SINOPSE E COMENTÁRIO
Clara (Sonia Braga) é uma jornalista e escritora especializada na crítica musical, viúva e mãe de três filhos adultos. Ela vive em seu departamento de toda a vida no distrito de Boa Viagem, em Recife, em um edifício chamado Aquarius, rodeado por livros e de uma coleção sem fim de discos em vinil.
Cada situação e cada peça de mobiliário ou canto da casa, a transporta a seu passado feliz e apaixonado, que inclui também a sua dura luta contra o câncer de mama. Mas a realidade cai sobre ela quando é informada que a propriedade está na mira de uma grande construtora, pela sua localização valiosa, e que será demolido para dar lugar a um edifício moderno: o novo Aquárius. Todos os outros proprietários já decidiram vender seus apartamentos para a construtora, aproveitando a oportunidade imobiliária oferecida a eles, enquanto Clara, agarra-se a seu apartamento, decide resistir e não vender. A guerra que começa não tem regras muito definidas e, sobretudo, não vai ser um jogo muito justo.
O filme esteve na luta para representar o Brasil nos Oscars 2017 da Academia, mas finalmente não foi eleito. É uma boa história, com base em uma realidade por vezes cruel que existe principalmente em áreas turísticas, onde o boom imobiliário aumenta as expectativas e decepções em todas as partes. Agora, embora a história é boa, o roteiro que foi preparado para contar isso, é extremamente denso, e só às vezes o desempenho da lendária Sonia Braga, obtêm altos momentos emocionais. O resto é abundante em cenas cotidianas, sem muitas conotações com a história e se torna extremamente lento para ver. É um filme no qual senti que estava vivendo pois acontece tão devagar que parece correr em tempo real. Embora um pouco denso, vale a pena tentar vê-lo. Não é mau.
Destino Cinema 