Gordura no fígado assusta, mas pode ser revertida. Saiba como
Epidemia silenciosa, doença está crescendo devido ao aumento do sedentarismo e dieta inadequada; problema pode evoluir para cirrose
Deborah Giannini
Cerca de 34% das pessoas têm gordura no fígado e esse índice está crescendo, de acordo com a médica hepatologista Bianca Della Guardia, coordenadora do Grupo Médico Assistencial de Doenças Hepáticas da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Ontem (12), comemorou-se o Dia Internacional de Combate à Gordura no Fígado.
No passado, o principal motivo desse tipo de problema era o alcoolismo. Hoje, o avança da doença está ligado ao sedentarismo e à dieta inadequada, além de síndromes metabólicas como obesidade, colesterol alto, hipertensão e diabetes.
“A maioria dos casos está relacionado à diebetes tipo 2, que por sua vez está associada à obesidade. Há pacientes magros que têm gordura no fígado. Nesse caso, leva-se em conta um componente genético”, afirma.
Ela explica que, quando uma pessoa descobre que tem gordura no fígado, tende a ficar assustada, mas nem sempre toma medidas para reverter a situação. “Estudos mostram que até a gordura avançada no fígado pode melhorar com alimentação balenceada e exercícios físicos, além do controle de fatores de risco”, diz.
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