Open Innovation vs Design Thinking

Design, como modelo de negócio, é um processo de inovação!

É também, uma forma de encontrar o problema, de o estruturar e de o resolver.

Ao falarmos de pensar design, estamos a falar de aprender ao fazer, onde o falhar cedo é bom e onde no início do processo não há julgamentos. Centrado nas pessoas, pensar design, trabalha com a ambiguidade e olha para os utilizadores externos.

Roger Martin, diz que, pensar design, é uma abordagem, para projectar produtos e serviços, que leva em conta não apenas as necessidades dos consumidores, mas também as suas infra-estruturas sociais e culturais.

Estas estruturas sociais e culturais são sistemas complexos, isto é, são compostos por vários elementos (pessoas), diferentes entre si, mas interligados. As estruturas sociais apresentam-se, ou são vistas como um todo, não sobressaindo os aspectos particulares.

Isto é importante, porque um sistema deve ser tratado como tal, procurando as propriedades emergentes, que podem não ser estáticas e portanto, possuírem a capacidade de mudar e aprender com a experiência.

Um sistema de saúde é, um exemplo claro de complexidade, onde a capacidade de mudança é notório, nomeadamente quando assistimos a situações catastróficas. É também notória a capacidade de aprendizagem e de adaptação a novas situações, por isso são tratados como sistemas complexos e adaptativos, que incorporam uma dinâmica interdisciplinar.

As equipas interdisciplinares na área da saúde, têm produzido bons exemplos não só do processo, pensar design, como também da co-criação de soluções.

“Inovação aberta “, isto é, “ a utilização das entradas e saídas de propósitos de conhecimento para acelerar a inovação interna, e ampliar os mercados, para o uso externo das inovações, respectivamente. [Este paradigma] pressupõe que as empresas podem e devem usar ideias externas, assim como ideias internas, e caminhos internos e externos para o mercado, como olham para o avanço da sua tecnologia. ” – Henry Chesbrough

Na forma de conceito e memo no fazer, há pontos comuns entre o processo de pensar design e inovação aberta. Há uma cultura de partilha que se rentabiliza ao máximo com equipas interdisciplinares.

“Sessenta e três por cento dos executivos, no nosso exame reconheceram que a inovação aberta é uma alternativa económica para o desenvolvimento tradicional. Cerca de metade também concordaram que a inovação aberta pode combater a escassez de ideias em casa.” Accenture

É no espaço de desenvolvimento do conceito, no pensar design, encontrar necessidades, no brainstorming ou prototipagem, que mais se acentua a co-criação. Os resultados serão tanto melhores quanto maior a diversidade de disciplinas, que constituem as equipas interdisciplinares.

A interdisciplinaridade e a co-criação são hoje uma realidade, que se evidencia na Web 2.0. A troca de experiências e de conhecimentos é facilitada a uma velocidade enorme e as distâncias já há muito deixaram de fazer sentido. Se há resistência à mudança, é sinal de conforto e de falta de abertura, e é aí que é preciso também “fazer o desenho”

Como diz Roger Martin, apoiar e reforçar a produtividade com instrumentos baseados na Internet é um desafio e uma oportunidade (como é Enterprise 2.0, gestão do conhecimento 2.0, etc.) Combinar o pensamento de design e abordagens de gestão da complexidade (com base nos princípios de conectividade, adaptabilidade e emergência), é a base teórica do meu trabalho de consultoria.

“Os melhores produtos do mundo, não podem ter sucesso, se os clientes estão confusos com eles. Conceber produtos que são mais simples de entender e usar, faz parte da resposta.” – Accenture

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Uma resposta to “Open Innovation vs Design Thinking”

  1. uberVU - social comments Says:

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