O ASSUNTO É

ROLLEMBERG HUMILHA E METE O PÉ NA BUNDA DO PSD, mas Rosso minimiza o fato e diz que divergências políticas são “naturais”

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rossoQuarenta e oito horas após Rollemberg ter humilhado e demitido o vice-governador Renato Santana da administração de Vicente Pires, o PSD não fez uma manifestação contrária sobre o assunto. Até agora tudo o que disse o  presidente da legenda no DF, Rogério Rosso, é  que as divergências políticas são naturais e não compreender isso é que pode causar certo constrangimento

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letra-odeputado Rogério Rosso, presidente do PSD do DF, foi alcançado nesta quarta-feira (04) pelo Radar em cima de uma bicicleta na cidade de Anápolis, distante 160 quilômetros de Brasília, a caminho de outra cidade goiana: Trindade. Pelo celular, o parlamentar disse que estava indo  para uma reflexão espiritual na Basílica do Pai Eterno e solicitou que as perguntas sobre o azedamento político entre o PSD e PSB do governador Rodrigo Rollemberg fosse encaminhada por escrito. Nesta quinta-feira, 05, o deputado federal respondeu ao que foi perguntado:

Diante da crise instalada entre o governador Rollemberg e o vice Renato Santana, o PSD vai desembarcar ou vai continua no governo de Rodrigo Rollemberg?

Rosso: Nosso Partido sempre estará ao lado do que é melhor para a população e jamais deixaremos de dar sugestões ao governo ou mesmo fazer críticas construtivas se necessário for. O Distrito Federal passa por uma grave crise econômica e financeira e sinceramente acredito que independentemente de apoiar ou não qualquer gestão temos que olhar em primeiro lugar para o conjunto da população. Nosso partido tem bandeiras e projetos para o DF e para o Entorno. Não fazemos alianças casuísticas e sim programáticas e vamos avaliar com transparência e responsabilidade todas essas questões.

Como o senhor avalia o constrangimento público praticado por Rollemberg ao vice Renato Santana ao demiti-lo da Administração Regional de Vicente Pires, pelo fato de ter criticado o aumento das passagens de ônibus do DF?

rogerio-rossoRosso: Renato tem mandato. Entretanto ele acumulava excepcionalmente a função de administrador regional de Vicente Pires e desenvolvia um trabalho muito diferenciado a ponto de ter conseguido avançar muito na regularização fundiária da cidade que está próximo de acontecer . Divergências na Política são absolutamente naturais e não compreender isso é que pode causar certo constrangimento.

Qual é a sua posição sobre o aumento?

Rosso: Sou contra o aumento e me manifestei em nota assim que soube do reajuste. Precisamos antes de qualquer reajuste conhecer em profundidade os números e a realidade do sistema. Quando era Governador em 2010, os empresários pediram reajuste de tarifa e deflagraram uma greve. Me municiei de informações técnicas e econômicas sobre critérios e modelos de formação de preços de tarifas junto a SPTRANS – Maior empresa de transporte público da América Latina sediada em São Paulo e chegamos a conclusão que não tinha nenhuma lógica financeira aumentar tarifas naquele momento. Não demos nenhum centavo de reajuste e a greve foi encerrada. Mandei inclusive projeto para a Câmara Legislativa sobre critérios sociais para o transporte. Defendo por exemplo que aluno que estuda em escola pública tenha sim transporte gratuito , porém aluno de escola particular não deve ter o mesmo benefício à exceção dos alunos bolsistas.

Que avaliação o senhor faz destes dois anos do governo Rollemberg?

Rosso: A Extrema dificuldade econômica e financeira distrital alem de forte desaquecimento da economia nacional e local agravaram sobremaneira os resultados e o poder de ação do Buriti. No campo político penso que o governo assumiu certo distanciamento das lideranças políticas e isso tem sido negativo para a gestão Rollemberg – prova disso foi a recente eleição para a Presidência da Câmara Legislativa onde o Deputado Joe Valle derrotou o candidato do Buriti. Veja que dos 3 senadores , 8 deputados federais e 24 deputados distritais são poucos os que fazem enfrentamentos na defesa do governo e isso é inédito no DF. Acredito que o momento é de equilíbrio e serenidade e não de guerra política. A melhor avaliação sempre será feita pela população.

Como o senhor avalia a nova mesa diretora da Câmara Legislativa que tem a frente o deputado Joe Valle?

Rosso: Mesa experiente e que certamente dará conta do recado. O Deputado Joe Valle e demais parlamentares tem o nosso respeito e confiança. Acredito que a Câmara como um todo vai trabalhar absolutamente sintonizada com a população e agirá com responsabilidade e protagonismo.

O senhor foi o relator do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. No caso do DF, o senhor tem alguma opinião formada sobre os pedidos de impeachment contra o governador Rollemberg?

Rosso: Não tenho nenhum conhecimento sobre esses pedidos. Qualquer processo de apuração de crime de responsabilidade (Impeachment) precisa ser muito bem fundamentado em fatos concretos, provas e enquadramento legal.

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