O extravasamento de uma caixa do sistema de esgotamento sanitário, na Rua João Gualberto Pereira do Carmo, no bairro da Ponta Verde, tem causado transtorno e ameaça à saúde das pessoas que passam pelo local, sobretudo os moradores, que há meses aguardam uma solução da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
A empresa foi acionada desde o mês de outubro, pelo condomínio do Edifício Rosa Jacy, em cuja calçada está localizado o vazamento. Mas até hoje não resolveu o problema e a situação só se agrava. O que antes era o corrimento de água podre entre a calçada e a rua, agora tem fezes expostas no passeio público, na esquina da Rua João Gualberto com a Campos Teixeira.
Além do desconforto causado pela cena e pelo mau cheiro dos dejetos, muita gente acaba sendo atingida pela água do esgoto, lançada durante a passagem dos veículos pela rua.
Ontem, uma equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sedet) esteve no local e constatou a gravidade da situação. “É um atentado à saúde pública”, comentou um dos fiscais do Meio Ambiente. A equipe informou que a Casal será notificada, com prazo para resolver o problema, e poderá ser multada.
HISTÓRICO
Os mais prejudicados com a situação, moradores do Edifício Rosa Jacy relatam que o problema já dura alguns meses, e tem causado prejuízos, transtornos, constrangimento, além da ameaça à saúde de todos.
Primeiro, eles perceberam o retorno do esgoto para o prédio e depois o extravasamento na calçada. No início de outubro, eles tiveram que arcar com a despesa de contratação de um serviço de limpeza de esgoto (caminhão tanque), mas serviu apenas de paliativo. O vazamento voltou e persistiu nos dias seguintes.
Como o edifício estava em reforma, foi solicitado um parecer do engenheiro da obra, para verificar as instalações internas. Constatou-se, então, que o problema não estava no prédio, mas na rua: uma possível obstrução na tubulação da Casal, que liga a caixa de saída do esgoto do edifício à rede geral.
Um comunicado foi emitido pelo condomínio, à Companhia de Abastecimento, no dia 23 de outubro, com pedido de serviço de reparação do problema, registrado com o número 9428803, conforme documento apresentado à equipe de fiscalização da Sedet. Nesse tempo, vários outros contatos foram feitos com a empresa, mas até hoje a Casal não resolveu o problema.