O Mundial de F1 2018 nem começou. Mas o trabalho é intenso.

Fernando Dantas/Gazeta Press

O Campeonato Mundial de F1 abre em dois meses com o GP da Austrália, dia 25 de março. Mas o trabalho das equipes e da Liberty Media, proprietária da categoria, praticamente não parou desde o encerramento da temporada do ano passado. Estudos para aumentar a competitividade dos carros, chegada de novas montadoras, mais espaço para publicidade e a entrada de novos países estão na ordem do dia. O grid para 2018 está completo. E todos estarão presentes nas sessões de treinos livres em Barcelona, na metade de fevereiro.

Um assunto que vem sendo discutido há alguns anos pode se tornar realidade agora. É a aderência mecânica – através do contato dos pneus com o asfalto – no lugar da aderência aerodinâmica. A questão é simples. A aderência mecânica permite que os carros andem mais pertos uns dos outros, facilitando as tentativas de ultrapassagem. Já a aderência aerodinâmica, por conta do deslocamento de ar que provoca, dificulta a perseguição de quem vem atrás.

A Pirelli já recomentou essa mudança algumas vezes e agora ela poderá se tornar realidade, com a redução da aderência aerodinâmica. Para este ano, a Pirelli terá dois novos compostos de pneus – o superduro e o hipermacio. O objetivo é aumentar a dinâmica da corrida. As equipes poderão dispor de tipos que permitem maior velocidade e exigem mais paradas no box, mudando o ritmo das provas.

Nas demais questões, crescem as possibilidades da aprovação de novas corridas para os próximos. Entre os candidatos com maiores chances no momento estão a Dinamarca, que poderia ter uma corrida nas ruas de Copenhague, em 2019 e também o GP do Vietnã, em Hanoi, também em circuito de rua. Sabe-se que Holanda e Argentina, além de pelo menos mais uma corrida nos EUA (Nova York, Vegas ou Miami), vêm sendo analisada pela Liberty Media. Não se sabe como elas se acomodariam no atual campeonato que já conta com 21 provas.

Entre as montadoras interessedas em fornecer motores a partir de 2021 estão a Ford e a Aston Martin (que já parceira da Red Bull). A entrada da Alfa Romeo na Sauber e, possivelmente, a Maserati na Haas, também abrem novas perspectivas para o futuro.

As mudanças dos carros previstas para o ano que vem deverão incluir uma área maior para a exposição das logomarcas dos patrocinadores.

O caminho da Liberty Media, que não tem poder de mudar regras mas pode influenciar e induzi-las, vai em direção a uma categoria mais equilibrada com melhores chances para as equipes de menor poder aquisitivo.

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