes de tudo é bom explicarmos um pouco o que é catarses, né?
Vejo como um descarte de algo que incomoda, uma transformação de um sentimento ruim, de uma transformação de algo que nos aflige, mesmo tendo passado tempo e ser visto como “resolvido”, que precisa ser colocado para fora. Diminuindo a tensão interna, que fica nos causando dificuldades para seguir em frente.
Segundo os filósofos, a palavra catarse, quer dizer:
Aristóteles: “limpeza da alma”
Platão: “é associação entre o melhor e o pior, onde o melhor é mantido e o pior rejeitado.”
Já na pedagogia histórico crítica: “é o ponto culminante do processo educativo”, refere-se ao momento em que o estudante incorpora o aprendizado e passa a utilizá-lo como “ferramenta de luta para construção de uma sociedade sem classes.”
Assim eu me vi quase 60 anos após um acidente do meu filho e também um momento crucial na vida da minha filha (50 anos atrás) e até mesmo o momento de nascimento e amamentação deles… Ainda refletindo nas escolhas da minha vida, me impedindo de me libertar de sentimentos como o medo, insegurança, incapacidade… Para eu seguir mais tranquilamente a minha vida. As raízes são profundas, mas com o autoconhecimento, a nossa busca pela evolução, às vezes necessitamos de fazer catarses… Ir ao meu íntimo e relembrar, acolher, chorar… Para assim deixarmos ir. Foi o que me aconteceu e eu quis trazer em forma de carta. Agradeço! O amor venceu e acendeu ainda mais forte a Luz que me guia, aqui e agora, nessa vida.
Então…
Catarses! Para que elas servem?
Para que possamos olhar para trás e resgatar a nossa originalidade, a nossa essência!
A dor vem e vai e volta… Como uma espiral vamos deixando sentimentos, pensamentos, emoções e subindo mais um degrau na nossa evolução.
Ora olhamos e nos vemos pequenos, magoados, impotentes, querendo impressionar o(s) outro (s)… Ora nos libertando e revendo o que realmente é importante para dentro da gente!
Nessa dança da vida, vão acontecendo tantas coisas, muitas sem controle algum da gente, outras por pura displicência… Ambas para nos impulsionar. Para que vejamos o futuro com novos olhos e apreendamos a viver cada vez mais o aqui e agora. A curtir cada momento e fazer dele e nele o que se faz necessário com muito amor e vivendo o instante sem culpas e mais tranquila. Harmonizada. Gratidão!
Tenho 63 anos, e sou mãe de dois filhos
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