Adaptado do texto do designer Bruno Faidutti
Jogos que dependem exclusivamente da sorte podem ser tornar entediantes e pouco desafiadores porque o que realmente traz animação em uma partida é o controle que o jogador pode ter sobre a mesma, com aquela sensação de recompensa ao fazer boas jogadas e/ou tomar boas decisões.
De uma maneira geral adultos são muito melhores do que crianças em jogos que dependem grandemente de habilidades como táticas, estratégia ou até mesmo na destreza.
Mas em contrapartida, a memória de curto prazo, a que é usada durante os jogos, é provavelmente a única em que as crianças são iguais, ou até melhores, do que os adultos.
Portanto jogos que trabalham e usam a memória tornam-se desafiadores e engraçados para grupos compostos por adultos e crianças, até mesmo para famílias.
Uma tendência da época moderna é que a memória tem sido cada vez menos valorizada, do que outras habilidades intelectuais.
E dentro do momento de jogar, acaba-se valorizando mais aqueles jogos com profundidade estratégica e por consequência a um entendimento pobre sobre o que seria jogar: que vença o melhor, como se jogar tivesse como objetivo de mostrar quem é o melhor, como se vencer provasse uma superioridade intelectual sobre os demais.
E dentro do contexto dos jogos que usam a memória não existe essa situação (ou ela é grandemente minimizada) porque aqueles que são bons com a memória de curto prazo são geralmente considerados engraçados e curiosos, e não necessariamente superiores.
Existe tanta habilidade num jogo de memória quanto num jogo de xadrez, mas com menos drama.
E vamos listar 4 jogos que usam a memória para a criançada se divertir!
Cocoricó Cocorocó
Nessa corrida das galinhas e galos a memória é fundamental para ultrapassar os obstáculos e roubar as penas dos outros competidores.
Super simples mas divertido vai agradar a criançada e estimular bastante a memória (leia minha resenha sobre ele aqui).
Para crianças a partir de 4 anos.
As Escadas Assombradas
Nessa divertida aventura, os jogadores são transformados em fantasmas no meio do caminho e a confusão começa.
Você precisa tentar lembrar quem você é durante a aventura e com a troca dos fantasmas de lugar a diversão é certamente garantida (leia minha resenha sobre ele aqui).
Para crianças a partir de 4 anos.
My First Stone Age
Além de coletar os recursos em diversas regiões do tabuleiro é fundamental lembrar das posições de cada ficha ao redor do tabuleiro para otimizar seus movimentos.
Planejar, fazer trocas e memorizar como se deslocar para conseguir os recursos necessário torna My First Stone Age um jogo sensacional, super recomendado (leia minha resenha aqui).
Para crianças a partir de 4 anos.
Leo
Nesse jogo cooperativo, sua turma precisa levar Leo para cortar o cabelo, mas o caminho é longo e será necessário lembrar do que vocês já encontraram pela frente para terem sucesso, ideal para começar com crianças à partir de 3 ou 4 anos.
Um jogo muito bacana, simples mas que diverte bastante (leia minha resenha aqui).
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[…] Uma pequena latinha, que cabe na palma da mão (e dentro de qualquer bolsa ou mochila) com uma boa produção, certamente é uma boa pedida para a criançada. Como o jogo prioriza o elemento memória isso traz de certa maneira um equilíbrio na mesa (se quiser ler uma postagem sobre os motivos para se jogar jogos que envolvem o uso da memória clique aqui). […]
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[…] que envolve memória (leia esse artigo interessante sobre o uso da memória em jogos de tabuleiros aqui) e um pouco de sorte e tem o elemento cooperativo como um dos aspectos mais interessantes, pois é […]
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