Regantes criam nova ferramenta para otimizar uso da água e da energia

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O Grupo Operacional AGIR – projeto coordenado pela FENAREG – está a desenvolver uma nova ferramenta de diagnóstico e avaliação para otimizar o uso da água e da energia no regadio, de forma a reduzir perdas, é o objetivo de uma nova ferramenta de diagnóstico e avaliação desenvolvida pelo Grupo Operacional AGIR. Mais de 50 entidades gestoras de água e 200 mil hectares de regadio podem vir a beneficiar desta nova matriz de avaliação, que ajudará as entidades gestoras dos perímetros de rega públicos a tomar decisões fundamentadas sobre investimentos de modernização e gestão das infraestruturas.

O projeto, que teve início em 2017, centra-se no estudo de casos-piloto de três aproveitamentos hidroagrícolas – Odivelas, Vigia (ambas no Alentejo) e Vale do Sorraia (no Ribatejo) –, a partir do qual está a ser desenvolvida uma matriz de avaliação universal.

Nos primeiros dois anos do AGIR, e na sequência do diagnóstico realizado, estas entidades aferiram perdas de água em canais e hidrantes; investiram em programas de telegestão para controlo da distribuição de água e na melhoria da automatização das estações elevatórias, entre outras medidas.

Segundo nota enviada às redações, os resultados preliminares do projeto apontam para a necessidade de reabilitar as infraestruturas, investir na manutenção dos equipamentos de medição e melhorar o controlo operacional da rede de distribuição de água.

Manual de Boas Práticas de Rega

Ao nível da parcela agrícola estão a ser identificados fatores críticos de intervenção e serão feitas recomendações para melhorar os sistemas de rega, o uso da água e da energia. Do projeto resultará um “Manual de Boas Práticas de Rega” destinado aos agricultores.

“O AGIR é uma porta que se abre para uma mudança de paradigma na forma de avaliar o desempenho dos sistemas de rega em Portugal. Esta ferramenta pode vir a ser usada no apoio à definição de políticas públicas”, esclarece Helena Alegre, responsável do LNEC-Laboratório Nacional de Engenharia Civil, um dos parceiros do AGIR.

Para Cláudia Brandão, chefe da Divisão de Infraestruturas Hidráulicas da Direção de Serviços do Regadio da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, “este sistema de avaliação será uma ferramenta importante para desenvolver uma agricultura sustentável, porque contribui para preservar os recursos – água e solo -, valorizando as boas práticas e os investimentos no regadio”.

“O projeto AGIR vem demonstrar o empenho do setor agrícola em praticar um regadio eficiente e sustentável, dando o seu contributo para que Portugal atinja as metas de descarbonização propostas pelo Governo e pela União Europeia”, afirma Carina Arranja, secretária-geral da FENAREG, entidade que coordena o Grupo Operacional.

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Fonte: Vida Rural

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