Na culinária Thai em geral temos carnes variadas, porco, peixe e frango. Molhos picantes, aromáticos, alguns com leite ou leite de coco. Depois as combinações com frutas.
Santo Deus como fazer uma harmonização com tantos ingredientes e as vezes conflitantes?
Calma. Certamente os vinhos Brancos Estilo Aromático. Vejamos.
Certamente a melhor combinação são os vinhos alsacianos. Os vinhos vão de minerais aos frutados e aromáticos que podem enfrentar com galhardia este prato acima.
A Alsácia no extremo nordeste francês, fronteira com a Alemanha, produz a parte da elite mundial dos vinhos brancos.
Bela e única Alsácia. Pequena região francesa que une a pragmática Alemanha com o charme da França. Fronteira móvel, região que sofreu muitas guerras ao longo da história já foi da Alemanha e depois voltou para a França, por duas vezes, e sempre entremeada de guerras, hoje, é um amálgama perfeito entre estes dois países.
Em seus 170 quilômetros de extensão produz vinhos brancos secos e bastante aromáticos e uma combinação ímpar entre açúcar, acidez e álcool, sendo um dos melhores, senão o melhor berço das castas brancas no mundo.
Ali encontraram refúgio seguro castas como Sylvanner, Riesling, Gerwürtztraminer, Pinot gris e Pinot Blanc.
Mas a beleza de hoje não traduz explicitamente a luta dos produtores locais. Desde sempre foi uma região disputada e palco de muitas guerras. A paz que reina hoje é fruto da luta incansável de seus produtores. O clima sempre frio mesmo no verão somado ao tipo de solo favorece amplamente as castas brancas. São elas:
SYLVANNER: Produz vinhos muito semelhantes aos Riesling, mas sem a complexidade desta, por outro lado, requer menos atenção do que a Riesling, precisa de menos sol e calor, seus vinhos têm cor amarelo, quase transparente, aromas mais florais, acidez bem mais educada do que a Riesling, são vinhos para serem consumidos logo, de preferência um ou dois anos depois da safra.
RIESLING: Não vamos confundir a Riesling Renana, da qual estamos a falar com a Riesling Itálica, utilizada nos espumantes nacionais.
A Riesling Renana tem como seu berço os vales dos rios Saar, Ruwer e Mosela, todos no nordeste da Alemanha. Foi introduzida na Alsácia pelos alemães. Aqui com invernos rigorosos e os verões amenos, a Riesling adaptou-se bem, tem geralmente baixo teor alcoólico, algo perto de 12 graus,o que é uma dádiva em fa
A Riesling Renana tem como seu berço os vales dos rios Saar, Ruwer e Mosela, todos no nordeste da Alemanha. Foi introduzida na Alsácia pelos alemães. Aqui com invernos rigorosos e os verões amenos, a Riesling adaptou-se bem, tem geralmente baixo teor alcoólico, algo perto de 12 graus,o que é uma dádiva em face destes quase vinhardentes que são vendidos hoje. Este mesmo frio ajuda para que a casta seja aromática, refrescante e extremamente longeva. Há exemplares que aguentam muito bem até 10 anos de garrafa.
PINOR GRIS: Originária da Alsácia, França, uva de casca avermelhada mas produz brancos da elite mundial. Possui homônimas espalhadas por vários países, na Iália, Pinot Grigi e na Alemenha Grauburgunder, entre outros. Mas é na Alsácia que esta casta alcança seu apogeu. Ali em quantidades liliputianas gera um vinho mágico, inebriante e inesquecível. Cor amarelo quase âmbar, nariz flores, frutos de polpa branca, alguma especiaria como canela e zimbro. Na taça untuoso, lágrimas densas e constantes, na boca acidez e doçura no ponto certo.
GEWÜRTZTRAMINER: A Traminer, mãe das castas Traminer, como a Traminer Rosa ou Savigny e da Gewürtztraminer é da região do Alto Adige (Itália) na antiga Süd Tirol. A Gewürtztraminer, é uma uva de casta rosada baixa produção, na Alsácia alcança sua plenitude, tanto em vinhos jovens como nos colheitas tardias para o vinho doce. Vinhos de cor âmbar possuem aromas variados e exuberantes que caracteriza Gewurztraminer. O bouquet é intenso e complexo, oferecendo uma explosão de frutas exóticas (lichia, maracujá, abacaxi, manga), flores (especialmente rosa), frutas cítricas (casca de laranja) e especiarias (gengibre, pimenta, cravo e pimenta) contribuem para dar a estes vinhos uma característica única.
É muito utilizada para a produção do Crémant D’Alsace, por ser uma casta mais ácida, frutada com aromas de maçã, pêssego e toques florais.
Uma bela companhia musical certamente será Alberta Hunter.
Tudo depende de nosso estado de espírito…assim disse algum poeta.
Em se tratando de gosto e de bolso cada um tem o seu.
A questão da harmonização é muito ampla e não genérica.
Depende em boa parte da litro-metragem, de experiência do usuário.
Já escutei muitas vezes de clientes:
– Com peixes gosto dum Malbecão!! Bem encorpado!
– Vinho branco não é vinho.
– Vinho Rose é para mulheres.
– Só bebo Argentino.
– Só bebo Chileno.
– Não gosto de Frances, de isto ou daquilo..
Complicado.
As dicas para harmonização são bases mais confortáveis para a combinação, mas não regras.
Brancos mais leves são surrados em presença de muita pimenta e com baixa acidez a gordura ganha. Então brancos com madeira, mais untuosos as vezes levam vantagem, nem sempre.
Os demi-sec da Alsácia e da Alemanha fazem bonito quase sempre mas espumantes se dão bem, quase sempre; de preferência os mais estruturados.
Boa dica a tua!
Abraço!
Falou tudo Nilson. São apenas ideias nada de imposições
Abraço!