Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos

Confira na entrevista abaixo, feita pelo jornal da CBN a opinião de Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica no link abaixo.

http://www.cbn.com.br/Player/player.htm?audio=2010%2Fnoticias%2Faclopes_100217&OAS_sitepage=cbn/programas/jornaldacbn

Medicina pesquisa a presença de microorganismos em jalecos

Bactéria que pode causar infecção hospitalar foi encontrada nas amostras colhidas por estudantes da PUC

A pesquisa “O potencial da vestimenta médica como possível fonte e veículo de transmissão de microorganismos”, desenvolvida pelas alunas de Medicina Fernanda Dias e Débora Jukemura, com a orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf, foi concluída. O estudo revela se o uso de jaleco é ou não um importante equipamento de proteção individual (EPI) para os profissionais da saúde.

Fernanda Dias e Débora Jukemura sob a orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf.

O objetivo da pesquisa foi comparar a microbiota  existente nos jalecos utilizados por  estudantes de medicina, sobretudo nas mangas (região do punho) e na própria pele dessas pessoas, com a encontrada na dos não usuários de jaleco.

As pesquisadoras correlacionaram o grau de contaminação e a patogenicidade dos microorganismos encontrados com as seguintes variáveis: dia em que foi realizada a coleta, frequência de lavagens semanais do jaleco, uso por homens e mulheres e o ano de graduação dos estudantes.

O estudo foi realizado em um hospital universitário do estado de São Paulo, onde foram avaliados 96 estudantes de medicina, distribuídos nos seis anos da graduação (após o contato com pacientes) que atuam na enfermaria de clinica médica. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra não.

Os resultados da pesquisa indicam que a contaminação dos jalecos está presente em 95,83% das amostras. “Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato dos microorganismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos encontrados em hospitais, como algodão e poliéster”, explicam as alunas Fernanda e Débora.

O estudo ainda revela que os jalecos dos estudantes de medicina estão geralmente contaminados, principalmente nas áreas de frequente contato, como mangas e bolsos, e o principal microorganismo identificado foi o Staphlococcus aureus,uma bactéria hoje considerada, como uma das principais agentes de infecção hospitalar.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), entre outras instituições de referência em Biossegurança, recomendam a utilização de jalecos a fim de fornecer uma barreira de proteção contra acidentes e incidentes e reduzir a oportunidade de transmissão de microorganismos. Todavia, nesse estudo, a  pele da região do punho, tanto nos usuários quanto nos não usuários, estava contaminada em 97,91% e 93,75% respectivamente. “Evidencia-se assim, que a contaminação da pele dos usuários de jaleco não difere significativamente daqueles que não fazem seu uso, indicando que sua função como EPI pode ser novamente questionada”, ressalta a professora Maria Elisa.

Segundo as alunas o estudo também revela que a prática da lavagem das mãos, em ambos os grupos, não está adequada. “Essa prática deve ser estimulada antes e depois do contato com os pacientes, pois consiste numa conduta simples, de baixo custo e muito importante na prevenção de infecções hospitalares”, esclarece. “Além disso, a falta de higiene das mãos aumenta a contaminação dos jalecos, por ser frequentemente tocados pelos médicos no exercício da sua profissão”, completa. 

Os resultados mostraram ainda que o número de microorganismos patogênicos aumentou consideravelmente nas coletas realizadas entre segunda e quinta-feira. “Em resumo, a função do jaleco como equipamento de proteção individual (EPI) é questionável e esse instrumento pode representar um possível veículo de transmissão de microorganismos associado à infecção hospitalar se seu uso não for aliado a cuidados adequados”, conta a professora orientadora da pesquisa.

fonte: http://www.pucsp.br/noticia/pesquisa-sobre-a-utilizacao-de-jalecos-e-concluida-na-puc-sp

Crítica do Jaleco Vida: Esse estudo não traz muitas novidades no entanto reitera a postura do Jaleco Vida perante o público interessado. Devido a presença do Risco Biológico intrinseco ao serviço de saúde, o uso do jaleco como equipamento de proteção individual NÃO é questionável. Pode sim representar risco na transmissão de patógenos no ambiente hospitalar e por isso desenvolvemos e patenteamos o Jaleco Vida.

As bactérias estão presentes nesse planeta há mais tempo que o homem e, em número, portamos cinco vezes mais microorganismos que células próprias. A transmissão desses patógenos através de fômites / vetores é tão importante quanto a transmissão dos mecanismos de resistência através de agentes ubíquos a nossa pele.

A região do antebraço, segundo um mapeamento da flora da pele humana, é o local aonde há a maior diversidade e quantidade de bactérias no corpo humano. Diferente do que nosso parvo conhecimento e nossa imaginação nos faz concluir.


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Sobre Jaleco Vida
Vestimenta de Segurança contra risco biológico confeccionada com tecido tecnológico bacteriostático e utilizada como barreira corporal biológica e física em hospitais, laboratórios, fábricas, restaurantes, entre outros. Inibe proliferação de bactérias trazendo mais segurança a pacientes e profissionais da saúde. Possui modelagem confortável, e é indicada para profissionais que trabalhem em ambiente de risco biológico, ou seja, com probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos. Entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

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