Via Jornalismo Wando
Como todos já devem saber, nossa guerreira itaú-guarani-kaiowá não conseguiu emplacar o sonho da terceira via, a Rede Sustentabilidade, o partido apartidário. Motivo? Um megacomplô arquitetado pelos cartórios governistas em conluio com o espírito imortal de Hugo Chavez.
Foi aí então que todos saíram à caça do apoio do Itaú e dos 16% de Marina nas pesquisas de Marina e seu projeto político diferenciado. O ecológico PEN se ofereceu todo, o conservador PTB flertou, o quase-tucano PPS implorou. Mas quem acabou conquistando o coração de Marina foram os olhos verdes de Eduardo Campos do PSB. Sim, o PSB, uma legenda que leva socialismo no nome, mas que é ligada ao agrobusiness, à família Bornhausen, ao Ronaldo Caiado, ao Heráclito Fortes e a toda uma turma do bem que vem fazendo a diferença na política nacional.
Definida a decisão do TSE, nossa guerreira passou a mão no telefone e ligou para Dudu:
“Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser sua vice e estou indo para o PSB”, contou Marina, relatando ainda que Campos ficou mudo, mas muito eufórico.
A euforia do socialista é compreensível se levarmos em conta o esforço que tem feito para se desvincular do governo – do qual fez parte por uma década – e criar uma candidatura capaz de impedir a reeleição de Dilma.
Além dos quase 20% de intenções de voto, Campos traz pro partido toda a força política e econômica incorporada por Marina na Rede, ou seja: o Itaú, a Natura, os artistas globais, os amantes da natureza, alguns tucanos, alguns psolistas, os ursinhos carinhosos e todos os usuários da tag #AcordaBrazil.
O cenário vai ficando cada vez mais complicado para o governo que contava com a fatura liquidada no 1º turno, como apontavam as pesquisas. Essa grande frente oposicionista, que batizei de “Frente itaú-guarani-kaiowá-naturassocialista-pentecostal dos últimos dias”, tem tudo pra levar a decisão pro 2º turno.
Apesar de não cumprir regras válidas para todos os partidos, Marina, fera ferida, caiu atirando e discursou como uma clandestina política, vítima da máquina governista:
“Nós [Rede] somos o primeiro partido clandestino criado em plena democracia. […] E o PSB é um partido sério. A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil.”
O curioso é que, há uma semana, Zé Serra externou a mesmíssima preocupação:
“A minha prioridade é derrotar o PT, cuja prática e projeto já comprometem o presente e ameaçam o futuro do Brasil.”
Incrível como nossos oposicionistas estão afinados na reginaduartização do discurso, não? Mas o que mais me espanta em Marina é a forma corajosa com que afirma:
“A decisão foi de assumir posição, e a posição é programática não é pragmática.”
Marina combate o pragmatismo político levando a Rede pro colo do ex-governista PSB, um partido ligado ao agronegócio tão combatido pela turma da… Rede. Também combate o chavismo se aliando a um histórico parceiro político e econômico de… Chavez. Tá aí o Raul Jungman (PPS) que não me deixa mentir com esse tuíte de 2010:
Ao insistir que a aliança não é pragmática, Marina fez muitos se lembrarem de Wanderney, o antigo personagem do Casseta & Planeta que, ao ser flagrado na sauna gay, gritava: “Eu não sou gay! Eu não sou gay! Juro que não sou!”
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Tags: Chavismo, Eduardo Campos, Eleições 2014, Filiação, Hugo Chavez, Marina Silva, Presidência da República, PSB, Rede Sustentabilidade, Vice
4 de abril de 2014 às 10:08
Daliane Venceslau Morandi
Agora mesmo Engana-se quem acredita que o idealismo de Marina esta pautado em seu novo partido o Rede Sustentabilidade. Ao se unir ao PSB de Campos que favorece o agronegócio no país fica claro que o verdadeiro idealismo da ‘ambientalista’ é ser a futura presidenta do Brasil!!!
10 de outubro de 2013 às 6:19
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