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Virei um Gato – Humor requentado!

Virei um Gato

A filmografia do diretor Barry Sonnenfeld tem ótimos títulos, como o primeiro A Família Addams e a trilogia MIB – Homens de Preto, além de ter dirigido um inspiradíssimo John Travolta em O Nome do Jogo, baseado no livro de Elmore Leonard. Porém, certamente seu novo trabalho figurará ao lado dos fracos As Loucas Aventuras de James West e Férias no Trailer.

Virei um Gato (Nine Lives, 2016), tenta ser um filme moderno, mas possui uma pegada requentada. Na história, o empresário egocêntrico Tom Brand (Kevin Spacey, no piloto automático, fazendo uma graninha extra no intervalo de House of Cards) deseja construir o prédio mais alto da América. Além de construtora, ele possui empresas de vários outros setores, acumulando muita fortuna, mas fazendo muitos inimigos. No dia do aniversário da filha caçula, ele decide ceder a um pedido antigo dela, comprando-lhe um gato. Aqui, entra a participação, como sempre divertida, de Christopher Walken, fazendo um esquisito com cara de mágico muito parecido com seu personagem em Click. A grande diferença é que, ao invés de vender um controle remoto universal mágico, ele é um dono de pet shop e também encantador de gatos, no sentido literal. O gato que ele vende para Brand acaba trocando de lugar com o humano (daí o título em português).

Virei um Gato

O filme tem boas sacadas, como a moda dos vídeos de gatos na Internet, a vida divulgada através de redes sociais e várias piadas envolvendo o estereótipo de que os gatos são seres maléficos e egoístas, e o trabalho de voz de Spacey é bastante interessante, apesar de uma atuação aquém de sua capacidade. O filme não tem grandes atributos de roteiro (a história tem final previsível, claro), mas arranca boas risadas do público.

Em alguns momentos a direção acerta no uso da câmera, utilizando-se do ponto de vista do gato para contextualizar a história. Também é interessante o uso do próprio animal como recurso visual – poucas são as cenas em que computação gráfica é utilizada. Na maioria das vezes, é o próprio animal adestrado e a voz do protagonista em off, então todos os ruídos do felino são miados, mas são poucos os momentos em que a parte técnica se sobressai além desses.

Virei um Gato

A história tem um ponto específico – novamente, muito similar a Click – que garante o gosto de coisa requentada: o protagonista é um homem que trabalha muito, negligencia esposa e filhos e não se importa com nada. Estar, forçadamente, no corpo do animal de estimação da família, o obriga a avaliar suas prioridades, assim como o personagem de Adam Sandler no outro filme. Muda-se a embalagem do controle remoto mágico por uma troca de corpos, mas o conteúdo é o mesmo.

O elenco de apoio está bem. Jennifer Garner, aqui sem o mesmo frescor da protagonista do filme De Repente 30, faz a esposa de Brand e Robbie Amell interpreta o filho mais velho, de um casamento anterior. O destaque vai para a jovem Malina Weissman, atualmente como protagonista na série Supergirl, que interpreta a filha Rebecca.

A título de curiosidade, o site https://mipapaesungato.com/pt/ e a página da Diamond Films no Facebook disponibilizam o trailer e também um jogo que permite ao usuário customizar o protagonista da história, Tom Brand/Sr. Peludinho.

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