Ontem minha aluna, que está prestando arquitetura, me contou que no cursinho trouxeram uma corretora do Enem para uma palestra.

A corretora falou sobre “o que pode e o que não pode fazer no Enem”. Sempre como se o Enem fosse um “puzzle”! Como se a redação do Enem fosse algo muito diferente de tudo que se viu sobre dissertação argumentativa…

E… convenhamos… num país onde escolas que treinam a redação do aluno decentemente é coisa raríssima, não é o caso de criar um “puzzle”, concorda? Se o aluno for claro  e organizado já é um avanço!

Mas, voltando à palestra, num certo momento – narra minha aluna – a corretora garantiu que não se pode usar “eu” na redação (já falei sobre isso, você sabe). Ok. Eis que minutos depois essa mesma corretora garantiu que é necessário deixar clara nossa opinião (nossa tese) no texto. Aí foi engraçado, porque os alunos notaram a contradição, até seguraram a respiração mas… ninguém abriu a boca.

E olha que são alunos de 17, 20 ou mais anos de idade! Gente que parece se comunicar sem medos… todavia que não reagem em casos assim.

Não me pergunte como fica a cabeça desses alunos para fazer a redação do Enem…

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