Reproduzo abaixo uma publicação do Instituto Liberal de São Paulo.
Essa palestra aconteceu no Amherst College (uma universidade privada americana com custo anual para o aluno de 70 mil dólares, valor superior inclusive a Harvard). A pergunta do participante comprometido com a justiça social e o desejo de algum tipo de “vingança” pelos erros do passado foi muito bem respondida pelo palestrante, o indiano Dinesh D’Souza.
O título em português do vídeo no youtube é desnecessariamente agressivo. O vídeo é bem mais sofisticado.
Link no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=l6En3WNCJek
É uma discussão que se torna extensa e infelizmente precisa de fé para que o tempo usado não seja em vão. Digamos que não tenho essa fé. E simplesmente discordo do senhor por não achar que é questão de ser justiceiro ou não. Usar um caso para desmerecer uma discussão de cunho globalizado não é muito consistente. Se assim fosse a “moça” que protestava contra a “corrupção” da Dilma e foi pega com ponto para colar na prova do ENEM colocaria esse discurso contra a esquerda no lixo. Mas penso que as discussões quando são baseadas nas ideias e ideais que carregam são muito mais frutíferas que discussões sobre pessoas e ações. Acho que Einsten disse isso de outra forma srsrsrs
André, você enrolou bem, mas comparou mal. O vídeo discute ideias, claramente. A questão central é: qual a melhor solução para lidar com o passado de uma nação? Na opinião do professor Dinesh D’Souza (e na minha também) não é, como sugere o aluno, algum tipo de confisco redistributivo, que apenas gera desarranjo, arbitrariedades e conflitos, mas estabelecer leis justas, como os citados direitos civis, no caso a igualdade de todos perante a lei. Observe que da conquistas dos direitos civis dos negros na década de 1960 até hoje passaram-se menos de 50 anos e há um presidente negro na Casa Branca, além de muitos outros negros em posição de destaque na politica e nas universidades, para ficarmos em dois territórios de que os negros estavam segregados.
Depende do que toma por justiça. Obama é uma realidade da qual desconheço o contexto com maior propriedade. Mas creio que o senhor seja contra cotas raciais, já que apoia liberais. Aí peço mais um instante de reflexão sua, ou de leitura da sua memória para que busque uma avaliação sobre as proporções que esses acessos se apresentam, seja nas empresas ou nas universidades. Se essa proporção for semelhante às funções de baixo valor agregado nos salários, às periferias urbanas e aos presídios. Aí direi que não se trata de um discurso ideológico que pretende afastar refutações com o intuito não de respondê-las, mas de silenciá-las, pois alguns discursos ameaçam o domínio econômico, cultural e epistêmico de uns poucos cidadãos.
Nossa sociedade capitalista, canibalista e selvagem sempre vai perpetuar os ricos mais ricos e pobres mais pobres, pois todos os mecanismos de créditos e de leis favorecem os mais favorecidos, até porque são eles mesmos que os criam e controlam.
André, nos EUA houve um bem sucedido sistema de cotas, mas ele não excluía o mérito. Discuto mais esta questão das cotas aqui:
A MERITOCRACIA E SEU OPOSTO
Vingança não, apenas pessoas que aprenderam a ver, o outro lado do rio!
Rio que já passou há mais de cem anos…
A maior parte da população pobre é negra, contudo não exclusivamente negra.
Estima se que desembarcou no Brasil 5 milhões de escravos, Contudo estima-se que até a Década de 60 desembarcou no Brasil também cinco milhões de imigrantes entre italianos e portugueses em sua maioria para trabalharem na plantação de café, quase que trabalho escravo.
Minha pergunta é, qual divida estes imigrantes tem para com os negros, pois nem aqui estavam?
Outra pergunta é, os negros permaneceram puros sem misturar se aos demais imigrantes?
Fenômeno qualitativo e quantitativo simples e fácil de apurar.
O problema do negro no Brasil não estar na medicina ou no direito ou na engenharia, não é ser negro, mas ser pobre.
Nestas décadas que passaram todos se misturaram, todos tiveram as mesmas condições de oportunidades ou de lutarem, mas ao invés disso colocam se em posição de coitados.
Meu bisavô foi negro e tenho orgulho de toda minha família, minha bisavó foi portuguesa, meus pais são nordestinos. A questão é lutar.
Você sabia que a primeira mulher a formar-se engenheira no Brasil não foi Branca? foi uma negra do Panará.
Pouco importa para mim se é negro ou branco do olho azul. A pobreza castiga a todos.
Estudei em escola pública, sei do que falo. Enquanto eu trabalhava e ganhava 110 URVs e pagava 90 URVs de cursinho, meus amigos negros compravam tênis e qual dívida tenho com eles?.
A questão de querer dividir o pobre em branco, negro, asiáticos é que na sua teoria revolucionária do louco Marx, precisa dividir em classes.
Na minha teoria capitalista, digo que precisa melhorar o ensino básico e médio. Deixar de investir em universidade, privatizar todas e dar bolsas a quem não pode pagar. Assim poderia aumentar em 60% o acesso de pobres à universidade, pois 60% de quem esta na USP pode pagar e isso não custaria um real a mais ao estado.
Mas vou além, aquele que fez universidade com bolsa, deve devolver o pagamento em trabalho à sociedade, melhorando o ensino básico e médio, atendimento hospitalar, dentário.
A história já fez muitas barbáries, mas quem se levantou e lutou esta colhendo seus frutos, foram judeus, foram diversos outros povos. Fazendo comparação rápida, foram 5 milhões de negros trazidos como escravos e 6 milhões de judeus escravizados e mortos.
Foram 110 milhões mortos pelo comunismo socialismo.
Não devo nada aos negros, nem aos asiáticos, nem aos italianos, nem aos portugueses. Devo tudo ao meu trabalho, a minha luta, a agarrar as oportunidades.
Parabéns pelo seu comentário e faço minhas todas as suas palavras!
Engenheiro Sampaio Didático! Mas ela não vai entender… E se entender, não vai aceitar….A “Seita” corrompe a arazão e a alma , e por fim, cega os esquerdistas. Muitos já escaparam dela. Eu por exemplo, demorei muitos anos, e paulatinamente fui entendendo do mundo real e rejeitando a mentira e a propaganda irreal. Agora penso livremente e não defendo mais o indefensável e nem sou seletivo nos meus elogios e acusações…Basta mais leitura, conhecimento e maturidade para deixar de militar por partidos e causas radicais da Esquerda.
Parabéns pelo seu comentário e faço minhas todas as suas palavras!
E viva o Eu!
Maria Cecilia, sim, viva o EU. É o EU quem pode e deve ser sujeito das ações que podem mudar sua vida. É o EU quem pode trabalhar, planejar e contribuir para que exista um bem-estar coletivo. Se o EU não faz sua parte, criamos uma sociedade babá e pessoas acomodadas.
Esse vídeo , o aluno é americano e o professor indiano e fala sobre a Riqueza da nação americana, e seu histórico de espoliação e colonialismo, da mesma forma digo que o Brasil foi um país cruel e escravista, explorador de seu próprio povo na mão dos colonizadores Portugueses, espanhóis, ingleses, holandeses….quando estava vendo o video pensei: – será que a informação que o professor afirma como sendo de carater hipócrita se encaixaria em outros contextos??? será que ele falaria isso a um alemão ou um judeu que esteve na Alemanha Nazista??? (sim porque os alemães tem vergonha dessa fase de sua história) será que essa afirmação se encaixaria em qualquer contexto ou nação que não admite seu passado espurio?
A afirmação de “envolve destruir a liberdade de uma sociedade livre” …a noção de liberdade é do tamanho da sua percepção….se sua vida gira em torno de uma sociedade que prefere ignorar seu passado, alienar-se, e achar que liberdade construída em cima de mortes, escravidão podem ser chamadas realmente de liberdade….eu mudaria seu sentido no dicionário!!! não é revanchismo, guerra ou hipocrisia questionar a sociedade em que se vive, e por quais parâmetros elas são moldadas…não é hipocrisia não compreender o tamanho da MENTIRA, na qual a sociedade civil construiu suas bases….o papel do aluno sempre é questionar….e essa minhas afirmações não negam o estado de direito, as leis , mas sim entendem de que forma e porque foram construídas….colocar pedra sobre pedra e enterrar o passado é por aqueles que não conhecem suas raízes, e as vocações da humanidade que tanto pode ser harmonica em construir equilibrio, quanto cruel e sanguinária em travar violentas guerras para consegui-la….papel de aluno é sempre esse, questionar…e papel de professor é ensinar, mas tb aprender,,,,nota 0 para esse professor
E outra o pensamento do aluno que perguntou não é isolado…milhares de livros e correntes históricas , tb Galeno já descreveu em VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA, nos dando uma luz a um ponto chave…porque os EUA tem uma economia tão punjante, agora ou no passado?…nenhum de nós pode ignorar fatos históricos das inumeras visitinhas dos Americanos e ingleses as riquezas da America latina, ou vc não acredita nisso? a pergunta principal não era sobre a justiça social, porque ela é consequência, mas sim sobre o colonialismo predatório do passado? capisce?
Sabe o que mais? em termos de Brasil e de esquerdas (época em que me encaixo) somos muito vitimistas, a maldade do mundo nos oprime, as desigualdades sociais….o que tinha que ser feito realmente é não ter havido anistia e sim ter julgado a todos , inclusive comunistas e tb os militares a ditadura, para que todos tivessem sua justiça, aqueles que ficaram orfãs de pátria, de familia, de politica etc….o mal da esquerda brasileira é que passa a mão na cabeça dos outros, ou é submissa e depois fica a mercê de revanchismos! falei….
Lu, a questão central do vídeo é: qual a melhor solução para lidar com o passado de uma nação? Na opinião do professor Dinesh D’Souza (e na minha também) não é, como sugere o aluno, algum tipo de confisco redistributivo, que apenas gera desarranjo, arbitrariedades e conflitos, mas estabelecer leis justas, como os citados direitos civis, no caso a igualdade de todos perante a lei. Observe que da conquistas dos direitos civis dos negros na década de 1960 até hoje passaram-se menos de 50 anos e há um presidente negro na Casa Branca, além de muitos outros negros em posição de destaque na politica e nas universidades, para ficarmos em dois territórios de que os negros estavam segregados. Quanto aos motivos da riqueza dos EUA, você sabia que no final do século XIX o PIB brasileiro era um pouco maior que o dos EUA? A explicação para o sucesso deles e nossas dificuldades está ligada fundamentalmente às escolhas que cada país fez. A culpa e o mérito não são externos, mas internos. Sua visão reflete exatamente o que digo neste outro artigo:
EDUARDO GALEANO, AS VEIAS E O CORAÇÃO ABERTOS.
E a justica ? Onde se encaixa? Justica nao é olhar passado com ódio. Justicamento , sim,
Denise, se seu comentário significa concordar com a solução realista citada por Danish, estamos de acordo.
Se significa sonhar com algum tipo de justiça retroativa, você, como o rapaz na palestra, não percebem o quão perniciosa é a solução com que sonham.
A indenização feita pelo governo aos “vítimas da ditadura”, através da Comissão da Anistia, cujo montante ultrapassa R$ 3.500.000.000,00 (três bilhões e quinhentos milhões de reais), acompanha a linha de raciocínio do garotão esquerda-caviar . Abre-se outro debate: e os militares não serão indenizados como vítimas de guerrilha?!!! E meu pai, que não participou em nenhuma das partes mencionadas mas foi “vítima” do custo econômico que isso causou, sem levantar uma pedra…etc, etc…Está correto o professor! Criamos mecanismos contemporâneos para avançarmos em uma direção segura, sem ter que olhar com ódio um passado abominável. Isso é avanço, maturidade, engrandecimento. Muito bom o puxão de orelha…