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jul 21 2016

Avanços para a educação indígena são discutidos em Coletivo 

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realiza de hoje (21) até amanhã (22) o Coletivo Indígena da entidade, em Brasília. O objetivo do evento é trocar experiências sobre a educação indígena, suas necessidades e perspectivas, bem como unificar as lutas, sobretudo as relacionadas à educação inclusiva, que respeita as peculiaridades de cada povo.

De acordo com a secretária executiva da CNTE, Claudir Magalhães, além de conhecer a situação da educação dos povos indígenas do país, queremos também discutir e avançar nas propostas de políticas educativas alternativas que contemple esse segmento.

O evento iniciou com a mesa de debate com o tema a “Organização dos povos indígenas na atual conjuntura”, conduzida pelo doutor em educação coordenador do Curso de Licenciatura Intercultural da Universidade Federal de Roraima – UFRR, Jonildo Viana dos Santos.

“O segmento indígena é pequeno, mas possui um grande poder de conquista. A questão não é a quantidade, mas a capacidade de articular ideias e ganhar espaços”, destacou Jonildo.

No período da tarde, os participantes puderam trocar experiências, sobre a educação escolar e a situação dos educadores indígenas nos seus estados.

O professor há 17 anos na Escola Júlio Pereira, na terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, Leonardo Pereira da Silva, do Sinter/RR, falou sobre as dificuldades enfrentadas no seu estado. “A nossa escola tem hoje 269 alunos e muitas vezes para que a aula aconteça, o educador precisa comprar merenda, gás e material do seu próprio bolso, pois os recursos do governo, quando chegam, são insuficientes. Sofremos muito com a falta de recursos e falta de apoio. É necessário ter amor pelo povo e amar a profissão para ser um profissional indígena”.

“A formação de professores precisa ser discutida também, porque ela pode ser uma formação para a colonização e não para manter a cultura e especificidades indígenas. Além disso, é preciso ressaltar que esse coletivo é um mecanismo de fortalecimento, mas precisamos dar as mãos e nos unir a outras organizações e movimentos sociais, não somente indígenas, para que possamos ampliar nossa força”, disse a professora Elisa Urbano Ramos, do Sintepe/PE.

Grupos de trabalho serão organizados no segundo dia de evento, com o objetivo de compartilhar as políticas da CNTE para a organização dos profissionais da educação escolar indígena.

Confira mais fotos do evento na página da CNTE no Facebook.

Fonte: Avanços para a educação indígena são discutidos em Coletivo – CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação