Uma dose de inspirações, sonhos, idéias e realizações na veia, de forma concentrada e cavalar. Assim defino a minha experiência no TEDxSudeste, ocorrido no último sábado, no Rio de Janeiro. Aos organizadores do evento, parabéns pela iniciativa e obrigada pela oportunidade de participar. Foi 10. Foi intenso. Foi proveitoso. Me fez pensar. E me deu vontade de fazer diferente.
Como sou fã do TED internacional há longa data, assistir uma versão independente tupiniquim seria uma experiência e tanto. Perdi o TEDx de SP e quando soube que aconteceria um no Rio, prometi pra mim mesma que não poderia ficar de fora. Pra completar a minha experiência no TEDxSudeste, resolvi convocar meu querido pai para participar do evento, com a idéia de incitar nele uma visão do outro lado da moeda, de eventos não acadêmicos, idealistas e atuais. Ele, que é físico e pesquisador, topou a proposta de imersão num universo um pouco diferente do que ele está acostumado. E lá fomos nós.
Como as palestras foram muitas, extraio aqui algumas citações e pensamentos que me marcaram ou me fizeram pensar. Vamos por tópicos. Vai ser longo, mas em doses cavalarmente homeopáticas, que aos poucos vou postando no Bricolagem.
André Trigueiro do meu ponto de vista deixou a desejar, palestrando de forma deveras teatral. Eu que odeio* teatro não poderia perdoar, certo? A essência, no entanto, foi bonitinha.
* aos queridos leitores que são atores ou amantes do teatro, peço sinceras desculpas pela revelação acima. O fato é que apoio o teatro e se fosse muito abastada patrocinaria causas teatrais. O meu problema com a manifestação artística em questão chama-se sono. Não adianta a peça que eu vá assistir, de profissional a amadora, que um sono irresistível toma conta de mim e desmaio em menos de 1 minuto. E não adianta lutar contra o sono. Melhor encostar e bancar a bela adormecida, que passar por pescadora.
Viviane Mosé permeou – pelo que me lembre – o tema educação e inclusão digital. Sua fala me fez lembrar o ótimo vídeo de Michael Wesch “A vision of Students Today”, que mostra a realidade dos estudantes norte americanos diante das mudanças no mundo digital. Pra quem não acompanha o Bricolagem, Wesch é professor de antropologia da Kansas State University e é autor de outros ótimos vídeos, como o clássico “The machine is us/ing us” e “Information R/evolution”. Vale a pena conhecer seu trabalho.
Ronaldo Monteiro com sua ótima fala partilhou referências pessoais, sonhos y otras cositas más. Falou de “compartilhamento de forças e idéias para mudar o mundo”.
Karen Worcman me inspirou profundamente com as histórias do Museu da Pessoa. Uma idéia simples, inspiradora e que valoriza o ser humano. Simplesmente lindo. Fiquei pensando em quantas pessoas interessantes e fantásticas já cruzaram a minha vida, ou que fazem parte dela, e de como que suas vidas poderiam ser uma obra de museu. Passe lá e dê uma conferidinha http://www.museudapessoa.net.
Teresa D’amaral começou e encerrou sua palestra falando sobre o ato hipócrita de doar roupas velhas – aquelas que você não usa mais e que estão esquecidas – para vítimas do terremoto no Haiti. Viajando um pouco, me lembrou um artigo/estudo que fala sobre o consumo verde a e relação com pequenos delitos. As pessoas consomem verde, ou executam algum ato supostamente altruísta, e depois se sentem no direito de fazer “maldades” como roubar, ou ser desleal. Seria como se a quota de consumo verde desse o aval para pequenos atos anti-éticos. Estranho, mas real. Leia mais aqui.
A essa altura eu já estava pensando… ui… vão ficar falando de educação e consumo verde o dia todo.
To be continued… 😀 (Leia aqui)
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