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Frigol recebe II Concurso de Carcaças Angus nesta sexta-feira

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O Frigorífico Frigol e a Associação Brasileira de Angus (ABA) promoverão na próxima sexta-feira (13), o II Concurso de Carcaças Angus SP, na unidade da Frigol em Lençóis Paulista (SP), às 9 horas.
Este é o segundo Concurso de Carcaças Angus na Frigol. A primeira edição, realizada no ano passado, contou com a participação de 300 animais.
Os requisitos para participação no Concurso são os mesmos do Programa Carne Angus Certificada da ABA: animais Angus e Red Angus e cruzamentos com raças de corte desde que tenham no mínimo 50% de sangue Angus. As fêmeas devem ter até 4 dentes; os machos castrados até 2 dentes e os inteiros com dentes de leite. O padrão mínimo de aceitabilidade é de gordura mediana (3 mm de cobertura de gordura).
“Participamos do Programa Carne Angus Certificada há três anos e com resultados excelentes. É inegável o crescimento da raça e sua contribuição para o progresso da pecuária e da cadeia da carne bovina e a Frigol é parceira desse processo. Iniciativas como o Concurso de Carcaças fortalecem a raça, agregam mais produtores e motivam o investimento dos varejistas. Tudo para atender ao consumidor final, cada vez mais exigente”, assinala Luciano Pascon, vice-presidente do frigorífico.
Fábio Medeiros, gerente do Programa Carne Angus Certificada, ressalta que a realização do Concurso de Carcaças Angus no Estado de São Paulo é muito importante para fortalecer a cadeia da carne bovina no estado, especialmente para produtos de alta qualidade.
As demais informações e inscrições para o II Concurso de Carcaças Angus SP podem ser realizadas diretamente no setor de compra de gado do Frigorífico Frigol pelo telefone (14) 3269-3900, ramais 3901/3902, ou pelo email: luciana.guiglielmin@frigol.com.br.

Fonte: Assessoria

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Genética de plantas e manejo de cultivos: alternativas para compensar os efeitos das mudanças climáticas no Sul do Brasil

A combinação de estratégias genéticas, manejo de cultivos e práticas integradas de gestão de risco são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A implementação dessas práticas não só ajudará a mitigar os impactos adversos, mas também vai promover uma agricultura mais resiliente e sustentável no Rio Grande do Sul e em toda a região Sul do Brasil.

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Foto: Shutterstock

As mudanças climáticas estão se manifestando de forma acentuada na região Sul do Brasil, trazendo desafios expressivos para a agricultura. De acordo com o agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, duas características climáticas estão moldando a agricultura local: o aumento da umidade e a elevação das temperaturas mínimas. Estas mudanças demandam novas abordagens tanto na genética de plantas quanto no manejo de cultivos para garantir a produtividade e a sustentabilidade da agricultura na região.

Agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha: “A criação de cultivares mais resistentes e a utilização eficiente do solo durante o inverno são estratégias essenciais para garantir a sustentabilidade e a produtividade agrícola na região Sul do Brasil” – Foto: Divulgação/Embrapa Trigo

Desde a metade do século passado, a região Sul tem se tornado progressivamente mais úmida, especialmente na primavera. Muitos locais, que antes recebiam cerca de 1.300 milímetros de chuva anualmente, agora registram até 2.000 milímetros. Além disso, as temperaturas mínimas têm subido, criando um ambiente mais quente e úmido, propício ao desenvolvimento de doenças nas culturas. Este cenário exige um foco intensificado no melhoramento genético para desenvolver plantas mais resistentes a estas condições adversas.

De acordo com o agrometeorologista, os programas de melhoramento genético estão concentrados em criar cultivares com maior resistência a doenças e maior tolerância ao calor. “Estas plantas precisam ser resilientes às variações climáticas, que incluem períodos de alta umidade e estiagens prolongadas. Entre as doenças que mais preocupam estão as doenças de espiga nos cereais de inverno, como o trigo, que são de difícil controle e podem comprometer significativamente a produção”, expõe Cunha, que vai tratar sobre como a genética de plantas e manejo de cultivos podem compensar os efeitos das mudanças climáticas durante o Interleite Sul, de 18 a 19 de maio, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Além disso, a busca por plantas mais eficientes no uso de recursos e mais tolerantes a um ambiente com maior concentração de CO2 e seca está em andamento nos laboratórios de pesquisa. Embora estas tecnologias ainda estejam em desenvolvimento, já existem cultivares no campo que são mais adaptadas às novas condições climáticas.

Convivendo com extremos climáticos

A convivência com extremos climáticos é uma preocupação constante no Sul do Brasil. A ocupação do solo no inverno com cereais de estação fria, como trigo, cevada, triticale e aveia, é uma estratégia para mitigar os impactos das mudanças climáticas, uma vez que estes cereais não só fornecem grãos para o consumo humano e animal, mas também oferecem opções de pastejo direto e produção de forragem conservada, como pré-secados, feno e silagem e até pode ser usado produção de etanol. “As mudanças climáticas exigem inovações tanto na genética de plantas quanto no manejo de cultivos. A criação de cultivares mais resistentes e a utilização eficiente do solo durante o inverno são estratégias essenciais para garantir a sustentabilidade e a produtividade agrícola na região Sul do Brasil”, ressalta Cunha.

Foto: Matthias Zomer/Pexels

Gestão integrada de riscos na agricultura

A gestão integrada de riscos é fundamental para a agricultura moderna, especialmente em face das mudanças climáticas. Essa abordagem abrange a utilização de tecnologias de manejo de cultivos, a construção de perfis de solo mais adaptados, visando a redução dos impactos negativos do clima, o uso de cultivares com diferentes ciclos de maturação, a diversificação das épocas de semeadura, evitando o plantio simultâneo de todas as áreas, e a transferência de risco, que envolve o seguro agrícola.

Segundo o agrometeorologista, a agricultura enfrenta dois grandes riscos: o climático, por ser uma atividade a céu aberto, e o de preço. “É essencial combinar diversas práticas dentro das tecnologias de produção, por isso é tão importante construção de um perfil de solo saudável e eficiente, capaz de armazenar água e com altos teores de matéria orgânica”, frisa Cunha, acrescentando: “Boas práticas de conservação do solo, como a sistematização da área e o uso de plantio direto, são essenciais. A rotação de culturas, alternando espécies de plantas, minimiza os efeitos adversos do clima e das doenças de plantas, além de melhorar o perfil e a estrutura do solo, evitando camadas compactadas. Esse processo constrói um solo mais produtivo ao longo dos anos”.

Importância dos cereais de inverno

A integração dos cereais de inverno com a produção animal é altamente recomendável na região Sul do Brasil. “O abandono da prática de pousio, que é quando nada se planta no campo, é fundamental na região Sul. O pousio degrada o solo e favorece plantas daninhas que dificultam o controle e reduzem a produtividade”, afirma Cunha.

O uso do solo no inverno para plantio de cereais, como trigo, cevada, triticale e aveia, de acordo com Cunha não só contribui para a produção de grãos, mas também para a forragem, beneficiando a alimentação animal. “Isso melhora as propriedades do solo, mitiga as emissões de gases de efeito estufa e agrega renda ao integrar sistemas de produção de grãos com pecuária. Além disso, o uso desses cereais para pastejo direto, silagem e comercialização dos grãos proporciona diversas oportunidades de renda ao produtor”, salienta o agrometeorologista.

Catástrofe no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul enfrenta uma situação difícil com muitas cidades alagadas e rodovias destruídas pelas enchentes. Esta situação tem impactado diretamente o escoamento da produção devido à dificuldade de acesso para o recolhimento dos produtos. Mesmo nas cidades não diretamente atingidas pelas enchentes, o impacto indireto das estruturas rodoviárias danificadas tem prejudicado o setor agropecuário como um todo.

Nas regiões onde a água já baixou, os prejuízos são evidentes nas estruturas industriais e unidades produtoras de animais. Muitas cidades viram a população perder completamente suas casas, com os prejuízos mais acentuados na região Central do estado e na grande Porto Alegre. “Os impactos ainda estão sendo calculados, mas os prejuízos são inúmeros, especialmente na produção de forragem para alimentação do gado leiteiro, que sofrerá atrasos no estabelecimento de novas áreas”, aponta Cunha.

Embora a produção de grãos tenha sido menos impactada, já que a maioria das lavouras de soja, milho e arroz já havia sido colhida, ainda existia uma área significativa por colher no Sul do estado, onde cerca de 24% das lavouras estavam nos campos quando as enchentes começaram, conforme dados da Emater-RS. “Na pecuária leiteira, o comprometimento é significativo, pois muitas das regiões afetadas são de pequenas propriedades, e esses produtores foram os mais atingidos pelas enchentes”, afirma Cunha.

Seguro rural e zoneamento agrícola

Cunha é enfático ao afirmar que nenhum produtor deve abrir mão do seguro rural, que se torna um insumo de proteção cada vez mais importante na agricultura brasileira, especialmente no Sul. Outra ferramenta essencial de gestão de risco é o zoneamento agrícola de risco climático, que identifica as potencialidades das espécies em cada região, quando plantar e os níveis de risco envolvidos. “Este instrumento subsidia as políticas de crédito e seguro rural no Brasil, tornando-se essencial para a gestão de risco e a sustentabilidade da agricultura”, pontua.

A combinação de estratégias genéticas, manejo de cultivos e práticas integradas de gestão de risco são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A implementação dessas práticas não só ajudará a mitigar os impactos adversos, mas também vai promover uma agricultura mais resiliente e sustentável no Rio Grande do Sul e em toda a região Sul do Brasil.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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A revolução na cadeia do leite no Brasil

A inovação tecnológica e a busca constante por excelência prometem moldar um futuro robusto para a produção de leite no país.

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Foto: Íris Beatriz dos Santos

Nos últimos anos, a cadeia produtiva do leite no Brasil passou por uma transformação significativa. Em 2017, cerca de 600 mil produtores participavam do mercado formal. Hoje, esse número está entre 220 e 260 mil. Apesar da redução no número de produtores, a produção de leite aumentou, evidenciando a crescente escala de produção nas fazendas que permaneceram ativas.

A consolidação da produção em um número menor de fazendas, mas mais eficientes, traz benefícios evidentes. Grandes propriedades leiteiras têm acesso às mais avançadas tecnologias, desde a genética aprimorada de animais e plantas para a dieta até equipamentos e softwares de última geração. Isso resulta em leite de qualidade superior, além de maior eficiência na produção e lucratividade.

Esse novo cenário sinaliza um futuro promissor para a cadeia do leite no Brasil. A concentração em produtores mais eficientes e tecnologicamente avançados não apenas garante a produção de leite de alta qualidade, mas também assegura a sustentabilidade da atividade. A tendência é que apenas os melhores produtores permaneçam no mercado, impulsionando a competitividade e o desenvolvimento contínuo do setor.

Com a qualidade e a eficiência se tornando fatores decisivos, o setor lácteo brasileiro está preparado para enfrentar desafios e aproveitar novas oportunidades. A inovação tecnológica e a busca constante por excelência prometem moldar um futuro robusto para a produção de leite no país.

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Fonte: Por Giuliano De Luca, jornalista e editor-chefe do jornal O Presente Rural
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Governo federal e do Paraná vão criar grupo de trabalho para qualificar setor leiteiro

Desde a acentuação da crise no setor leiteiro, particularmente em razão das importações, o Estado tomou algumas medidas como a implantação de tributação de 7% na chegada do produto importado no Paraná e a aprovação de legislação que possibilita elevar a alíquota a 19,5%.

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Fotos: Evandro Fadel/Seab

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) vão criar um grupo de trabalho para discutir alternativas de curto, médio e longo prazo para fortificar e qualificar ainda mais a cadeia leiteira do Estado, particularmente a vinculada à agricultura familiar.

A decisão foi tomada na segunda-feira (03) durante reunião na Seab. “O ambiente rural do Estado está esperando isso de nós, e tem de ser urgente, o governo está disposto a ajudar”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Diante das dificuldades que o setor vive, se nada for feito vamos perder mais produtores, e a tendência é que as pessoas não fiquem mais no meio rural”.

Ele acentuou a crença de que é preciso continuar o processo de transformação do leite e agregação de valor ao produto. “Podemos ter os melhores produtores de leite e de queijo do País”, ressaltou. “Mas os custos de produção estão em alta e a renda tem diminuído, é preciso ajudar o produtor e rever o sistema de produção”.

Também presente à reunião, o secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, destacou que desde a acentuação da crise no setor leiteiro, particularmente em razão das importações, o Estado tomou algumas medidas como a implantação de tributação de 7% na chegada do produto importado no Paraná e a aprovação de legislação que possibilita elevar a alíquota a 19,5%.

No entanto, outra das preocupações para que o produtor se mantenha na atividade é a busca de redução no custo de produção. “Precisamos fazer alguma coisa, encontrar o caminho para baixar esse custo”, disse. Ortigara reforçou que esse é um trabalho que precisa ser feito de forma integrada entre os estados do Sul, que são responsáveis por produzir 40% do leite brasileiro, mas que consomem apenas 15%. “A minha vinda ao Paraná tem a ver com a tentativa de estabelecer uma parceria com o Estado e é importante ter a ideia da Aliança Láctea, que pega os três estados do Sul, e podemos estender a outros”, disse o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Vanderlei Ziger.

Ele ponderou a necessidade de estudar a questão não apenas sob a ótica do aumento da importação de leite em pó de países do Mercosul. “A crise do leite não está em um fator só, e entender essas variáveis é extremamente necessário, precisamos ter um conhecimento mais aprofundado delas”, acentuou.

Além disso, propôs análise de alternativas que possibilitem manter o custo de produção em patamar aceitável, capitalizar o produtor, fortalecer a assistência técnica e promover discussão sobre o modelo de produção mais viável. “Precisamos fazer alguma coisa para salvar o produtor”, afirmou.

Em 2023, o Paraná se aproximou mais de Minas Gerais na disputa pela liderança do mercado de leite. O Estado ficou com a segunda maior evolução na produção entregue a laticínios, com 3.626.378 bilhões de litros nessa modalidade. Minas Gerais segue liderando o ranking, com 23,8% da captação nacional, mas perdeu 0,8 ponto percentual, já que tinha 24,6% do mercado em 2022. O Paraná, que detém a cidade que mais produz, em Castro, saltou de 14,4% para 14,8%.

Presenças

Também participaram da reunião a superintendente do MDA no Paraná, Leila Klenk; o diretor técnico da Seab, Benno Doetzer; o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido; a chefe de Gabinete da Seab, Vera da Rocha Zardo; o oficial de projetos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Valter Bianchini; e o gerente de Cadeias Produtivas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), Hernani Alves da Silva.

Fonte: AEN-PR
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