O presidente do IRB Brasil Re, Marcos Lisboa, está convencido de que a abertura poderá trazer muito mais vantagens do que se imaginava a princípio: “a abertura no resseguro é boa para o País não apenas pelo impacto mais direto na atividade de seguros, mas também porque amplia a capacidade de investimentos na economia, pois o investidor terá mais segurança para fazer novos aportes”, afirma.
Segundo ele, uma das principais conseqüências será a possibilidade de trabalhar com preços “mais adequados”, o que, na avaliação do presidente do IRB, vai favorecer principalmente ao segurado que tem um histórico de baixa sinistralidade.
Ainda de acordo com Marcos Lisboa, com a abertura no resseguro, será possível também explorar novos nichos de mercado, principalmente no ramo de pessoas. Além disso, dará para a indústria de seguros um papel mais relevante no processo incentivado pelo Governo de incentivar a expansão do crédito: “vamos ampliar a oferta de resseguro nessa área”, garante Marcos Lisboa.
Ele não quis se arriscar, contudo, a fazer prognósticos sobre quando será possível aprovar o projeto de lei que regulamenta a abertura no resseguro: “o Congresso é soberano e vai aprovar esse projeto no momento certo”, assinala o presidente do IRB.
Marcos Lisboa revela que algumas medidas já adotadas pela diretoria do IRB, dentro de processo de preparação da resseguradora estatal para a abertura, já vêm apresentando resultados positivos. Ele cita, como exemplo, a permissão para que as empresas façam a cotação de resseguro diretamente no exterior: “em alguns casos, os preços já apresentaram queda de até 30%”, destaca.
Ele revela que o IRB está também utilizando novos critérios para selecionar as corretoras de resseguros com as quais vai operar nos contratos de resseguro. A novidade já está sendo aplicada no processo de renovação do contrato de property (seguro de grandes riscos), que será concluído no próximo mês.