Quando peguei a máquina fotográfica e sai da cabine do Avoante, não era para registrar essas cenas maravilhosas de um fim de tarde na Baía de Todos os Santos, mas não tive como deixar de registrar à tarde que se ia. Na verdade eu queria mesmo era mostrar como no seio de uma metrópole como Salvador, emoldurada por uma paisagem apaixonante, abençoada por um sincretismo religioso dos mais diversos, cantada em verso e prosa por poetas e artistas das melhores cepas, comandada por políticos que se definem como amigos/irmãos do rei, ou da rainha, sei lá, e dona de uma cultura tão rica, consegue admitir nos dias de hoje a predatória pesca com bomba. Não estou falando da prática usual e diária desse crime ambiental nos recônditos esquecidos do mar que banha a Bahia, estou falando do crime, segundo a Lei inafiançável número 9.605/98, que sacode a cidade exterminando a fauna e a flora do fundo do mar. Não consigo acostumar com os estampidos surdos amplificados pela parte submersa do casco de uma embarcação.
Essa imagem que flagra o crime sendo cometido não é minha, fui buscá-la no site infoescola.com, numa matéria sobre o assunto, mas traduz como tudo acontece: Um pescador despreocupado e sabedor de que todas as ações da fiscalização não resultam em nada, a não ser multa e repreensão, pois ele se define como trabalhador que tem o deve de levar o pão de cada dia a boca dos filhos, e por isso é acobertado pela política do passar a mão sobre a cabeça; E uma dinamite, levando para os ares água e espalhando ao redor carcaças remoídas de peixes, mariscos, moluscos, plantas, corais e de vez em quando uma mão ou um braço de um “pescador”.
A pesca com bomba continua explodindo o mar da Bahia a qualquer dia e hora, com as autoridades fazendo ouvidos de mercador e promovendo pirotecnia em ações desconexas de repressão com uso de helicóptero e lanchas. Nem a beleza de um pano de fundo com as cores de um Pôr do Sol consegue acalmar a fúria bombástica daqueles que se dizem pescadores. Dizem que essa é uma prática centenária no Brasil, País de Todos, mas em nossa bandeira está escrito: Ordem e Progresso.
Pois é… lá na Enseada dos Tainheiros (Ribeira) essa é uma prática comum e diária! Infelizmente. Abraços, Adriano (veleiro DesMaNTeLo)
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Adriano, muito obrigado pela sua participação e na confirmação do que presencio sempre que estou na Ribeira. Abraço, Nelson
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Quando estive no Angra, em Maio, estava dentro do barco e senti como se alguma coisa tivesse batido fortemente na quilha. Saí apressado para o ver o que tinha acontecido e vi dois marinheiros do clube sobre o cais. Eles me disseram que aquilo tinha sido uma bomba,
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Belo texto Nelson, devia coloca-lo na integra no Face e convocar todos a participar de uma campanha contra essa pratica criminosa.
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Bela idéia Antonio. Já fiz isso na minha fanpage “Navegar na Bahia”!!!!!!!
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Infelizmente é uma prática que nunca foi combatida.
Inclusive, diversas vezes liguei para a policia ambiental e nada faz!
Uma vergonha para a nossa bela Baía de Todos os Santos!
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Fazendo eco as suas palavras, fizemos uma denuncia ao orgão ambiental, com base em sua matéria.
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Nelson e seus leitores, ainda ontem li nos jornais que a OAB defendia a criação de novos TRJ, contra a visão do presidente do STF, Joaquim Barbosa. E o que isso tem há ver com as bombas da Baia de Todos os Santos? É que quando vejo a grandiosa, proba e justa OAB se posicionar dessa forma diante de mais um desperdício do dinheiro público que interessa particularmente aos seus integrantes, não a nação brasileira, mas aos advogados da OAB, lembro da famosa frase do imperador romano: “Até tu Brutus?”. O imperador estava perplexo diante do traidor que era o seu mais alto defensor, então eis a pergunta: Até tu OAB?
Assim é que, diante dos helicópteros e lanchas compradas com dinheiro publico, a Baia de Todos os Santos é explodida diariamente com as mesmas dinamites que explodem caixas eletrônicos, ate que a Globo resolva fazer uma reportagem.
Como é triste meu amigo a situação de nosso país.
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Nelson e seus leitores, ainda ontem li nos jornais que a OAB defendia a criação de novos TRJ, contra a visão do presidente do STF, Joaquim Barbosa. E o que isso tem há ver com as bombas da Baia de Todos os Santos? É que quando vejo a grandiosa, proba e justa OAB se posicionar dessa forma diante de mais um desperdício do dinheiro público que interessa particularmente aos seus integrantes, não a nação brasileira, mas aos advogados da OAB, lembro da famosa frase do imperador romano: “Até tu Brutus?”. O imperador estava perplexo diante do traidor que era o seu mais alto defensor, então eis a pergunta: Até tu OAB?
Assim é que, diante dos helicópteros e lanchas compradas com dinheiro publico, a Baia de Todos os Santos é explodida diariamente com as mesmas dinamites que explodem caixas eletrônicos, ate que a Globo resolva fazer uma reportagem.
Como é triste meu amigo a situação de nosso país
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Nelson e Lúcia, lembro o tempo do Poço do Dentão, em Natal, quando sentíamos o mesmo impacto das dinamites, ou melhor a mesma fúria bombástica, como cita à matéria. Abraços. Campos.
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Como escrevi no Facebook, Realmente não há espaço para se colocar tanto vagabundo, que nem esses que soltam bombas no mar, na cadeia. Por isso é que sou adepto de se condenar a chibatadas. Dez chibatadas bem dadas e eles nunca mais iriam cometer esse tipo de crime. Ah! Se não aguentar tomar as dez de uma só vez toma 5 e volta depois para tomar o resto. Isso valeria para todos os crimes. Queria ver se depois de tomar 100 o vagabundo iria assaltar novamente.
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