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Especialistas falam sobre conectividade 5G e desafios para a transformação do agronegócio

O painel “Conectividade 5G, a transformação do agronegócio”, demonstrou a potencialidade que essa tecnologia tem para impactar no campo e o longo caminho que precisa ser percorrido para chegar até lá.

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Painel sobre conectividade realizado durante o Show Rural Coopavel, em fevereiro, em Cascavel, PR - Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

Apesar de ser uma realidade bastante distante, o 5G vai mudar a forma como se trabalha nas fazendas do Brasil. Ainda carente de tecnologias 3G e 4G, o meio rural brasileiro, no entanto, já se prepara para as mudanças que a internet mais rápida vai trazer ao campo. Com objetivo de dar visibilidade ao futuro do setor, no Show Rural Coopavel, que aconteceu no início de fevereiro, em Cascavel, lideranças de empresas de tecnologia se reuniram para um debate.

O painel “Conectividade 5G, a transformação do agronegócio”, demonstrou a potencialidade que essa tecnologia tem para impactar no campo e o longo caminho que precisa ser percorrido para chegar até lá. Rodrigo Régis, diretor de Novos Negócios do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), abriu o painel destacando que o objetivo de “ter um volume grande de dados é para gerar informações, que podem ser usadas para gerar novos negócios e novas oportunidades”.

Participaram do painel Tiago Faierstein, gerente de novos negócios na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que tem iniciativas para desenvolver o 5G no país, Claudinei Fernandes, da Hauwei, multinacional chinesa que é a maior fornecedora de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo, Rafael Pollon, coordenador técnico da DJI Drones, Marcos Noel, CTO da Nokia, e Carina Rufino, chefe de transferência tecnológica da Embrapa Soja.

Tiago Faierstein lembrou que essa tecnologia só vai ser amplamente difundida quando um modelo de negócio rentável for estabelecido pelos entes envolvidos, como governos e operadoras, o que, segundo ele, não existe no momento. Enquanto isso, o 5G deve ficar no campo das possibilidades e não da prática. “As operadoras ainda não têm bem definido um plano de negócios para monetizar o sistema. Enquanto não monetizar, vai ficar só no 5G pode isso, 5G pode aquilo. Isso todo mundo já sabe. Precisamos entender esses modelos de negócio para uso nas indústrias, no agro e nas cidades. O 5G vai revolucionar a indústria 4.0, vai trazer IoT (internet das coisas), mas temos que trazer modelos de negócios para que deixem de ser conceitos e se tornem ações práticas para melhoria da qualidade de vida do cidadão”, enfatizou.

Claudinei Fernandes, da Hauwei, destacou que as redes 3G e 4G vão complementar a rede 5G em ações que não necessitem de tanta velocidade. “Várias aplicações a gente consegue escoar para o 3G e 4G e deixar o 5G para ações online, que você precisa em tempo real, como na pecuária, onde você precisa verificar o rebanho, observar o cio das vacas que geralmente acontece a noite”, mencionou.

Carina Rufino, chefe de transferência tecnológica da Embrapa Soja, citou os desafios da conectividade nas áreas rurais do Brasil. “Conectividade é um desafio crucial para todo o agro. Até nas cidades temos desafios, que dirá quem está no campo, em áreas remotas”, destacou. Ela frisou que as várias unidades da Embrapa trabalham com interdisciplinaridade para criar soluções que podem revolucionar o agro, como uma inteligência artificial que está a caminho, capaz de observar doenças das plantas, alterações provocadas por ataque de insetos e outros animais, fungos, bactérias e vírus, assim como plantas parasitas ou fatores climáticos. No entanto, é preciso ter mais conectividade para isso se tornar uma realidade no campo. “Estamos treinando um algoritmo para ser um fitopatologista, mas temos uma rota para a conectividade. A medida que a estrutura (de conexão) vai se consolidando, a gente vai viabilizando uma série de negócios”, mencionou.

Rafael Pollon, que trabalha com drones pulverizadores, destacou que drones conectados podem muito mais que pulverizar, como observar a qualidade da aplicação, a saúde das plantas e do solo. “A partir do momento que há conectividade no campo uma porta se abre, o campo deixa de ser off-line. A pulverização com drone sem conectividade é off-line. Faz a pulverização, mas não sabe sobre a produtividade ou a qualidade da aplicação. A partir da internet, a gente consegue transformar a pulverização em um sistema online, em que o produtor rural consegue acompanhar em tempo real como está a produtividade, quantos litros está gastando, quanto tem de deriva, além de monitorar a lavoura”, destacou. “Só o detalhe é que precisa estar conectado à internet. Abre diversas portas em relação ao monitoramento e qualidade da aplicação”, reforçou.

Marcos Noel, CTO da Nokia, destacou a importância de eventos com o painel para proporcionar debates sobre a conectividade e seus desafios. “A Nokia foi uma das fundadoras da ConectarAgro e criou modelos disruptivos para levar negócios ao campo, mas existem desafios para pequenos produtores”, enfatizou. “Temos que saber quais as dores do agro para criar um ecossistema favorável”. Ele também frisou sobre as diferenças entre redes públicas e redes privadas para solucionar os problemas de conectividade, de acordo com as necessidades de cada empresa ou propriedade rural.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor pecuário acesse gratuitamente a edição digital de Bovinos, Grãos e Máquinas. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Mulheres Positivas abre período de indicações para prêmio voltado à empreendedoras no agro

Com 10 categorias, população pode recomendar mulheres de destaque que atuam no setor; prazo da primeira fase termina dia 02 de junho.

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Foto: Divulgação/ABMRA

O movimento Mulheres Positivas abriu a fase de indicação para o 1º Prêmio Mulheres Positivas do Agronegócio, reconhecimento que evidencia empreendedoras que atuam no agro. O prêmio é organizado pelo movimento Mulheres Positivas, composto por um ecossistema internacional de produtos e serviços focado no desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres, e com patrocínio máster da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA).

Com a participação popular em todo o território nacional, as indicações para o prêmio vão até o dia 2 de junho no aplicativo Mulheres Positivas disponível nas lojas Android e IOS. São 10 categorias, sendo “Grãos”, “Pecuária”, “Granja”, “Frutas”, “Flores”, “Piscicultura”, “Hortaliças”, “Equinos”, “Óleos Medicinais” e “Apicultura”.

Na segunda etapa, as três mulheres mais indicadas em cada categoria são classificadas para a votação popular entre 05 a 19 de junho para decidir as campeãs, que depois disputarão entre si o ranking geral. Ao final, as 10 vencedoras participarão de um evento de premiação na Sociedade Rural Brasileira, no dia 26 de junho, com participação da Fabiana Saad, considerada uma das 20 mulheres mais influentes do Brasil pela Forbes em 2022 e fundadora do projeto Mulheres Positivas, e Carolina Gama, zootecnista com mais de 20 anos de experiência no Agro e especializada em marketing pela ESPM. O anúncio das vencedoras será feito a partir do dia 24 de junho.

“Para mim, que tenho uma relação de infância com o campo por minha mãe ter uma fazenda, é uma honra muito grande liderar uma premiação que reconhece justamente as mulheres que trabalham, inovam e respiram o Agro. Estamos muito entusiasmadas para saber quem serão estas guerreiras indicadas e conhecer um pouco mais do trabalho que elas desenvolvem neste setor tão importante para nosso país”, comenta Fabiana Saad.

A participação feminina aumenta ano após ano no campo, enquanto 94% dos produtores reconhecem a importância da mulher no Agro, como mostrou a 8ª Pesquisa ABMRA. Hábitos do Produtor Rural. Ricardo Nicodemos, presidente da ABMRA, explica que iniciativas como o 1º Prêmio Mulheres Positivas do Agronegócio são muito importantes para a pluralidade e valorização do setor.

“Com este prêmio, os brasileiros poderão ter uma visão mais ampla do papel da mulher no Agro. Dentro do setor, temos nomes de personalidades conhecidas e anônimas que trabalham arduamente e merecem ter seu reconhecimento. Por isso que a ABMRA apoia e acredita neste projeto”, destaca Nicodemos.

O 1º Prêmio Mulheres Positivas do Agronegócio tem como embaixadora a pecuarista Sônia Bonato, com 29 anos em atividade na agricultura da Fazenda Palmeiras – Ipameri (GO).

Sobre a ABMRA

A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA) é a única entidade voltada exclusivamente ao marketing e à comunicação do Agro. Há 44 anos, fortalece o marketing disseminando as boas práticas contribuindo com todos que participam da cadeia produtiva do setor a se comunicarem melhor. Congrega a academia, empresas e indústrias, consultorias, agências de comunicação e propaganda, veículos de mídias e jornalistas. ABMRA – A Casa Dos Profissionais do Marketing e da Comunicação do Agro.

Fonte: Assessoria ABMRA
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Santa Catarina completa 17 anos como zona livre de febre aftosa sem vacinação

Nesta edição, a temática está direcionada aos avanços do Brasil para o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação.

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Foto: Wenderson Araujo

Na próxima segunda-feira (27), Santa Catarina completa 17 anos de reconhecimento internacional como Estado zona livre de febre aftosa sem vacinação. Em comemoração à data, a Secretaria de Estado da Agricultura e a Companhia Integrada de Santa Catarina (Cidasc) promovem o 7º Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa, às 08 horas, em Florianópolis. O evento terá participação presencial da Defesa Civil, transmissão on-line e conta com o apoio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV).

O Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa é uma das ações do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), realizado anualmente para apresentar o tema à sociedade e às entidades representativas do setor produtivo catarinense. Visando aprimorar as parcerias público-privadas e fortalecer as medidas de prevenção da febre aftosa, bem como amplificar o marco diferencial da agropecuária de Santa Catarina no mercado mundial, o PNEFA, instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), visa manter o status do país livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação nos estados do Brasil.

Nesta edição, a temática está direcionada aos avanços do Brasil para o reconhecimento internacional de área livre de Febre Aftosa sem vacinação, bem como para o novo modelo de vigilância ativa e gestão de risco para a doença, implementado no Estado de Santa Catarina.

A médica-veterinária e conselheira técnica do Icasa, Luciane Surdi, ressalta a importância em manter as medidas sanitárias. “Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação, busca fortalecer o sistema de vigilância em saúde animal. O Fórum Estadual de Febre aftosa mantém a interação com produtores, profissionais da área, empresas e a comunidade com o objetivo de fortalecimento das ações de prevenção da febre aftosa. É importante que todos os produtores rurais participem deste evento, que debate um tema de extrema relevância”, destaca.

O coordenador estadual de Vigilância para Febre Aftosa e Síndromes Vesiculares Ody Hess Gonçalves, destaca a temática. “Devido a importância que a manutenção da condição sanitária de área livre de febre aftosa sem vacinação representa para toda a sociedade catarinense é importante que todas as ‘partes interessadas’ relacionadas à Febre Aftosa, assim como o público geral, tenham conhecimento do Fórum e que sejam estimulados a assistir e participar”, explicou.

Os produtores rurais podem acompanhar o evento que conta com transmissão ao vivo pelo YouTube clicando aqui.

Confira a programação

08 horas – Recepção.

09 horas – Abertura.

09h20 – Palestra “O Programa Hemisférico de Erradicação de Febre Aftosa e a Transição para o Status Livre Sem Vacinação” – Com o especialista em Febre Aftosa (Panaftosa/OPAS/OMS), Gabriel Adrian Sanchez Torres.

10h15 – Palestra “PVBR: Vigilância Ativa e Gestão de Risco para Febre Aftosa. Os Resultados de Santa Catarina”. – Com o coordenador estadual de Vigilância para Febre Aftosa e Síndromes Vesiculares (Cidasc), Ody Hess Gonçalves.

11h10 – Discussão e encerramento com o mediador da diretoria técnica da Cidasc, Diego Rodrigo Torres Severo.

Fonte: Assessoria
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Câmaras Setoriais debatem perdas e sugerem estratégias para reconstrução do Rio Grande do Sul

Reunião on-line contou com a participação de cerca de 40 pessoas de diversas entidades e cooperativas.

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Foto: Reprodução

Uma videoconferência reuniu, nesta semana, representantes das Câmaras Setoriais das Cadeias Produtivas do Milho, Aves e Suínos do Rio Grande do Sul.

Na pauta a avaliação dos impactos das chuvas e enchentes nas cadeias produtivas, além de debate sobre demandas emergenciais e estratégias de recuperação para os setores. “Essa é uma reunião importante porque apresenta dados e informações de quem está atuando na ponta, seja na área agrícola ou na indústria. Esse evento climático foi totalmente diferente porque impactou o produtor, a indústria e também o consumidor”, afirmou o coordenador das Câmara Setoriais e diretor geral adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn.

Sobre a safra do milho, a Emater/RS-Ascar trouxe a estimativa da safra é de 5,2 milhões de toneladas, apresentada na Expodireto em março. Até o momento, em torno de 85% a 90% foi colhido. Porém, Alencar Paulo Rugeri, técnico da Emater, destacou que se avalia a assimetria das perdas: “temos áreas com catástrofe, como em Lajeado, onde se perdeu tudo, e outras, com chuvas expressivas, mas com perdas menores”, apontou.

Segundo o Sindicato da Indústria de Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), há relatos de animais mortos e prejuízos estruturais de toda ordem e que, somados a danos causados de forma direta e indireta (falta de ração, medicamentos, falta de manejo com animais, etc), pode alcançar, até o momento, R$ 48,6 milhões em perdas para o setor suinícola gaúcho, mas que estes números ainda são preliminares. A entidade também destacou que o plantel atingido na região do Vale do Taquari, Vale do Caí e Serra Gaúcha representa cerca de 25% a 28% do rebanho do Rio Grande do Sul, que possui em torno de 5 milhões de animais no Estado.

Já o setor avícola divulgou a perda de 1,5 milhão de aves. Os dados são da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), no qual os prejuízos estimados da avicultura gaúcha alcançam R$ 182,9 milhões, entre aves de corte, poedeiras, ovos férteis, maquinário, estrutura e estoque. “Devemos ter outro relatório, no qual as perdas devem chegar a R$ 240 milhões. Por isso, necessitamos de uma resposta rápida aos programas de financiamento”, alertou o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos.

O gerente da cooperativa Dália de Encantado e zootecnista, Fernando Oliveira de Araújo, falou sobre o setor da suinocultura do Vale do Taquari. “Esta enchente foi diferente porque as águas levaram fora os acessos, destruindo as rodovias e pontes, tornando as viagens para escoamento da produção mais longas. Depois das chuvas, o grande desafio da região é a logística. Tudo isso se reflete na vida e no futuro dos produtores rurais”, relatou.

O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, sugeriu a articulação da Secretaria da Agricultura com bancos e instituições financeiras para apresentação das faixas e linhas de crédito para reconstrução dos sistemas produtivos e amparo aos produtores rurais.

As instituições bancárias presentes, Banrisul, Banco do Brasil, BRDE e Badesul, se prontificaram a auxiliar neste processo com subsídios de juros, abertura e simplificação para acesso de linhas de créditos, entre outras ações. “Além da questão humanitária que é proeminente, com a perda de vidas e proliferação de doenças, uma boa parte da cadeia produtiva econômica se foi e precisa ser reconstruída”, afirmou Ricardo Meneghetti, presidente da Apromilho/RS. Já o gerente do Sistema Ocergs, Tarcísio Minetto, destacou que “além de recuperação de pontes e de pontilhões, há necessidade de linhas de crédito, com taxa de juros justas, para recuperação da malha produtiva”.

A reunião contou com a participação de cerca de 40 pessoas de diversas entidades e cooperativas.

Fonte: Assessoria Seapi
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CBNA – Cong. Tec.

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