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Vinil motiva encontro de gerações em Jundiaí

Celso e Adriana, com os filhos, na feira que reuniu discos antigos, como dos Beatles

Por Daniel Gomes

No último final de semana (29 e 30), o Sesc de Jundiaí preparou o evento “Dias de Vinil”, uma exposição de discos na qual os aficionados pelos chamados “bolachões” puderam se encontrar e garimpar raridades. A programação contou com a participação de 6 expositores, DJs, pocket shows e palestras. Este foi o primeiro evento de vinil em Jundiaí e foi totalmente gratuito. No sábado e domingo, a média de público foi de 100 pessoas, e a faixa etária era bastante dividida, entre jovens e adultos.

A mãe Adriana Nhoque: “Eles amam música, então acabou ficando fácil de passar esse legado para eles” (Foto: Daniel Gomes)

No Brasil, o vinil foi um dos principais atalhos de gravação de música até a década de 1990, quando começou a perder espaço para novas tecnologias. No entanto, o formato nunca deixou de ter uma legião de fãs e colecionadores, e atualmente experimenta um ressurgimento, com o surgimento de lojas especializadas e o aumento do interesse por parte de novas gerações de ouvintes.

A feira de discos em Jundiaí foi organizada por Rodrigo Alves e Edivaldo Mariano, dois expositores e amantes da cultura do vinil. No evento, o público pode entrar em contato com diversos discos raros e famosos de bandas nacionais e internacionais. Um exemplo é o disco “Rocket to Russia”, gravado em 1977, da banda Ramones.

No local, também havia discos à venda, como o álbum “Lar de Maravilhas”, de 1975, da banda brasileira Casa das Máquinas, ao preço de R$ 220,00. De acordo com os organizadores, o evento foi um passo importante para comemorar essa cultura tão popular na década de 1980.

Rodrigo disse que sua paixão pelo vinil começou quando ainda era criança, tornando-se seu trabalho nos dias atuais. “O amor pelo vinil começou quando eu tinha 8 anos, por conta dos meus pais, e até hoje eu coleciono e vivo somente com a venda de discos”.

Rodrigo Alves: “No vinil, você se sente mais acolhido, até por todo ritual antes de ouvir” (Foto: Daniel Gomes)
 

O jovem também comentou o motivo de considerar o vinil insubstituível, mesmo diante das novas tecnologias. “No streaming e no CD, a música é comprimida, já no disco de vinil o formato é original, lá vai ter o grave, o agudo e o médio. No vinil, você se sente mais acolhido, até por todo ritual antes de ouvir, de colocar o disco e apreciar. Isso nunca vai existir no streaming”.

“Por conta do retorno do interesse pelo vinil, a Universal voltou a produzir discos, mas por não possuir uma fábrica, esses discos são produzidos aqui no Brasil”, disse Edivaldo.

Entre o público presente, estava o casal Celso e Adriana Nhoque, que levou os filhos Sofia e Antônio para prestigiar o evento. O casal falou sobre o prazer em ainda haver discos de vinil à venda, os consideram a forma física da música, e eles tentam passar essa cultura para seus filhos. “Eles amam música, então acabou ficando fácil de passar esse legado para eles”, disse Adriana.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Melyssa Kell


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