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Um novo conceito no tratamento de mastite ambiental, o ‘antibiótico verde’ 

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Guilherme Moura, gerente de serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal  

Caracterizada como a inflamação da glândula mamária, independentemente da causa, a mastite é a enfermidade que mais prejuízos causa à oferta de leite em todo o mundo. As perdas econômicas resultam em redução da produção, eliminação prematura de animais, descarte de leite, gastos com tratamento e assistência veterinária e a diminuição da qualidade do leite. Na maioria das vezes, é causada por bactérias que atingem o interior de um ou mais quartos pelo ducto dos tetos. 

 

A mastite é geralmente classificada em duas categorias para descrever o problema. A primeira é a subclínica, quando não são observadas mudanças na aparência do leite, sendo necessários testes adicionais para detectar o problema. A segunda é a mastite clínica, em que a infecção provoca mudanças físicas na aparência do leite e do úbere e, em casos mais graves, observam-se alterações sistêmicas. A mastite clínica é dividida em três subtipos: leve (em que há grumos no leite), moderada (grumos no leite e quarto mamário inchado) e aguda (leite aguado, úbere inchado e alterações sistêmicas). 

 

Normalmente, a mastite ambiental aguda – também conhecida como “mastite clínica de grau 3” – é caracterizada por queda de produção, leite com aspecto aquoso no quarto mamário afetado e quadro de infecção generalizada do animal, caracterizado por febre, desidratação, diminuição de apetite e fraqueza do animal.  A forma aguda pode atingir até 15% dos casos de mastite de uma propriedade, geralmente ocorrendo no pré e no pós-parto. Caso não identificada e tratada de modo correto, o animal pode morrer em até 24 horas após o aparecimento dos sintomas. 

 

O principal grupo bactérias envolvidas nesse tipo de mastite são os coliformes, bactérias gram-negativas, entre as quais as comuns são Echerichia coli, Klebisiella spp., Serratia spp. e Enterobacter spp. Em geral, esses coliformes são encontrados em grande concentração no sangue e organismos do animal doente, mas em quantidade menor no leite e nos ductos das glândulas mamárias, o que justifica o quadro de infecção generalizada e alteração no leite produzido. 

 

Como tratamento para tal doença, lança-se mão dos antibióticos, substâncias químicas, naturais ou sintéticas, com capacidade de impedir a multiplicação ou matar as bactérias. O ideal seria a utilização de um antibiótico com algumas características: 

 

  • amplo espectro de ação – atuando sobre qualquer tipo de bacteria: gram-positiva, gram-negativa ou micoplasma 
  • combate à resistência bacteriana – tornando o antibiótico eficaz em todos os casos da doença e evitando a formação de superbactérias que possam causar problemas para a saúde pública 
  • dose única – facilitando o trabalho de veterinários e produtores, além de permitir que o animal retorne rapidamente à produção 
  • foco de ação na região afetada – agindo apenas no local da infecção, fazendo com que haja maior chance de a bactéria ser destruída pelo antibiótico, sem causar problemas para outras bactérias normalmente presentes no organismo do animal 
  • carência zero – reduzindo a chance de haver presença de resíduos nos alimentos de origem dos animais tratados (leite e carne). 

 

Um medicamento assim, ideal, ainda é uma utopia. Atualmente, porém, começa a ganhar força no mundo movimento em prol do uso consciente de antimicrobianos, sempre em busca de antibióticos considerados “verdes”. São considerados “antibióticos verdes” aqueles que atingem a cura do animal rapidamente, evitando o surgimento de bactérias resistentes e reduzindo a chance de presença de resíduos nos produtos de origem dos animais tratados, leite e carne. 

 

Em termos de “antibiótico verde”, Forcyl®, composto de marbofloxacina 16% desenvolvido pela Vetoquinol Saúde Animal, vem ganhando espaço no tratamento de mastites ambientais agudas, por meio do exclusivo conceito SISAAB de aplicação, que consiste em um tratamento em injeção única com um antibiótico de ação rápida, com o qual se atinge concentração circulante muito elevada no animal em um curto período de tempo. Forcyl® chega em 45 minutos ao pico de ação, em concentração de até oito vezes o necessário para atingir a “Concentração de Prevenção de Mutação” (CPM), sendo esta quantidade precisa para eliminar não só as bactérias sensíveis, como também as mais resistentes. 

 

Diversos estudos têm mostrado que o tratamento com Forcyl® administrado por via intravenosa ou intramuscular com injeção de dose única é eficaz no tratamento da mastite ambiental aguda e provou ter interesse clínico e zootécnico significativo em comparação com outros tratamentos. 

 

Em pesquisa realizada na Europa, observou-se que os animais tratados com Forcyl® retornaram rapidamente ao “status” de saúde, com desaparecimento da febre e retorno do apetite, volta à produtividade em menos de uma semana (aproximadamente cinco dias) e cura bacteriológica de dois a três dias. Entende-se como cura bacteriológica a eliminação de 100% das bactérias causadoras da doença no animal. Os estudos também revelaram período de carência curto no leite. 

 

Em síntese, com a crescente preocupação em relação ao uso consciente de antibióticos na medicina veterinária, alguns medicamentos estão saindo na frente. Forcyl®, devido ao seu exclusivo conceito SISAAB de aplicação, se prova uma solução eficaz para o tratamento de mastites agudas. Além disso, se encaixa muito bem ao conceito de “antibiótico verde”, com excelentes resultados de cura rápida, redução de resistência bacteriana e menor chance de presença de resíduos no leite de animais tratados.”

 

Por Guilherme Moura, médico veterinário, doutor em ciência animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e gerente de serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal 

Fonte: Ass. Imprensa
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Marca Aurora atinge a 10ª posição no Ranking Kantar Brand Footprint Brasil

A marca reafirma seu compromisso com a qualidade e a satisfação de seus clientes e consumidores, em uma posição de destaque dentre as líderes no segmento de alimentos no Brasil.

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Foto e texto: Assessoria

A marca Aurora, pertencente à Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop), continua a se destacar no mercado consumidor brasileiro, alcançando a 10ª posição no mais recente Ranking Kantar Brand Footprint 2024. Este é um marco significativo, refletindo o crescimento contínuo e consistente da marca em penetração e frequência de consumo nos lares brasileiros ao longo dos últimos anos.

Nos últimos quatro anos, a Aurora ganhou mais de 20 posições no ranking, demonstrando um avanço constante. Em 2020 a marca estava na 33º posição e, em 2021, já figurou entre as 20 mais escolhidas pelos consumidores brasileiros. Agora, em 2024, Aurora ingressa pela primeira vez no Top 10, uma conquista que evidencia seu fortalecimento e expansão.

“Essa ascensão no ranking confirma a aceitação da marca Aurora pelos consumidores, tornando-a mais presente e próxima, com produtos para os diversos momentos de consumo do dia a dia dos brasileiros”, afirma o diretor de mercado e consumo da Aurora Coop Ricardo Chueiri.

O resultado é fruto de um trabalho tenaz desenvolvido nos últimos anos, como a ampliação de investimentos em propaganda, reforçando a qualidade e a variedade dos produtos, a expansão do portfólio com novos lançamentos, além de investimentos no aumento da capacidade produtiva, capacitação de colaboradores e a ampliação da sua distribuição geográfica.

A marca reafirma seu compromisso com a qualidade e a satisfação de seus clientes e consumidores, em uma posição de destaque dentre as líderes no segmento de alimentos no Brasil.

O relatório Kantar Brand Footprint é uma análise abrangente do desempenho das marcas de consumo em todo o mundo. Ele mensura os resultados utilizando o índice CRP (Consumer Reach Points), que combina a quantidade de lares que compram uma marca (penetração) com a frequência de compras durante o ano. Esse índice oferece uma visão detalhada sobre quantas vezes uma marca é escolhida pelos consumidores, refletindo sua popularidade e presença no mercado. O relatório é uma ferramenta crucial para entender tendências de consumo e o comportamento dos consumidores.

 

Fonte: Assessoria
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Avicultura Avicultura

Estudo encontra 100% de resistência bacteriana para formaldeído e 50% para amônia quaternária

Em uma ampla avaliação realizada com amostras de campo, foi evidenciado a alta prevalência de APEC resistentes aos antimicrobianos e aos desinfetantes

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Arquivo / OP Rural - shutterstock

Artigo escrito por Gleidson Salles, Médico-veterinário, gerente de produto da Zoetis, e Giulia Pilati, pesquisadora pós-graduanda da Universidade Federal de Santa Cararina*

A colibacilose aviária, uma doença naturalmente oportunista com manifestação local ou sistêmica, é causada pela Escherichia coli patogênica aviária (APEC). A doença está distribuída em todo o mundo e tem um grande impacto econômico, especialmente na indústria de frangos de corte, devido à mortalidade, morbidade, falta de uniformidade no rebanho, redução da produção e aumento da condenação no abate.

O agente é responsável por causar diversas condições clínicas em aves, como aerossaculite, celulite, coligranuloma, colisepticemia, pericardite, peritonite, pleuropneumonia, pneumonia, onfalite, salpingite, síndrome da cabeça inchada (LM), panoftalmia, osteomielite e sinovite.

Os antimicrobianos mais comumente usados no tratamento da colibacilose aviária são β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas), fluorquinolonas, lincosamidas, macrolídeos, quinolonas, sulfonamidas e tetraciclinas. Atualmente, muitos dos antimicrobianos utilizados na produção avícola também são utilizados na medicina humana. Isto levantou preocupações sobre a potencial transferência de genes de resistência a antibióticos entre animais e humanos.

Além de serem utilizados no tratamento e profilaxia de infecções humanas e animais, os antibióticos são amplamente utilizados como agentes metafiláticos e promotores de crescimento na produção animal. Tais práticas, no entanto, aumentam a pressão seletiva e podem favorecer o desenvolvimento de resistência antimicrobiana.

O desenvolvimento da resistência antimicrobiana é um processo complexo. A resistência pode ser classificada como inerente ou adquirida. A resistência inerente é a capacidade natural de algumas bactérias de resistir a certos antibióticos devido a propriedades intrínsecas, como a estrutura da parede celular ou vias metabólicas. A resistência adquirida, por outro lado, é o resultado de alterações genéticas nas bactérias, como mutações ou transferência de genes de resistência de outras bactérias.

Nesse contexto, realizamos um estudo que avaliou 100 lotes de carcaças de frango ( Gallus gallus domesticus ), coletados no Brasil, com o objetivo de investigar o genoma completo de isolados de Escherichia coli patogênica aviária (APEC) de fêmures de frangos de corte brasileiros ( Gallus gallus domesticus ), a fim de investigar a presença de genes de resistência antimicrobiana associados a bacteriófagos.

Um total de 63 isolados característicos de Escherichia coli foram obtidos de fêmures. Todos os isolados foram confirmados como Escherichia coli por meio de sequenciamento. Dos 63 isolados, 58 (92%) tinham entre 3 e 5 dos genes considerados preditores mínimos e poderiam ser caracterizados como Escherichia coli patogênica aviária (APEC). Destes, 40 (63,4%) apresentaram os cinco genes, outros 14 (22,2%) apresentaram quatro genes. Quatro deles (6,3%) apresentaram três genes e outros quatro, (6,3%) apresentaram entre um gene e dois genes.

Na figura 1 é possível avaliar os perfis de resistência de diferentes classes de antimicrobianos e desinfetantes frente as APEC’s encontradas no estudo. A presença ou ausência de genes de resistência a antibióticos e desinfetantes foi avaliada em isolados de E. coli submetidos para sequenciamento. Cada linha no conjunto de dados corresponde a uma amostra única, enquanto as colunas representam os genes de resistência identificados e os antibióticos ou classes de antibióticos correspondentes.

Neste estudo, genes de resistência previstos contra β-lactâmicos foram encontrados em 63,49% dos isolados contendo um ou mais genes. 49,2% dos isolados abrigavam pelo menos um gene de resistência à tetraciclina. Um dos aminoglicosídeos mais comumente utilizados na medicina veterinária é a gentamicina. No presente estudo, 78,1% dos isolados APEC abrigavam um ou mais genes de resistência aos aminoglicosídeos. 74,6% dos isolados continham genes de resistência previstos contra sulfonamidas.

Além das classes dos antimicrobianos, foram avaliados alguns desinfetantes comumente utilizados na avicultura, como é o caso do formaldeído e amônia quaternária, onde 100% das amostras com presença de APEC’s apresentaram resistência para formol e 50% para amônia quaternária, evidenciando a capacidade das APEC’s resistirem ao uso desses produtos.

Esses resultados evidenciam uma alarmante situação quando olhamos para os perfis de resistência antimicrobiana e aos desinfetantes. Novas abordagens se fazem necessárias para prevenção de colibacilose aviária.

O estudo na integra pode ser solicitado ao autor: gleidson.sales@zoetis.com

Fonte: Assessorio com autores
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Período seco à vista: saiba como aumentar a imunidade e o desempenho dos bovinos com a suplementação adequada 

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Divulgação Pearson - Unsplash
  • Durante o período seco, a redução de pasto verde pode diminuir a ingestão de nutrientes essenciais pelos bovinos
  • Investir no cuidado da saúde dos animais melhora a produtividade, a qualidade da carne e do leite

O outono traz consigo tempo período seco, com poucas chuvas, no Centro-Sul. Essas condições afetam o pasto e, consequentemente, interferem na nutrição dos animais que, se não bem suplementados, perdem peso. “Menos pasto verde à disposição diminui a ingestão de nutrientes essenciais pelos bovinos. Para enfrentar esse desafio, os produtores devem fornecer concentrados energéticos proteicos e complementação vitamínica nas dietas”, explica o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos para grandes animais da Pearson Saúde Animal.

“Atenção à nutrição adequada dos bovinos é fundamental em todas as fases, desde a criação até a lactação ou o abate. Além de afetar o ganho de peso e a produção de leite, a deficiência nutricional afeta a fertilidade e a regularização do ciclo reprodutivo”, complementa Vechiato.

O especialista da Pearson ressalta que investir no cuidado da saúde dos animais, além de aumentar a produtividade, melhora a qualidade da carne e do leite. “Para enfrentar esses desafios, uma solução eficaz é o uso de suplementos que aumentam a imunidade dos animais e melhoram o aproveitamento dos nutrientes.” Um exemplo é Aminofort, da Pearson Saúde Animal, suplemento composto por hidrolisado de órgãos e glândulas, cinco aminoácidos sintéticos essenciais, três vitaminas e sete sais minerais. Ele proporciona melhor aproveitamento dos nutrientes, auxiliando a fertilidade, a regularização do cio, o crescimento e a produção de leite, além de potencializar a imunidade do gado. “Um produto que vai com tudo.”

“A utilização de suplementos, como Aminofort, é uma medida preventiva para enfrentar o período seco, garantindo a saúde e a produtividade do rebanho. O investimento agora evita gastos superiores nos próximos meses”, ressalta Thales. Vechiato.

Fonte: Ass. de Imprensa
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