Há dois vereadores nesta câmara que me fazem a vida negra…

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Foto - Luís Carregã

Foto – Luís Carregã

Qual é o segredo para a sua longevidade à frente da Junta de Freguesia da Sé Nova?
O segredo tem sido a naturalidade com que trato todas as coisas, a franqueza com que trato todas as pessoas e todos os problemas. A começar no executivo e a acabar nos cidadãos. Sempre sem interesses e com muita parcimónia. Não tenho cá arcas encoiradas

É muito solicitado para resolver problemas?
Sim, claro. Mas faço sempre da mesma forma. Por exemplo, quando alguém vem falar comigo para arranjar um passeio , eu digo logo: arranjo sim senhor, mas só daqui a um mês ou no dia tal. E quando as pessoas perguntam se é mesmo a sério, eu digo sempre que podem confiar. A verdade é que, no dia tal lá estou. E é engraçado que, muitas vezes, chego lá e eles já nem se lembravam, porque estavam, e muitos ainda estão, habituados a que a maioria dos políticos prometa e depois se esqueça.

Considera-se um político atípico?
Eu sou eleito por uma força política e faço política, na junta, mas estou aqui ao serviço do povo, procurando resolver problemas e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Mas a junta tem poderes muito limitados…
Pois tem. Por isso, quando não posso fazer vou à câmara e faço pressão forte para eles resolverem.

Tem razões de queixa desta câmara?
Tenho de dizer que, neste último executivo da câmara, encontrei dois vereadores que me têm feito a vida negra. Gente que foi eleita com o apoio da minha cor política, por quem andei a lutar e a bater de porta em porta para ganharmos e, agora, esses dois vereadores têm feito tudo para me prejudicar. A um basta dizer que enviei para aí 10 ofícios sobre 10 assuntos e nunca resolveu nada. E o outro a mesma coisa.

Quem são esses vereadores?
Desculpe-me mas fico-me por aqui. Já basta o mal que me fazem, obrigando-me a contornar as coisas e a dar a volta por outro lado, com outros elementos, como são o senhor vereador das Obras e os rapazes muito ativos que tem lá no gabinete dele e como é também aquele rapaz Ricardo Rodrigues, que é adjunto do senhor presidente…
E da parte do presidente da câmara?
Dele tenho tido a melhor colaboração. Mas, sabe, eu sou daqueles que só numa situação extrema é que gosto de recorrer ao presidente; não sou dos que passam a vida a bater-lhe à porta, feito pobre pedinte.

E com o presidente anterior também teve boas relações?
Sim, sim. O dr. Carlos da Encarnação sempre me ajudou. Agora, o que eu acho é que, se fosse com ele, os tais dois vereadores não fariam o que fazem e não teriam as liberdades que têm agora com o dr. João Paulo.

(Ler entrevista integral na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS)

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