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Avicultura Condenação no abate

Critérios de condenação: a visão na Europa, Brasil e Estados Unidos

Especialistas dos três continentes falam sobre os critérios de condenação em seus respectivos países

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Arquivo/OP Rural

Como legislam e manejam a produção avícola nos Estados Unidos, Brasil e União Europeia? Já deferentes métodos, com diferentes resultados. Para comparar os sistemas, o Simpósio Brasil Sul de Avicultura, realizado em abril, reuniu especialistas dos três continentes. O evento foi realizado em abril em Chapecó, SC. Compare e tire suas conclusões.

A visão europeia para os critérios de condenação em abatedouros de aves foi o tema do especialista internacional doutor Philip Paul Hammond. Atualmente, a Europa é considerada um dos mercados mais exigentes quando o assunto é produção de alimentos. Conforme Hammond, na União Europeia, a segurança alimentar é regida pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos. No entanto, cada estado membro tem uma agência responsável própria para implementação das regras diretivas do bloco no bem-estar das aves e a saúde pública da população humana.

No Reino Unido, a agência governamental Food Standards Agency (FSA) realiza, através de fornecedores privados, assistentes de inspeção post mortem – veterinários oficiais que devem estar presentes em todas as plantas durante o abate e processamento.

“O bem-estar animal está no topo da pirâmide de diretrizes da UE com relação à produção e ao abate de aves”, salienta Hammond. Todo o monitoramento é dividido em três etapas: mortalidade, inspeção post mortem e comunicação dos resultados.

Um dos focos do programa é reduzir a superpopulação das criações, estabelecendo uma densidade animal máxima, além de especificar outros requisitos com relação à iluminação, cama, alimentação e ventilação. Veterinários oficiais visitam periodicamente as criações para verificar se há violações dos critérios de bem-estar. “Além disso, os frangos abatidos de cada criador são cruzados e a observância das regras verificada. Registros pós-mortem com relação a dermatites de contato, parasitismos e doenças sistêmicas também podem indicar que o criador não seguiu as regras de bem-estar”, informa o palestrante.

Hammond lembra que a legislação europeia visa assegurar que a carne não contenha anormalidades, alterações fisiopatológicas ou outra contaminação. Por isso, é papel dos veterinários oficiais assegurar que todos os animais que entram em uma planta de processamento estejam de acordo com as regras, através de informações de todo o processo de criação, inspeção ante mortem, bem-estar animal monitorado, inspeção post mortem, amostragem em laboratório especialmente com relação à Salmonella. “Antes de entrar na linha de processamento, cada carga de aves é avaliada. A inspeção também ocorre na linha de abate. Toda carga gera um relatório de condição dos frangos e integra o sistema interno conhecido como Innova”.

Esses relatórios fornecerão dados dos níveis médios de produção de aves em todo Reino Unido, permitindo a comparação trimestral. “O aumento de qualquer indicador levará a uma investigação pela equipe veterinária”.

Na apresentação, Hammond também discorreu sobre as orientações para as lesões encontradas nos frangos abatidos. Lesões generalizadas resultam na rejeição total da carcaça. “Estas lesões podem ter sido geradas por vários fatores. No entanto, o estresse enfrentado pelos frangos durante o transporte é uma das maiores causas de problemas”, exemplifica. Neste sentido, uma série de ações podem aliviar os efeitos negativos desta etapa do processo. Como a densidade de animais, transporte em horários mais frios do dia, proteção à luz direta do sol e ventiladores para aumento do fluxo do ar. “As lesões geralmente são causadas por estresse, no processo de recolha na fazenda, durante o transporte ou condições de estabulação e clima”.

Lesões macroscópicas variam entre 4% e 9,5% em sistemas intensivos de criação. “Qualquer animal rejeitado nos critérios jamais poderá seguir para consumo”. Esses critérios envolvem: aves que chegam mortas ao abatedouro; debilitadas; lesões articulares e artrites; dermatites e celulites; problemas respiratórios; hepatites, entre outros. Os dados atuais do Reino Unido mostram que a prevalência média de lesões micro identificadas nas carcaças varia de 14,5% – 18,1%.

Considerações gerais sobre os critérios europeus de condenação

“Bem-estar e saúde pública são fundamentais na avicultura; embora os fatores de bem-estar estejam relacionados ao processo produtivo na fazenda e no transporte, é no frigorífico que resultados de bem-estar podem ser medidos objetividade; os critérios de condenação variam entre os países com o objetivo de garantir a qualidade e a segurança da carne consumida pelo público; diferenças nos critérios existem devido à legislações diferentes baseadas na interpretação local da ciência e política, risco à segurança alimentar, conformidade e treinamento, custo de produção e disposição de condenação, esquemas de garantia, bem como o mercado para os produtos; fatores legais, políticos, de percepção do consumidor e desafios locais de doenças influenciam nos níveis de condenação, seja de carcaça total ou parcial; o objetivo é garantir o controle ideal de doenças, a biossegurança e o gerenciamento, e bem-estar, bem como ótimas técnicas produtivas, através do controle do processo, manutenção e investimento em novas tecnologias”.

A visão brasileira

Elci Dickel apresentou a visão brasileira com relação aos critérios de condenação em abatedouros de aves. Dickel é médico veterinário, professor doutor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Passo Fundo, RS. Possui vínculos de pesquisa com grupos consolidados da UFRGS e Embrapa Suínos e Aves – Concórdia, SC. É também auditor fiscal federal agropecuário (aposentado) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Conforme Dickel, a inspeção de produtos de origem animal no Brasil é de responsabilidade do Mapa, através da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal- Dipoa. Com a tecnificação da avicultura no país, o Mapa, editou a Portaria Nº210 de novembro 1998, que trata do Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico, Sanitária de Carne de Aves.

O organograma do Dipoa contempla auditorias nacionais, estaduais e regionais. Nos estabelecimentos, a equipe do SIF é coordenada pelos auditores federais agropecuários, agentes de Inspeção e auxiliares de Inspeção pertencentes às empresas, treinados e coordenados pelo SIF local. A IN 20 de 2016 contempla o controle e monitoramento da Salmonella spp. O Decreto 9.013 de 2017 dispõe sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal (Riispoa). O setor é regido ainda pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) instituído em 1994, pelo Programa Nacional de Controles de Resíduos Biológicos (PNCRB) e pelo Programa de Redução de Patógenos.

A inspeção avalia a qualidade higiênico-sanitária dos produtos de origem animal. “Os fiscais verificam se o produto atende aos requisitos mínimos de qualidade para o consumo. Os produtos aprovados recebem um selo de aprovação”, informa Dickel. Além da inspeção nos frigoríficos, o processo produtivo das aves é acompanhado pela equipe técnica dos estabelecimentos, em todas as etapas da criação. “Estes profissionais emitem certificados para cada lote, os quais são verificados pelo SIF local, por ocasião da inspeção ante mortem”, explica Dickel.

A inspeção brasileira, explica Dickel, se dá nas seguintes etapas: manejo pré-abate, inspeção ante mortem, inspeção post mortem, verificação dos programas de autocontrole e certificação sanitária. “A inspeção visa garantir que os produtos de origem animal e seus derivados estejam de acordo com os conceitos de segurança alimentar, atendam as exigências sanitárias e padrões físico-químicos nacionais e internacionais”, esclarece.

Dickel salienta ainda a importância do bem-estar animal em todo o processo produtivo. “Bem-estar animal não é só uma filosofia, acaba por repercutir na carcaça. Portanto, temos que ter em mente que o grande benefício do bem-estar animal é na qualidade das carnes”. Outro ponto relevante, destaca, é a qualificação dos profissionais envolvidos na produção e inspeção. “O veterinário deve estudar a fisiologia das aves, especialmente no Brasil, onde tem quatro estações bem definidas. Precisamos de equipes treinadas para trabalhar com aves, pois se trata de uma matéria-prima que exige cuidados especiais”.

Números

Dados do Mapa referente ao abate de aves em 2018 foram discutidos por Dickel durante a palestra. Os abates estaduais e municipais não estão contemplados na análise. Das 5,7 bilhões de cabeças de aves abatidas no ano passado, 507 milhões apresentaram alguma alteração: – 57,1% tecnopatias, defeitos de criação ou de processamento – a maior parte por processamento. É um número expressivo, mas nem todas são condenadas; 22% são processos inflamatórios; 20% defeitos fisiológicos – 91% dos processos fisiológicos são as miopatias.

Diante destes números, Dickel avalia que os desafios do setor são gigantes. Conforme ele, entre as tecnopatias, 61% são contaminação de carcaça; 29% contusões e fraturas. “Precisamos alinhar procedimentos. Embora as apanhas das aves sejam realizadas por equipes, os números mostram que falta qualificação para tal. Penso que a inspeção brasileira precisa refletir e aprimorar alguns aspectos”, salienta.

Para Dickel, observar os padrões de qualidade e as recomendações legais é fundamental para obter uma carcaça de qualidade. “Temos que utilizar critérios e padrões uniformes, isso é essencial”. Ele também reclama a falta de agilidade. “Precisa-se mudar as regras conforme a ciência evolui, utilizar ferramentas e novas tecnologias”.

Resumo das necessidades do setor, conforme Elci Dickel: educação continuada (reciclagem) para a equipe de fiscalização; preenchimento de vagas com técnicos concursados; treinar os funcionários envolvidos com a gestão de qualidade; técnicos com conhecimento dos processos industriais; incorporação de novas tecnologias para melhorar a inspeção; padronização nacional de nomenclatura e destinos para as carcaças e vísceras com alterações; treinar os funcionários e incorporar o uso de sistemas de inteligência artificial afim de evitar desperdício; atualizar os dados nacionais e mais acessíveis; maior controle sanitário-oficial na criação dos animais para abate e industrialização. “Temos a responsabilidade de fornecer frangos de qualidade para qualquer parte do planeta que consuma nossa carne”, sustenta.

A visão estadunidense

O norte americano Mike Casto falou sobre a visão americana para os critérios de condenação no abate de aves. Casto é especialista em abatedouro e integra o Suporte Técnico Mundial da Cobb-Vantress.

A Salmonella é um patógeno que contamina a carne durante o abate e o processamento. Nas pessoas, pode provocar diarreia, dor abdominal e febre. Durante o abate e o processamento dos frangos, a presença de Salmonella spp. nos intestinos, pele e penas resulta em contaminação da carne e seus subprodutos. A Comissão Internacional para Especificações Microbiológicas em Alimentos define como pontos críticos gerais de controle (PCC) para o abate de frangos o escaldamento, a lavagem após a depenagem, a lavagem após a evisceração e o pré-resfriamento.

Mike Casto informa que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vem trabalhando na modernização de seu sistema de inspeção de aves ao longo de duas décadas – um sistema que foi originalmente desenvolvido na década de 1950. O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do USDA (FSIS) relatou em 1997 que estudos da Academia Nacional de Ciências, do General Accounting Office e do USDA “estabeleceram a necessidade de mudanças fundamentais no programa de inspeção de carnes e aves do USDA”.

Tolerância zero

Um programa piloto foi implementado em 1997 em 20 plantas de frango, chamado Projeto de Modelos de Inspeção Baseado em HACCP, ou HIMP. O objetivo do HIMP era testar um sistema alternativo de inspeção de segurança alimentar que buscava diminuir a contaminação por patógenos. Segundo Casto, ao longo dessas duas décadas tem sido estudado, debatido e revisado visando a modernização da inspeção de frango, melhorar a segurança alimentar e proteger os trabalhadores.

Conforme Casto, neste controle mais rígido iniciado na década de 1990, o USDA determinou tolerância zero para contaminação por Salmonella e outros patógenos nas carcaças de frango. “O que parecia simples acabou revelando-se um gigantesco desafio, devida às dificuldades técnicas de adaptação ao novo sistema. Muitas plantas não estavam preparadas para tal”, afirma. Tanto o setor produtivo quanto a indústria precisaram desenvolver tecnologias para atender ao programa governamental. “Foi preciso garantir que nenhuma carcaça enviada ao resfriamento tivesse qualquer material fecal visível, uma tentativa de minimizar ao máximo a probabilidade de contaminação por Salmonella”, recorda.

Logo percebeu-se que o problema era maior do que o esperado e o sistema de processamento e limpeza não dava conta de atender aos padrões, afirma Casto. Se qualquer material fecal fosse encontrado em uma carcaça, a linha de processamento devia ser imediatamente interrompida. Medidas corretivas e preventivas eram tomadas antes que a linha de processamento fosse reiniciada. Isso, segundo Casto, significava avaliar cada peça dos equipamentos para determinar a causa da falha o que, naturalmente, gerava um alto custo produtivo.

Solução

No entanto, a solução para o problema da contaminação não estava estritamente na indústria, mas começava nas fazendas. Estudos indicaram que retirar a ração dos frangos ainda no galpão – respeitando uma janela de 8 a 12 horas antes da chegada à linha de abate, diminui as chances de contaminação. Os frangos continuavam bebendo água para promover a digestão e o descarte adequado do conteúdo intestinal, até a recolha das aves e envio ao abatedouro.

“Os intestinos vazios representam uma diminuição considerável da contaminação nas linhas de abate”, afirma Casto. A partir desta constatação, a cadeia norte-americana de produção de aves desenvolveu um programa que garante a retirada do trato naturalmente, ainda na fazenda. Já na indústria, simula-se as condições da fazenda, mantendo os frangos o mais confortável possível até limpar totalmente o trato intestinal. A permanência mínima nesse espaço é de duas horas.

Na linha de abate, outras medidas foram observadas, como a velocidade de fluxo das aves adequado e temperatura de escaldagem não muito alta. “Neste momento, cuidado aos detalhes e uniformidade das aves abatidas é fundamental”, resume Casto. Ele comenta que foi preciso mudar ainda o processo de lavagem das aves. “A indústria de engenharia logo aprendeu maneiras criativas de construir sistemas de lavagem de gabinete, alguns com escovas, que usavam vários estilos de bicos de alta pressão. Ângulos ajustáveis para o fluxo direcional atingem áreas difíceis de alcançar”, exemplifica.

O resultado foi que, na maioria das plantas norte-americanas, houve uma redução significativa em todos os fatores de contaminação desde o início do programa tolerância zero. “Os ajustes de manejo, fluxo de abate e equipamentos fizeram uma diferença significativa no objetivo de reduzir ao máximo a contaminação por patógenos”, sintetiza.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de junho/julho de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Mandato de Ricardo Santin é renovado na presidência da ABPA

Ele também preside o Conselho Mundial da Avicultura, o Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de ocupar a vice-presidência da Associação Latinoamericana de Avicultura.

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Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - Foto: Divulgação/ABPA

O advogado e mestre em Ciências Políticas, Ricardo Santin, foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após realização da Assembleia Geral realizada na quarta-feira (24), ocasião em que foi escolhido o novo Conselho Diretivo da associação.

O novo conselho será comandado por Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial há mais de três décadas, assumirá o posto até então ocupado pelo diretor comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi.

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, Diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, diretor da Acav/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho: “Agradeço a confiança do novo Conselho da ABPA e do presidente Irineu na continuidade deste trabalho da entidade que, pela união de esforços, tem gerado grandes resultados para a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, faço especial agradecimento a Leomar Somensi, que nos conduziu desde o primeiro dia de existência da associação, superando grandes crises e conquistando vitórias históricas para o nosso setor. O setor todo rende uma especial homenagem à esta inestimável liderança exercida por ele ao longo destes 10 anos”, destaca Ricardo Santin.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

Fonte: Assessoria ABPA
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Avicultura

Uma cooperativa para se chamar de Lar

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional

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Fotos: Divulgação/OP Rural

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa. Confira!

O Presente Rural – Fale um pouco sobre sua história dentro do cooperativismo e na Lar. Como essas duas histórias se unem?

Irineo da Costa Rodrigues – A Cooperativa Lar foi criada nos anos 1960, quando houve uma migração de pessoas do sul do país para onde hoje é o município de Missal. A Igreja Católica inclusive, através de uma encíclica do Papa João XXIII, que dizia que as pequenas economias deviam se juntar ou em cooperativas. Cinco dioceses na época foram até o governador Moisés Lupion pedir uma ajuda à Igreja. O governador doou a essas cinco dioceses cinco mil alqueires, ou seja, mil alqueires a cada. Assim, vieram agricultores do sul da região das Missões, de origem alemã e católicos pequenos agricultores.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil”

Na medida em que eles vinham, compravam uma colônia de terra que é dez alqueires e a igreja separava um valor para formar uma cooperativa. E assim nasceu a Cooperativa Lar, que foi fundada no dia 19 de março de 1964. Dia 19 de março é Dia de São José, esposo de Maria e o nome do padre que foi colonizador e gerente da colonizadora, e foi o primeiro presidente da cooperativa. A cooperativa nasceu sob a égide da Igreja. No dia 19 de março de 2024 a Lar completou 60 anos.

Eu sou da região da campanha do Rio Grande do Sul. Minha cidade natal é Canguçu e meu pai era pequeno produtor. Produzia leite, batata, cebola, pêssego e na época ele se associou à cooperativa de leite. Infelizmente ela descontinuou por má gestão e então eu sempre convivi com meu pai falando em cooperativa.

Depois fui estudar sete anos no Colégio Agrícola Visconde da Graça, em Pelotas (RS), e lá nós tínhamos uma cooperativa escolar. Então, de novo falando em cooperativa e estudando um pouco. Quando vim para a agronomia, me formei em 1973, em Pelotas, também na grade curricular tinha matérias voltadas ao cooperativismo.

No comecinho de 1974 me formei engenheiro agrônomo e pensei em sair do Rio Grande do Sul, porque as faculdades de agronomia estavam lá na cidade de Pelotas, que é mais antiga do país. Já tinha a URGS, de Porto Alegre, e tinha a de Santa Maria. O Paraná só tinha uma que era a Federal do Paraná. Santa Catarina não tinha faculdade de agronomia, ou seja, o Rio Grande do Sul formava muitos agrônomos. E eu vi o exemplo de outros, eu queria ser produtor rural. Pensei “vou no rumo do Centro-Oeste, no Mato Grosso”, mas o Mato Grosso ainda não tinha a agricultura.

Entrei na Emater do Paraná, trabalhei sete anos e, mais da metade do tempo, com o chefe em Cascavel. Fui chamado pela Embrapa em 1974, não quis ir, eu até tinha uma data para ir para a Carolina do Norte fazer o mestrado nos Estados Unidos. E digo “não, se eu for para a Embrapa eu vou ter que ir fazer mestrado, quem sabe doutorado, e eu não vou ter oportunidade de começar na agricultura antes”. Fiquei sete anos na antiga Carpa, a Emater hoje. E a Carpa tinha o trabalho de fomentar o cooperativismo, falar com os agricultores e é um trabalho que eu fazia. Ou seja, em quatro momentos: com o meu pai, colégio agrícola, na faculdade e depois na antiga Carpa, eu sempre vivi, respirei um pouco o cooperativismo.

Quando saí da Emater, a Sudcoop, que hoje é a Frimesa, entrou em dificuldade e vim ser presidente dessa cooperativa e fiquei até o ano de 1983. Em 1984 e 1986 vim para a Cotrefal (Lar) como diretor-secretário e fiquei um pouco frustrado porque a cooperativa não andava. Então me afastei e, quando voltei, em 1990 por nove anos acumulei a Presidência da Sicredi e da atual Lar.

Então eu já tinha passado pela diretoria da Frimesa, fui presidente da Codetec sempre – eu a fundei e a vendi, e ela teve um papel bem importante. Foi vendida por uma decisão das cooperativas, não era minha decisão.

O Presente Rural – Quando a Lar decidiu diversificar e industrializar sua produção?

Irineo da Costa Rodrigues – Eu só assumi a presidência da Lar com essa ideia de que tinha que fazer duas coisas, até pelo lado de engenheiro agrônomo e de educador da Emater, que tinha que profissionalizar, que tinha que trazer mais eficiência na agricultura e, também, tinha que agregar valor, porque pequenas propriedades não se viabilizam só com grãos e nós já tínhamos através da Frimesa um pouco de suinocultura e leite. Primeiro passo foi aumentar a suinocultura, aumentar a produção de leite, buscar mais produtividade. Na época, criamos os chamados programas de eficácia. Aí nós entramos com a cultura da mandioca e de hortigranjeiros, mas mirando frango. Até que foi possível, quatro anos depois, pois estávamos com um estudo pronto para entrar na avicultura, no dia 09/09/1999, ou seja, em menos de uma década a Lar já estava agregando valor, diversificada e mais industrializada.

O Presente Rural – Presidente, a Lar é destaque tanto em número de colaboradores como associados. Ao que o senhor atribui esse desempenho todo?

Irineo da Costa Rodrigues – Cresceu o número de associados porque mais agricultores passaram a confiar na gestão. Não tínhamos médios e muito menos grandes produtores associados à cooperativa. Passaram a se associar e depois aumentou o quadro de associados quando a Lar foi para o Mato Grosso do Sul, claro, tínhamos associados lá, mas muitos sul-mato-grossenses se associaram à Lar. Como também quando fomos para o Norte do Paraná, para expansão da avicultura. O nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil. Por termos uma avicultura muito intensa, a Lar se tornou em 24 anos a terceira maior empresa de abate de frango do país, a quarta maior da América Latina. A avicultura é muito intensa em ocupação de mão de obra. Nossa avicultura, hoje, precisa de 21 mil funcionários. Então, dos 24 mil funcionários, 21 mil estão na avicultura.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa”

O Presente Rural – Ainda em relação ao quadro de colaboradores e dos associados, quais os benefícios ou ações que a Cooperativa tem nessas duas frentes?

Irineu da Costa Rodrigues – Perante aos associados é o trabalho intenso de levar tecnologia, levar a atualidade para eles produzirem mais. E pela diversificação, também conseguimos levar mais renda aos associados. Mas a Lar também tem alguns programas adicionais. Nós bonificamos os associados por fidelidade, por compra de insumos e por milho de qualidade, pois precisamos de uma matéria-prima boa para nossa pecuária. Com isso, premiamos quem tem milho com mais qualidade. Além de distribuição de sobras, podemos citar levar educação e oportunidade para os associados estudarem. Hoje nós temos o curso, talvez inédito no Brasil, de bacharel em agronegócio para agricultores.  Para os funcionários, é um trabalho incessante de qualificação, gerar oportunidades para que nossos funcionários estudem para serem melhores técnicos e melhores gestores.

O Presente Rural – Como o senhor avalia o cooperativismo no ramo agropecuário e o cooperativismo no Brasil?

Irineu da Costa Rodrigues – Ele é extremamente necessário. Penso que ele vai se expandir. Claro que, vez ou outra, alguma cooperativa não tem sucesso, mas isso se deve a alguns fatores. Primeiro, uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa. Se a cooperativa preenche essa necessidade é meio caminho andado. Segundo, tem que ter uma gestão boa. E, às vezes, as cooperativas se perdem um pouco com a vontade de querer ajudar o associado, exagera na ajuda, ou também por falta de conhecimento, não são felizes nas decisões tomadas na área comercial, industrial. A cooperativa tem que preencher o interesse do associado e tem que ter uma boa gestão.

E outra palavra que não é mágica, mas é importante, é confiança. A cooperativa tem que gerar confiança. Com esses três alicerces uma cooperativa vai bem, ela cada vez mais encanta seu associado, cada vez se expande mais. Claro que isso não é unanimidade, até porque não dá para uma diretoria de cooperativa atender tudo que o associado quer, pois têm alguns que exageram no pedido. O cooperativismo está sendo cada vez mais importante para o país. Cada vez mais está participando mais da produção, como no estado do Paraná, onde mais de 50% da produção do estado passa por cooperativas.

O Presente Rural – Hoje a cooperativa trabalha em diversas áreas do agronegócio. Poderia traçar um panorama dessas áreas?

Irineu da Costa Rodrigues – A Lar tem um foco. Isso foi definido há duas décadas, quando nós passamos a diversificar muito e poucos associados tinham o interesse por aquelas atividades. O foco da Lar é o que a nossa região faz, foco em grãos, em carnes e insumos. Temos logística, temos transporte, serviços. Criamos a cooperativa de crédito, a Lar Credi para focarmos no agricultor. Não é uma crítica, mas as cooperativas quando ficam grandes, focam muito no meio urbano, de certa forma deixam um pouco de lado o agricultor. Atendem muito bem, são fantásticas, são muito fortes, têm uma boa gestão, mas na nossa região, quando a Lar Credi foi criada, levou um choque. Nós percebemos as outras cooperativas, sem citar o nome, se voltando mais para o agricultor porque viram a Lar Credi como uma concorrente forte. E nós não vamos fazer muito barulho, vamos crescendo pouco a pouco, porque a base da Lar Credi é operar com simplicidade, com baixo custo e focada no agricultor. Nós trouxemos um seguro que, para os nossos produtores, foi fantástico. Na avicultura, por exemplo, era um seguro muito caro e esse seguro que nós trouxemos cobre a mortalidade de aves.

O Presente Rural – A avicultura teve uma expansão expressiva nos últimos anos. Até onde a Lar pretende chegar?

Irineu da Costa Rodrigues – De certa forma, a Lar chegou onde queria chegar. Nós precisávamos aumentar a nossa avicultura, porque é uma atividade que tem que crescer para diluir custo. Nós tivemos essa percepção. Nos ressentíamos de ter uma planta para o mercado interno, então, adquirimos a Granjeiro, em Rolândia. Conversávamos muito com a Copagril sobre a necessidade que eles tinham de aumentar, porque com o abate pequeno não era sustentável. O Ricardo Chapla era o presidente, ele cogitou outras empresas que poderiam comprar, outras cooperativas e eu fiquei um pouco frustrado que a Lar não estava na lista, acho que ela era considerada meio pequena. Mas a Lar precisou ser ousada, ter coragem para assumir uma atividade que tinha valor alto e deu certo.  O negócio foi relâmpago. No primeiro dia útil de três anos atrás, a Lar já estava abatendo frango em Marechal Cândido Rondon. Acreditamos que a Lar é reconhecida, está fazendo um bom trabalho.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues foi entrevistado pelo jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural, Giuliano De Luca e por Ueslei Stankovicz para o Programa Voz do Cooperativismo

O Presente Rural – Falando também em suinocultura, como estão as perspectivas? E, falando do aumento no abate do frigorífico Frimesa, tem expectativas de crescimento nessa área também?

Irineu da Costa Rodrigues – A avicultura do ano passado sofreu muito. O Brasil estava com o abate muito alto. Deu muito prejuízo até o mês de agosto, mas muito prejuízo mesmo. A partir de setembro passa a ter resultado positivo, mas nós não cobrimos o prejuízo de avicultura do ano passado. Isso vai demorar uns meses ainda. A suinocultura está com problema semelhante. Ela não deu prejuízo que o frango deu, mas a gente vai ver balanços complicados em empresas que só têm suínos. Isso porque a China deu um “boom” quando ela precisou controlar a peste suína africana, depois se preparou para poder voltar com produção máxima e modernizada e ela está comprando pouco. Então a suinocultura no Brasil possivelmente terá o primeiro semestre ainda duro, sem grandes margens, ou em alguns casos sem margem, acumulando algum prejuízo.

Mas a suinocultura da Lar foi positiva no ano passado. Na nossa forma de ver, no sistema integrado da Frimesa, você deve olhar seu custo e sanidade e a Lar tem sanidade extraordinária. E quando se tem mais produtividade, se diluem os custos. A Frimesa entrou numa época difícil e ela precisa aumentar o abate, pois caso contrário não irá diluir custos.  Mas isso está acontecendo. No ano passado ela teve que arcar com todos os custos de uma empresa em seu início, o que não foi tão fácil, mas teve bom resultado. Precisamos olhar na suinocultura, tanto quando na avicultura, o nível de alojamento, se não passaremos a ver problemas financeiros nessas áreas este ano.

A Lar cresceu muito na produção de suínos, tanto é que no ano passado nós entregamos suínos para Frimesa, para a Friela, Frivatti e vendemos um pouco para o mercado livre. Agora, a partir de janeiro, com a Frimesa ampliando o abate, 100% da matéria prima da Lar está indo para ela.

O Presente Rural –  No Brasil, as taxas estão um pouco elevadas. Isso tem algum impacto na ideia de crescimento da Lar, ou dos próprios produtores rurais?

Irineu da Costa Rodrigues – Primeiramente, a Lar chegou num tamanho adequado, então não temos hoje grandes ideias de expansão. Ela vai investir esse ano mais de 500 milhões para modernizar parque industrial, aumentar um pouco a frota, ampliar grãos. A Lar poderá crescer, eventualmente se surgir uma boa oportunidade, como surgiu a Granjeiro, como surgiu a própria intercooperação com a Copagril. Mas, uma das razões é o juro alto, sim.

O Presente Rural – Quais os principais desafios que a Lar sente hoje?

Irineu da Costa Rodrigues – Nossa preocupação é a queda no preço dos grãos, pois produzimos ainda com custos altos. E, claro, estamos muito preocupados com essas questões de logística que não melhoram nunca. As estradas já deveriam estar todas duplicados, elas são deficientes. Nos preocupa também energia elétrica, que não é adequada ao nível de consumo que temos hoje. A toda hora cai energia, morre frango. Nós não temos conectividade, não temos sinais bons aqui para as máquinas modernas que temos. Em alguns lugares há problemas de água e estradas vicinais. Segurança jurídica e marco temporal, por exemplo. Há indígenas que vêm do Paraguai, que são massa de manobra, criar tensão na região. Como, de certa forma, o MST, que na nossa região está tranquilo, mas a toda hora a gente vê alguém incentivando os movimentos sociais.

O Presente Rural – Quais são as oportunidades emergentes que a Lar observa par ao agronegócio brasileiro?

Irineu da Costa Rodrigues As oportunidades são muito grandes, porque nós temos território, nós temos terra, nós temos know how, nós temos clima. E quando falo em know how é porque temos pessoas que sabem fazer agricultura. Os outros países também têm esse potencial, mas não têm a tecnologia, não tem know how como o nosso agricultor sabe fazer. Então, por isso, o Brasil seguramente vai, cada vez mais, ter uma produção maior.  Mas claro, outros países começam a criar barreiras, barreiras tarifárias, sanitárias. Precisamos ter um governo que faça o trabalho contraponto, que divulgue mais como trabalhamos. Nós temos uma narrativa muito ruim no Brasil, inclusive brasileiros estão falando que a nossa produção não é saudável, que agride o meio ambiente, que tem trabalho escravo. Brasileiros fazendo jogo de interesses fora do país. Nós temos que sair na frente com uma nova narrativa, falar qual agricultura nós fazemos e chamar os clientes, mostrar para eles. Já ocorreu de clientes da Lar que vieram do exterior ficarem surpresos ao verem árvores na beira das estradas e rios, pois se fala que no Brasil não há mais mata. Essa narrativa precisa ser construída para que sejamos melhores vistos lá fora.

O Presente Rural – Na sua visão, o que é o agronegócio do futuro e como o cooperativismo se encaixa nele?

Entrevistado do Programa Voz do Cooperativismo, presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues destacou os principais avanços e conquista da cooperativa

Irineu da Costa Rodrigues – O agronegócio é uma necessidade. Nós vamos ter nove bilhões de pessoas, então é um incremento de mais de um bilhão e meio de pessoas que precisam se alimentar e têm muitas regiões do mundo em que as pessoas passam fome. Estamos numa atividade essencial, diria até mais essencial que a saúde, porque não tendo alimentação, não tem como ter saúde.

Isso tem uma perspectiva muito grande para o nosso país. Cada vez mais a gente observa que quem tem tecnologia para o agro vem para o Brasil. O país vai atrair muitos investidores porque ele tem uma condição espetacular para produzir muito mais. E nós temos que ter a sabedoria de aproveitarmos essas oportunidades. E sim, penso que as cooperativas estão fazendo isso. A Lar não cresceu nos últimos anos à toa, ela buscou crescer, ela se preparou, ela tem na educação e na inovação pilares importantes. Nós somos uma cooperativa que estuda muito. Até temos falado que a Lar é uma cooperativa educadora. Temos aqui grupos de cumbuca espalhados em todo a cooperativa, onde as pessoas se reúnem para estudarem juntas, discutir o que estudam e aplicarem o estudo. Isso está dentro do DNA da cooperativa e é isso que nos dá essa confiança de que a Lar tem mais facilidade de superar dificuldades. Nós acreditamos que ela é uma cooperativa bem resiliente, porque ela, desde o começo do ano, trabalha como se já fosse um cenário difícil. E se ele aperta, o pessoal se dedica um pouco mais. Se o ano vai bem, a gente não afrouxa não. Então vamos produzir um bom resultado financeiro no final do ano, porque o associado quer sobra e o funcionário quer participação do resultado.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Inscrições com desconto ao Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos encerram dia 30 de abril

Evento será realizado nos dias 21 e 22 de maio em Uberlândia (MG).

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Foto: Shutterstock

A Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) realiza, entre os dias 21 e 22 de maio, o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos no Nobile Suíte Hotel em Uberlândia (MG),

Todas as palestras serão realizadas de forma presencial e as inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do primeiro lote variam de R$ 390,00 para profissionais e R$ 195,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 30 de abril.

Para se inscrever clique aqui. A inscrição só será confirmada após o pagamento, que pode ser realizado via depósito bancário, PIX, transferência bancária ou pelo cartão de crédito.

As inscrições antecipadas podem ser feitas até dia 16 de maio, não sendo possível se inscrever presencialmente no dia do evento.

Programação explora tópicos importantes para a avicultura

Durante o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos, os participantes terão a oportunidade de se aprimorar em uma variedade de temas fundamentais para o setor avícola. Um dos pontos de discussão será a otimização da janela de nascimento e seus impactos na qualidade e desempenho das aves adultas. Os especialistas compartilharão novos conceitos sobre como aperfeiçoar esse processo para garantir melhores resultados na produção avícola.

Além disso, a limpeza, desinfecção e controle da contaminação no incubatório serão abordados em detalhes. Os participantes terão  acesso à informações sobre as melhores práticas para manter um ambiente higiênico e seguro para o desenvolvimento dos pintinhos. Confira a programação completa clicando aqui.

Fonte: Assessoria Facta
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