EURO 2008 – Pontapé de saída
7 Junho, 2008 at 4:30 pm 1 comentário
Depois do que aconteceu no EURO 2004, com o absolutamente inesperado triunfo da Grécia, a atitude mais prudente seria mesmo a de revelar os “prognósticos só no fim”.
Mas, assumindo um pouco o risco, à partida para a principal competição europeia de futebol – e quando estamos a cerca de meia hora do seu início – há um lote de selecções que reunem algum favoritismo: as tradicionais Itália, França, Espanha, Holanda e Alemanha (não obstante não ter vencido nenhum dos 6 jogos que disputou desde que, em 1996, se sagrou Campeã da Europa), a que aqui junto também a R. Checa. Se tivesse de apostar apenas numa, a minha opção (enquanto equipa favorita) recairia na Espanha.
Quanto a Portugal, em condições normais – e não obstanta a reconhecida classe de alguns dos seus jogadores, com Cristiano Ronaldo ostentando, a priori, o estatuto de estrela maior desta prova (como gostaria de a ver confirmada!…) – não deverá “entrar nestas contas”.
Nas quatro presenças anteriores em Fases Finais do Campeonato da Europa de Futebol (1984, 1996, 2000 e 2004), a equipa portuguesa sempre conseguiu ultrapassar a fase de grupos, tendo inclusivamente, nas 3 últimas edições, vencido o seu Grupo de apuramento (sendo aliás a única selecção que alcançou esta proeza). O historial de Portugal é muito bom, registando um 2º lugar, 2 terceiros e um 5º, com a particularidade de ter atingido os 1/4 Final em 1996, as 1/2 Finais em 2000 e a Final em 2004.
Infelizmente, receio que esta sucessiva tendência ascensional não tenha continuidade este ano. Mais, atrevo-me a antecipar que Portugal poderá inclusivamente não vencer nenhum dos jogos da presente edição… Oxalá tenha de vir a “retratar-me”!
Desde logo, porque – em minha opinião, contrariamente ao que se poderá comummente supor – a equipa portuguesa está integrada num Grupo difícil: uma das mais fortes candidatas ao título, a R. Checa, uma equipa fogosa como a da Turquia, e a Suíça, um dos países organizadores, com o que de dificuldade acrescida tal poderá implicar no último jogo da fase de qualificação.
Depois, porque Portugal – com uma sofrível campanha na fase de apuramento, praticamente sempre em “serviços mínimos” – se apresenta com uma equipa desequilibrada, com notórias insuficiências. Ao exacerbado protagonismo e mediatismo de Cristiano Ronaldo (com inevitáveis repercussões a nível da necessária concentração) contrapõe-se a ausência de um efectivo “ponta-de-lança”; o excesso de extremos é acompanhado por uma linha média com jogadores demasiado fatigados ou fora de forma (João Moutinho ou Petit, por exemplo), ou com falta de ritmo competitivo (como é o caso de Deco).
São muitas as incógnitas no início deste EURO. Conseguirá Cristiano Ronaldo – no termo de uma tão magnífica como extenuante época – estar ao seu nível? Terá Deco adquirido entretanto o ritmo necessário para que possa assumir em plenitude o seu papel de pautar o jogo de Portugal? Poderá João Moutinho resistir ao cansaço e afirmar-se como vector determinante do meio-campo? Estará Bosingwa na forma que apresentou durante o ano, como elemento municiador de ataque, provocando desequilíbrios?
Com o incansável apoio dos emigrantes portugueses – num primeiro jogo que considero decisivo, em que a vitória será imprescindível -, têm a palavra os “Viriatos”!
Para acompanhar, “ao minuto”, via Twitter.
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1. ALEMANHA - ESPANHA « Euro 2008 | 29 Junho, 2008 às 9:45 pm
[…] Europeia, tendo mostrado, durante toda a competição, formar a melhor equipa – tal como apostara aqui, no primeiro dia deste EURO -, jogando em colectivo, com um bloco (meio-campo e defesa) […]