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Goiás terá Centro de Desempenho Animal

Objetivo da Embrapa é selecionar reprodutores da raça nelore para melhoramento do rebanho

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Até o final do primeiro semestre de 2016, a Embrapa irá estruturar em Goiás o Centro de Desempenho Animal, com o objetivo de selecionar reprodutores da raça nelore (touros jovens com até 25 meses de idade) para melhoramento do rebanho, voltado à pecuária de corte na região do cerrado. Essa iniciativa traz como característica inovadora para o Estado a aplicação da análise genética, para ajudar na identificação de exemplares que sejam mais eficientes em transformar forragem em carne.

O local escolhido como sede do Centro de Desempenho Animal é a Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO) e o trabalho tem a liderança do Núcleo Regional da Embrapa Cerrados, coordenado pelos pesquisadores Cláudio Ulhôa Magnabosco, Marcos Fernando Oliveira e Costa e Eduardo da Costa Eifert.

O Centro de Desempenho Animal terá a capacidade para avaliar 640 touros ao ano e contará com infraestrutura de confinamento (baias, cochos, curral, silos, galpão de ração) e laboratório de bioinformática. O acompanhamento dos reprodutores será feito por meio de leitor óptico eletrônico e os dados coletados serão armazenados instantaneamente em programa de computador com acesso via web.

Esse sistema permitirá automatizar algumas tarefas, conferindo agilidade ao processo de monitoramento dos animais e fornecerá informações sobre a frequência, a duração e o consumo de comida por um período estipulado de 70 a 85 dias. Com isso, serão estimadas individualmente taxas de eficiência alimentar para cada touro. O desejável é identificar exemplares que tenham baixa ingestão de alimento e maior ganho de peso.

Análise genética

Todo esse trabalho de acompanhamento será complementado com a análise genética, a partir da extração de DNA coletado em amostras de material biológico dos animais. Serão usados marcadores moleculares, no caso os chamados Polimorfismo de Nucleotídeo Simples (sigla em inglês – SNP), capazes de detectar variações na sequência de DNA, as quais podem ser correlacionadas à eficiência alimentar e que possuem alta probabilidade de serem repassadas entre gerações.

De acordo com o pesquisador Cláudio Ulhôa Magnabosco, o Centro de Desempenho Animal vem atender algumas demandas econômicas em Goiás. "Se selecionarmos bons reprodutores, poderemos obter progênies que consumam quantidades menores de capim, silagem ou concentrado e que atinjam normalmente o desenvolvimento corporal sem atraso para o abate. Isso significa uma pecuária de corte de ciclo curto e com menos gastos e trará, certamente, um diferencial importante em rentabilidade", disse.    

Todos os touros que irão participar das avaliações no Centro de Desempenho Animal são originários de criatórios que participam de programas de melhoramento e também da marca Embrapa – Brasil Genética Nelore (BRGN). Esses reprodutores já participam da prova de ganho de peso a pasto em sistemas de integração lavoura e pecuária na Embrapa Arroz e Feijão, quando, por 15 meses, são acompanhados em relação à fertilidade, crescimento, composição corporal, ganhos em musculatura e em acabamento em gordura; e caracterização visual da raça.

Agora com o Centro de Desempenho Animal haverá mais uma etapa nesse processo que é o confinamento, que irá permitir a mensuração específica da relação entre consumo alimentar e desenvolvimento dos touros.

O Centro de Desempenho Animal possui como parceiros a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ), a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) e a Aval Serviços Tecnológicos. A iniciativa conta com investimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec/Goiás) e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

As obras para o Centro de Desempenho Animal estão em andamento e os equipamentos para a estruturação do local serão adquiridos nos próximos meses.

O Estado de Goiás apresenta o terceiro maior rebanho nacional, cerca de 19,2 milhões de cabeças. Atualmente, possui papel relevante na produção de leite e é o principal exportador de carne do Brasil. Goiás possui ainda 29,8% do total do rebanho confinado no País, aproximadamente 1,2 milhão de animais.

Fonte: Portal DBO

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3ª edição do Espaço BioInova incentiva produção e utilização de bioinsumos na agricultura brasileira

Evento que integra os vários atores da cadeia dos insumos biológicos recebe iniciativa da Rede de Inovação do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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Foto: Divulgação/Mapa

Para incentivar a produção e o uso de bioinsumos no Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, entre terça (28) e quarta-feira (29), em Campinas (SP), a 3ª edição do Espaço BioInova – um ambiente de debates, palestras, congressos técnicos e científicos para integração entre produtores, pesquisadores, startups, investidores, setor privado, academia e governo. O espaço foi disponibilizado no BioSummit 2024, considerado o maior evento de insumos biológicos da América Latina.

O BioInova é uma iniciativa da Rede de Inovação em Bioinsumos, idealizada pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa. O objetivo é estimular conexões entre os diversos atores envolvidos para promover oportunidades de inovação em torno da produção e uso sustentável dos insumos biológicos.

Nesta edição, os participantes expuseram suas linhas de atuação, bem como possíveis soluções propostas para as demandas apresentadas pelo setor. As atividades do BioInova foram programadas para gerar um ambiente de parcerias, projetos e negócios com foco em práticas sustentáveis e agregação de valor, de modo a promover avanços significativos para a agricultura e pecuária.

Segundo o diretor do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária, Alessandro Cruvinel, o evento vem se consolidando desde o ano passado e, dessa vez, teve como diferencial a atuação de instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) e a Associação Brasileira das Indústrias de Bioinsumos (ABINBIO).

“As entidades trouxeram oportunidades de mentoria para interessados em acessar as linhas de financiamento e, também, espaços para estabelecimento de futuras parcerias. Em 2024 foram disponibilizados mais de 500 milhões de reais em recursos para projetos de agricultura, e a área de bioinsumos obteve uma linha específica em fluxo contínuo, construída pelas articulações entre o Mapa e a Finep”, destacou Alessandro.

A programação incluiu apresentações de técnicos do Mapa, de especialistas da Finep, da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii) e do Sebrae. E, ainda, workshops e atividades de mentoria para elaboração de projetos, arranjos e soluções.

Espaço BioInova

A primeira edição do evento foi realizada durante o 23º Simpósio de Controle Biológico em julho de 2023, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), e apresentou a capacidade da rede para engajar o ecossistema de inovação nacional em bioinsumos. A segunda edição, por sua vez, ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), no mesmo ano, no 32º Congresso Brasileiro de Microbiologia, no qual foi abordada a bioinovação na agropecuária. A terceira edição, promovida neste maio de 2024, chegou a Campinas (SP), para ampliar a compreensão sobre os meios para financiamento de projetos voltados à produção de itens para controle de pragas e doenças, fertilizantes, estimulantes e outros insumos de base biológica.

O movimento e as oportunidades do BioInova seguem disponíveis na Rede de Inovação em Bioinsumos, que pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Defesa agropecuária

São Paulo treina agentes para emergência zoossanitária em caso de gripe aviária

Participantes do Mapa e do governo estadual avaliam como fundamental a capacitação prática e teórica de todos os envolvidos; houve simulação de caso real.

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Servidores públicos do Estado de São Paulo passaram por um treinamento nesta semana que os preparou para agir em situação de ocorrência de caso de influenza aviária, conhecida como gripe aviária, na região. A capacitação, que incluiu na metodologia a simulação de caso real, foi bastante elogiada pelos participantes.

O Brasil não tem nenhum caso de influenza aviária registrado em granjas comerciais. A atuação da Defesa Agropecuária do Mapa, em sintonia com os Estados, tem sido essencial para manter o país livre da doença. Missões internacionais têm visitado o país para verificar o sistema de controle brasileiro.

Fotos: Divulgação/Mapa

O treinamento foi promovido pela Superintendência de Agricultura e Pecuária em São Paulo (SFA-SP), que é a representação do Mapa no Estado, em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e Instituto Biológico (IB), ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo, com a Associação Paulista de Avicultura (APA) e com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ/USP). A capacitação ocorreu na faculdade.

De acordo com o chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Animal (Sisa-SP), Esequiel Liuson, o treinamento em emergência zoossanitária foi teórico e prático. O objetivo foi promover a capacitação dos servidores do Mapa e do Serviço Veterinário Estadual (SVE) para atendimento de casos suspeitos e respostas rápidas a eventuais focos da doença. O Sisa é vinculado à SFA-SP e foi o setor responsável pela organização.

A ação levou em conta a Portaria Mapa nº 587, de 22 de maio de 2023, que prorrogou por tempo indeterminado a Portaria Mapa nº 572, de 29 de março de 2023. Esta última havia declarado estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, em virtude da ocorrência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres.

Assim, essa capacitação do Serviço Veterinário Oficial (SVO) para as atividades referentes aos atendimentos de casos suspeitos, procedimentos de segurança pessoal e enfrentamento à emergência sanitária é de fundamental importância para controle e resposta eficaz aos eventuais focos em animais silvestres e aves comerciais.

“O treinamento foi muito bom, todos saíram bastante satisfeitos, tiveram a oportunidade de aprender as técnicas de coleta e realizar a parte prática. Também puderam realizar a necropsia de algumas aves silvestres e conhecer as particularidades das espécies. Foi uma oportunidade única”, disse Miriam Sasaki, agente de inspeção do Sisa-SP.

Uma das intervenções mais interessantes foi da professora Tânia Raso, da USP. Ela apresentou a influenza aviária, com enfoque bastante técnico e científico da doença, contribuindo para o aprofundamento do assunto. “Esse evento representou muito bem como devemos estar bem-preparados para o atendimento de uma emergência. Já a própria organização representou isso, precisamos estar unidos (serviços veterinários, instituto de pesquisa, academia e a iniciativa privada) para defender a sanidade avícola paulista”, disse Miriam.

O capitão Fillipin, da Polícia Militar de São Paulo, abordou o preparo para a situação de emergência e o sistema de comando de incidentes. Colocado de forma prática, possibilitou que os participantes simulassem uma situação real.

O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-SP), da SFA-SP, Fabio Paarmann, apresentou a atuação da comissão de avaliação e sacrifício com foco na legislação, trazendo bastante clareza em relação à legislação, composição e atuação.

Paulo Blandino, gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola, e Izabelle Cordeiro, epidemiologista da CDA, apresentaram a atuação do órgão no estado, “um trabalho muito bem feito que remete a toda a segurança do preparo de São Paulo para uma eventual emergência no plantel comercial”, segundo Miriam. A agente de inspeção do Mapa, que é veterinária, destacou a importância da educação sanitária e de como ela pode ser eficaz na prevenção da gripe aviária.

“Achei muito importante a reciclagem. Como veterinários, nós temos a base, mas diferenciar nos animais as diversas partes dos sistemas, especialmente as de interesse para o diagnóstico, foi imprescindível para se ter mais segurança na coleta de material. E a possibilidade de estudar e diferenciar algumas espécies silvestres foi ímpar”, disse a participante Luciana Moura.

Para a veterinária Izabelle, “as palestras foram todas excelentes”. Já a professora Tânia também gostou do resultado: “Fiquei feliz que todo mundo aproveitou bastante. Agradeço a confiança e estamos sempre à disposição do Mapa”, disse ela.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Tecnologias sustentáveis

Ministro da Agricultura trata sobre energia renovável e inteligência artificial com representantes americanos

Em reunião foram destacados os potenciais do Brasil sobre a transição energética sustentável.

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Foto: Divulgação/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com representantes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) para o debate sobre cooperação bilateral com os Estados Unidos (EUA) sobre energia, sustentabilidade, comércio e investimentos nesta semana em Brasília (DF).

Na ocasião, os representantes das iniciativas americanos apontaram a importância da parceria entre o Brasil e os Estados Unidos na produção e uso do biodiesel, com enfoque na inclusão produtiva e no desenvolvimento rural sustentável, via geração de emprego e renda, além dos potenciais brasileiros sobre a transição energética. Também foi pontuado o uso da inteligência artificial (AI) na agropecuária brasileira e como ela pode aumentar a competitividade do país.

O ministro Fávaro destacou que o Brasil e os EUA são grandes players dos combustíveis renováveis. “Sabendo do protagonismo que temos, tanto na produção de alimentos como na produção de combustíveis renováveis. O Brasil e os Estados unidos não podem ficar de costas um para o outro, pelo contrário devem operar juntos para oferecer biocombustíveis para o mundo”.

No encontro também foi ressaltado os 200 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, a data foi celebrada no último dia 26 de maio.

Participaram da reunião o Diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira; o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto; e demais representantes do setor de energia renovável e tecnológico americano.

Fonte: Assessoria Mapa
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CBNA – Cong. Tec.

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