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Soluções off-line ‘suprem’ falta de conexão no campo

A opinião é do engenheiro do engenheiro agrônomo e diretor comercial da Ag Farmus, Robson Fernandes.

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Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

A falta de conectividade nas áreas rurais do Brasil é um dos empecilhos para que tecnologias de monitoramento do clima e previsão do tempo dentro das fazendas seja feita em tempo real. Em países como Estados Unidos e na Europa, onde a conexão está bem difundida no meio rural, estações meteorológicas são espalhadas nas grandes fazendas, permitindo o acesso imediato a informações como umidade do solo e quantidade de chuva em vários talhões da propriedade. Assim, o produtor pode tomar a decisão rapidamente sobre onde e como agir para evitar problemas e alcançar a máxima produtividade. No Brasil, no entanto, muitas tecnologias deixam de ser aplicadas porque não há sinal de internet nas lavouras, pastagens ou lugares mais remotos da propriedade.

A opinião é do engenheiro do engenheiro agrônomo e diretor comercial da Ag Farmus, Robson Fernandes, que fez uma palestra sobre os desafios e oportunidades que a internet pode oferecer no Brasil.

“Quando a gente fala de conectividade e internet 5G, onde isso vai ajudar no agro? É mais fácil ter boa conexão dentro das grandes cidades, mas há nível de campo?”, questionou. “São 40 milhões de hectares só na área de grãos, muitos lugares inacessíveis (sem conexão). Toda ideia é boa, mas quero ver isso funcionar na prática. Essa é a dificuldade”, expôs durante sua palestra no Show Rural Coopavel, que aconteceu no início de fevereiro, em Cascavel, PR.

Engenheiro agrônomo e diretor comercial da Ag Farmus, Robson Fernandes, em palestra sobre os desafios e oportunidades que a internet pode oferecer no Brasil

Em outros países mais desenvolvidos que o Brasil as coisas acontecem, porque lá tem conectividade, tudo acontece. Quando essas empresas (que oferecem tecnologia) chegam ao Brasil, o principal impeditivo é conseguir funcionar. E muitas não conseguem entregar o que prometeram”, destaca o engenheiro agrônomo.

Off-line

A solução para ter um monitoramento climático de precisão, que ofereça dados capazes de tomar decisões, como irrigar certa área ou não, na visão de Fernandes, é trabalhar com um sistema misto, que mistura a coleta de dados de maneira off-line, dentro das lavouras, e depois abastece uma plataforma online, que fica geralmente na sede da propriedade rural.

“A meteorologia estuda fenômenos da atmosfera. Como os dados climáticos podem impactar na produtividade. Precisamos de dados como quantidade de chuva, umidade do solo, etc. Existe uma solução que funciona off-line, uma plataforma específica para monitoramento climático para tomar decisão certa”, cita. É uma captação de dados hiperlocais, através de dispositivos que mensuram as informações climáticas daquela área. O aplicativo faz a leitura e depois é usado para fazer alimentação de dados do sistema. O aplicativo funciona em sistema off-line e só vai ter comunicação com o sistema a partir de uma conexão com a internet”, reforça.

Com os dados, explica o profissional, o produtor pode gerar previsões climáticas para 14 dias e ter atualização de dados climáticos a cada 5 minutos. “Em grandes propriedades, chove em um lado da fazenda e não chove no outro. Nós precisamos levar esses dados em consideração, precisamos ter dados hiperlocais”, reforça.

Desafios

O desafio da conectividade é sem dúvida o maior entre as necessidades de acelerar a digitalização do agronegócio brasileiro, que tem ferramentas capazes de melhorar a produtividade, gerar alimentos mais saudáveis e de mais qualidade. “Cerca de 50% do bom resultado de uma lavoura se dá ao clima, outros 23% ao solo, outros 13% é genótipo (híbrido ou cultivar) e 14% é manejo. Estamos deixando de lado metade do resultado. Temos desafios, mas temos que avançar para entregar respostas aos produtores”, mencionou em uma mensagem final.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor pecuário acesse gratuitamente a edição digital de Bovinos, Grãos e Máquinas. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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3ª edição do Espaço BioInova incentiva produção e utilização de bioinsumos na agricultura brasileira

Evento que integra os vários atores da cadeia dos insumos biológicos recebe iniciativa da Rede de Inovação do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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Foto: Divulgação/Mapa

Para incentivar a produção e o uso de bioinsumos no Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, entre terça (28) e quarta-feira (29), em Campinas (SP), a 3ª edição do Espaço BioInova – um ambiente de debates, palestras, congressos técnicos e científicos para integração entre produtores, pesquisadores, startups, investidores, setor privado, academia e governo. O espaço foi disponibilizado no BioSummit 2024, considerado o maior evento de insumos biológicos da América Latina.

O BioInova é uma iniciativa da Rede de Inovação em Bioinsumos, idealizada pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa. O objetivo é estimular conexões entre os diversos atores envolvidos para promover oportunidades de inovação em torno da produção e uso sustentável dos insumos biológicos.

Nesta edição, os participantes expuseram suas linhas de atuação, bem como possíveis soluções propostas para as demandas apresentadas pelo setor. As atividades do BioInova foram programadas para gerar um ambiente de parcerias, projetos e negócios com foco em práticas sustentáveis e agregação de valor, de modo a promover avanços significativos para a agricultura e pecuária.

Segundo o diretor do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária, Alessandro Cruvinel, o evento vem se consolidando desde o ano passado e, dessa vez, teve como diferencial a atuação de instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) e a Associação Brasileira das Indústrias de Bioinsumos (ABINBIO).

“As entidades trouxeram oportunidades de mentoria para interessados em acessar as linhas de financiamento e, também, espaços para estabelecimento de futuras parcerias. Em 2024 foram disponibilizados mais de 500 milhões de reais em recursos para projetos de agricultura, e a área de bioinsumos obteve uma linha específica em fluxo contínuo, construída pelas articulações entre o Mapa e a Finep”, destacou Alessandro.

A programação incluiu apresentações de técnicos do Mapa, de especialistas da Finep, da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii) e do Sebrae. E, ainda, workshops e atividades de mentoria para elaboração de projetos, arranjos e soluções.

Espaço BioInova

A primeira edição do evento foi realizada durante o 23º Simpósio de Controle Biológico em julho de 2023, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), e apresentou a capacidade da rede para engajar o ecossistema de inovação nacional em bioinsumos. A segunda edição, por sua vez, ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), no mesmo ano, no 32º Congresso Brasileiro de Microbiologia, no qual foi abordada a bioinovação na agropecuária. A terceira edição, promovida neste maio de 2024, chegou a Campinas (SP), para ampliar a compreensão sobre os meios para financiamento de projetos voltados à produção de itens para controle de pragas e doenças, fertilizantes, estimulantes e outros insumos de base biológica.

O movimento e as oportunidades do BioInova seguem disponíveis na Rede de Inovação em Bioinsumos, que pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Defesa agropecuária

São Paulo treina agentes para emergência zoossanitária em caso de gripe aviária

Participantes do Mapa e do governo estadual avaliam como fundamental a capacitação prática e teórica de todos os envolvidos; houve simulação de caso real.

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Servidores públicos do Estado de São Paulo passaram por um treinamento nesta semana que os preparou para agir em situação de ocorrência de caso de influenza aviária, conhecida como gripe aviária, na região. A capacitação, que incluiu na metodologia a simulação de caso real, foi bastante elogiada pelos participantes.

O Brasil não tem nenhum caso de influenza aviária registrado em granjas comerciais. A atuação da Defesa Agropecuária do Mapa, em sintonia com os Estados, tem sido essencial para manter o país livre da doença. Missões internacionais têm visitado o país para verificar o sistema de controle brasileiro.

Fotos: Divulgação/Mapa

O treinamento foi promovido pela Superintendência de Agricultura e Pecuária em São Paulo (SFA-SP), que é a representação do Mapa no Estado, em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e Instituto Biológico (IB), ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo, com a Associação Paulista de Avicultura (APA) e com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ/USP). A capacitação ocorreu na faculdade.

De acordo com o chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Animal (Sisa-SP), Esequiel Liuson, o treinamento em emergência zoossanitária foi teórico e prático. O objetivo foi promover a capacitação dos servidores do Mapa e do Serviço Veterinário Estadual (SVE) para atendimento de casos suspeitos e respostas rápidas a eventuais focos da doença. O Sisa é vinculado à SFA-SP e foi o setor responsável pela organização.

A ação levou em conta a Portaria Mapa nº 587, de 22 de maio de 2023, que prorrogou por tempo indeterminado a Portaria Mapa nº 572, de 29 de março de 2023. Esta última havia declarado estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, em virtude da ocorrência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres.

Assim, essa capacitação do Serviço Veterinário Oficial (SVO) para as atividades referentes aos atendimentos de casos suspeitos, procedimentos de segurança pessoal e enfrentamento à emergência sanitária é de fundamental importância para controle e resposta eficaz aos eventuais focos em animais silvestres e aves comerciais.

“O treinamento foi muito bom, todos saíram bastante satisfeitos, tiveram a oportunidade de aprender as técnicas de coleta e realizar a parte prática. Também puderam realizar a necropsia de algumas aves silvestres e conhecer as particularidades das espécies. Foi uma oportunidade única”, disse Miriam Sasaki, agente de inspeção do Sisa-SP.

Uma das intervenções mais interessantes foi da professora Tânia Raso, da USP. Ela apresentou a influenza aviária, com enfoque bastante técnico e científico da doença, contribuindo para o aprofundamento do assunto. “Esse evento representou muito bem como devemos estar bem-preparados para o atendimento de uma emergência. Já a própria organização representou isso, precisamos estar unidos (serviços veterinários, instituto de pesquisa, academia e a iniciativa privada) para defender a sanidade avícola paulista”, disse Miriam.

O capitão Fillipin, da Polícia Militar de São Paulo, abordou o preparo para a situação de emergência e o sistema de comando de incidentes. Colocado de forma prática, possibilitou que os participantes simulassem uma situação real.

O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-SP), da SFA-SP, Fabio Paarmann, apresentou a atuação da comissão de avaliação e sacrifício com foco na legislação, trazendo bastante clareza em relação à legislação, composição e atuação.

Paulo Blandino, gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola, e Izabelle Cordeiro, epidemiologista da CDA, apresentaram a atuação do órgão no estado, “um trabalho muito bem feito que remete a toda a segurança do preparo de São Paulo para uma eventual emergência no plantel comercial”, segundo Miriam. A agente de inspeção do Mapa, que é veterinária, destacou a importância da educação sanitária e de como ela pode ser eficaz na prevenção da gripe aviária.

“Achei muito importante a reciclagem. Como veterinários, nós temos a base, mas diferenciar nos animais as diversas partes dos sistemas, especialmente as de interesse para o diagnóstico, foi imprescindível para se ter mais segurança na coleta de material. E a possibilidade de estudar e diferenciar algumas espécies silvestres foi ímpar”, disse a participante Luciana Moura.

Para a veterinária Izabelle, “as palestras foram todas excelentes”. Já a professora Tânia também gostou do resultado: “Fiquei feliz que todo mundo aproveitou bastante. Agradeço a confiança e estamos sempre à disposição do Mapa”, disse ela.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Tecnologias sustentáveis

Ministro da Agricultura trata sobre energia renovável e inteligência artificial com representantes americanos

Em reunião foram destacados os potenciais do Brasil sobre a transição energética sustentável.

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Foto: Divulgação/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com representantes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) para o debate sobre cooperação bilateral com os Estados Unidos (EUA) sobre energia, sustentabilidade, comércio e investimentos nesta semana em Brasília (DF).

Na ocasião, os representantes das iniciativas americanos apontaram a importância da parceria entre o Brasil e os Estados Unidos na produção e uso do biodiesel, com enfoque na inclusão produtiva e no desenvolvimento rural sustentável, via geração de emprego e renda, além dos potenciais brasileiros sobre a transição energética. Também foi pontuado o uso da inteligência artificial (AI) na agropecuária brasileira e como ela pode aumentar a competitividade do país.

O ministro Fávaro destacou que o Brasil e os EUA são grandes players dos combustíveis renováveis. “Sabendo do protagonismo que temos, tanto na produção de alimentos como na produção de combustíveis renováveis. O Brasil e os Estados unidos não podem ficar de costas um para o outro, pelo contrário devem operar juntos para oferecer biocombustíveis para o mundo”.

No encontro também foi ressaltado os 200 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, a data foi celebrada no último dia 26 de maio.

Participaram da reunião o Diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira; o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto; e demais representantes do setor de energia renovável e tecnológico americano.

Fonte: Assessoria Mapa
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CBNA – Cong. Tec.

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