EPICHURUS

Natação e cia.

Um rival pra chamar de seu

Responda rápido: você prefere construir sua trajetória com ou sem rivais?

Os anos 80 foram a década de ouro da natação paranaense.

As raras presenças em pódios das principais competições nacionais, como no recorde sul-americano conquistado por Ilana Kriger, do Clube do Golfinho, no Troféu Brasil de 1977 e as três participações consecutivas da londrinense Dirce Sakai nos sulamericanos de 1977, 79 e 81, foram gradativamente tornando-se mais frequentes, tanto através de atletas de clubes da capital como de atletas de Londrina, da ACEL, Canadá e Londrina Country Club.

O ritmo da evolução mudou a partir de 1983: a cada competição mais medalhas, recordes, tanto nas provas masculinas quanto nas femininas e raras tornaram-se as provas em que não havia um paranaense no pódio.

ORGANIZAÇÃO E SERIEDADE                               A FDAP fazia trabalho criterioso. Havia diploma para finalistas em estaduais. Esse carimbo está no verso de um dos meus diplomas.

ORGANIZAÇÃO E SERIEDADE                             A FDAP fazia trabalho criterioso. Havia certificados para finalistas em estaduais. Esse carimbo está no verso de um deles.

O ciclo virtuoso estava estabelecido: os atletas novos tinham ídolos próximos para se espelhar, a FDAP – Federação dos Desportos Aquáticos do Paraná – aumentava sua influência na CBN – Confederação Brasileira de Natação (atual CBDA), havia dirigentes (pais apaixonados pela causa) próximos a políticos importantes, aos principais meios de comunicação e ao empresariado.

Tanto pela expressão dos resultados alcançados como por essa proximidade, a natação conquistava mais espaço na mídia. A Gazeta do Povo – principal jornal do estado, chegou a enviar um jornalista para cobrir um Troféu Brasil em São Paulo e tivemos algumas matérias de página inteira.

Na contagem de pontos por equipes, o Clube do Golfinho chegou ao vice-campeonato no Troféu Julio Delamare e o Clube Curitibano no Troféu Brasil, competindo de igual para igual com o Flamengo, Pinheiros/SP e Minas Tênis Clube, principais forças da natação brasileira.

A cada Seleção Brasileira convocada, seja para Campeonatos Sul-Americanos, como Copas Latinas, Campeonatos Mundiais ou Jogos Panamericanos, aumentava a participação de nossos atletas nas listas.

Algumas vezes os atletas de maior destaque foram recebidos pelo Governador no Palácio do Governo, para homenagens e um almoço com o líder do executivo estadual. Tive o prazer de estar lá com Álvaro Dias, em 1987.

1987 - Foto de reportagem publicada na Gazeta do Povo

1987 – Foto de reportagem publicada na Gazeta do Povo. Da esquerda para a direita – Luiz Gastão Mendes Lima (dirigente CC), Nestor Baptista (vereador), Mariela Bosquirolli (diretora de natação CC), Edison Morozowski (presidente Golfinho), Edson Gradia (secretário de esportes), Antonio Lopes de Noronha (presidente FDAP), Úrsula Sprengel, Reinaldo Souza Dias, Mirian Arthur, Carlos Becker Neto, Renato Ramalho, Álvaro Dias, Eduardo De Poli, Isabele Vieira, Rogério Romero, Cristiano Michelena, Ana Júlia Borell, Fernando Magalhães, Cláudia Sprengel e Patricia Koglin.

e a reportagem publicada junto com a foto.

e a reportagem publicada junto com a foto.

Na delegação brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Seoul em 1988, estavam Renato Ramalho do Clube Curitibano, Eduardo De Poli e Rogério Romero do Clube do Golfinho. Também incluo na lista de paranaenses*, Isabele Vieira e Cristiano Michelena, que cerca de um ano antes haviam se transferido para o Pinheiros e o Flamengo, mas que foram revelados pelo Curitibano e Golfinho, respectivamente.

*Ramalho é paulista de nascimento e Michelena, gaúcho. O termo paranaense é aplicado em referência à natação paranaense porque Ramalho veio recém-nascido para Curitiba, começou a nadar no Golfinho e com 9 anos já estava no Clube Curitibano. Michelena aprendeu a nadar no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, mas também veio para Curitiba antes dos 10 anos de idade.

Ou seja, com 5 atletas, foi o estado que mais contribuiu para a delegação olímpica nacional.

São breves linhas de uma história de sucesso, que contou com a participação de centenas de outros personagens, foi construída a partir de sonhos individuais que se tornaram o sonho de um grupo de pessoas que trabalharam demais, descobriram seus talentos e desenvolveram incríveis competências e que, em minha opinião, teve como principal força motriz a rivalidade entre o Clube Curitibano e o Clube do Golfinho.

Esta rivalidade ampliou a dimensão de cada disputa. Numa época em que tínhamos pouco acesso a resultados de competições de outros estados, muito menos de outros países, uma informação do que se passava na piscina do rival, já causava um burburinho durante o treino ou nos longos papos de vestiário.

Os Torneios Regionais, competições menos importantes do calendário, tornaram-se disputas acirradas, especialmente em provas de revezamentos. Cada um dava 110% ou mais. A emoção ficava a flor da pele e alguns excessos foram cometidos.

No balanço dos anos, um profundo respeito à história escrita.

Uma celebração ao serviço que a rivalidade oferece ao nosso desenvolvimento.

E nas lembranças de cada um, flashes dos capítulos vividos nas disputas com seus rivais individuais.

Com vocês, meu arquirrival

Em 1980, aos 10 anos de idade, e muito antes de construir o entendimento exposto até aqui, travei algumas incríveis disputas com João Ricardo Tramujas Von Borell Du Vernay.

eu e Dado em janeiro de 2013

eu e Dado em janeiro de 2013

Segundo comentário de Cristiano Michelena no post – A natação e eu – publicado em novembro de 2012:  “Rivalidade Dadão vs Smaga. Poucos no Brasil talvez saibam, mas era dinamite no início da década de 80”. E era mesmo.

Um foi fundamental no desenvolvimento do outro e a partir do próximo post vocês saberão porque.

Agradeço a leitura e convido aos que vivenciaram essa época a deixar uma lembrança marcante nos comentários ou ainda, a homenagear um rival que te inspirou a ir mais além.

Forte abraço,

Fernando Magalhães

1985 Governador José Richa

1985 – Governador José Richa (na cabeceira) recebe os campeões sulamericanos. De costas – Luiz Fernando Graczyk, Eduardo De Poli, Felipe Michelena e Hélcio Borell (pai do Dado). De frente – Betina Kleiner, Renato Ramalho, Antônio Lopes de Noronha (presidente FDAP), Reinaldo Souza Dias (técnico do Golfinho e seleção), Constantino Viaro (presidente do Curitibano) e aquele último senhor eu não sei quem é.

Sobre Fernando Cunha Magalhães

Foi bi-campeão dos 50m livre no Troféu Brasil (87 e 89). Recordista brasileiro absoluto dos 100m livre e recordista sulamericano absoluto dos 4x100m livre. Competiu pelo Clube Curitibano (78 a 90) e pelo Pinheiros/SP (91 a 95). Defendeu o Brasil em duas Copas Latinas. Foi recordista sulamericano master. É conselheiro do Clube Curitibano.

39 comentários em “Um rival pra chamar de seu

  1. rcordani
    24 de janeiro de 2013

    Excelente Esmaga, rivais são o motor de quase tudo! Os paranaenses quebravam tudo na década de 80!

    Meus arquirivais (Lelo, Polaco, LAM, Munhoz, etc) já são citados sempre nos meus posts, então vou relembrar alguns outros duelos épicos da nossa época:

    Marcelo Grangeiro x Cristiano Michelena
    Adriana Ruggeri x Simone Nakano
    Eduardo Picinini x Maurício Cunha
    Lelo x Oscar Godoi
    Patrícia Amorim x Cristiane Pereira (prometi um post para esse duelo, mas ainda não escrevi)
    Rogério Romero x Henrique Americano de Freitas
    Jorge Fernandes x Cyro Delgado
    MTC x ECP x CRF

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de janeiro de 2013

      Sem dúvida Cordani, só tem craque nesta lista.
      Eram disputas que geravam grande expectativa e todo mundo parava pra assistir.
      Abraços.

    • Lelo Menezes
      25 de janeiro de 2013

      Viviane Motti e Bia Lages era sempre épico!

      E 100 Borboleta com Júnior, Mauricio Cunha, André Teixeira e Piccinini era absolutamente impossível palpitar um vencedor.

      • rcordani
        30 de janeiro de 2013

        Putz, faltou uma que praticamente movimentou sozinha a natação brasileira por vários anos, gerando muita audiência, mudando horário de finais e etc: Gustavo Borges x Xuxa!

      • Fernando Cunha Magalhães
        31 de janeiro de 2013

        3 centésimos de diferença na dobradinha da final do mundial de piscina curta em 95. E vários outros pegas eletrizantes.

  2. Marina Cordani
    24 de janeiro de 2013

    A década de 80 também foi a primeira era de glória para a equipe do Paineiras, sob comando do Pancho. O Paineiras teve pouquíssimos atletas com alguma expressão até essa época. Depois voltou a brilhar, caiu de novo, voltou a brilhar de novo, e hoje está muito bem! Mas os anos 80 foram especiais porque colocaram o Paineiras no cenário da natação paulista e brasileira. Eu era das mais velhas, e tinha que me esforçar muito para fazer tempos melhores que as mais novas, chegando com força total. Luciana Fleury, Endira Cordeiro, Lienne Carla Pires, Deborah Nespatti, Adriana Ruggeri (ainda bem que eu não nadava peito!). Uma amiga minha em especial me dava calafrios quando estava na mesma prova que eu, pior se na mesma série: Ana Cristina de Camargo Barros (hoje Ana Cristina Mantelatto Dias). Sei que meus tempos de livre foram impulsionados porque eu não queria perder para minha amiga um ano mais nova! Uma pena que ela parou de nadar aos 14, pois tenho certeza de que seria uma grande velocista. Outra paulista que me ajudou a melhorar tempos em medley foi a atleta Renata Dutra, do Pinheiros. A gente não era top, não subia no primeiro lugar do pódio, que era da Fernanda Dinamarco Feitosa sempre. Mas nossa diferença de tempo era SEMPRE de 1 segundo, e quem é que não ia ficar com raiva de nadar 400 medley e perder uma colocação no pódio por 1 segundo? Nossos finais de prova eram sempre emocionantes! Melhor quando eu ganhava, claro! Eu nem ligava para a Fernanda, geralmente 25 metros na frente! Ter rivais é bom, faz crescer. Mas desde que a pressão não seja muito grande em cima de você mesmo!

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de janeiro de 2013

      Oi Marina,
      Estamos o tempo todo a procura de referências.
      Se Fernanda parecia inalcançável, a percepção da rivalidade com a Ana Cristina e a Renata te fizeram ir além. Imagino a louca vontade de um dia chegar aos 350m com uma vantagem confortável, mas prova após prova, levar a disputa angustiante até os últimos metros do 400m medley. Muito boa a história.
      Quanto às meninas da geração seguinte, deixaram muitas marcas. Era um timaço.
      E no fim de 2012 vi a Pamela dar um show no brasileiro em Curitiba. Quem sabe uma futura finalista olímpica vinda do Paineiras!

  3. Dado Borell
    24 de janeiro de 2013

    Salve Maga;
    Foram muitos sábados e domingos de disputas. Lembro muito bem daqueles 100 ou 200 que o resultado era somente por juiz de chegada.
    Estou curioso para ver as “cenas dos próximos capítulos” para entender a profundidade das suas memórias.
    Confesso que lembro daquela final de brasileiro em 1980, no GNU em POA, 100m livre, virei em sétimo, queria guardar gás para volta. Depois de chegar o suspense para ouvir o resultado, no placar 1´06″19. O figura falou meu nome inteiro, era amigo de meu pai. Vc me deu um abraço fora da piscina, naquela época vivíamos a rivalidade. Nunca te disse isto, mas aquele seu sorriso sincero está marcado na memória, mudou meu jeito de pensar no “arquirrival”.
    E aquela piscina da UEL em Londrina que deixava o cabelo mais duro que Bombril?!?!?!?!?! Acho que esta é uma das causas a minha “careca”. Palco de muitas provas boas.
    Anos depois, eu já tinha até parado de jogar vôlei e estava bem no início do polo. Vc e o Tite treinando no Curitibano, eu estava dando uma “nadada”. O Tite fala: “este aí se não tivesse parado cedo…”. Convite para uma série, fugi da raia, aquela não era mais a minha praia.
    Bj no coração meu amigo e “arquirrival”.
    Dado Borell

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de janeiro de 2013

      Dadão,
      seus comentários ativam minha vontade de sair escrevendo tudo, mas preciso guardar para os posts.
      Agora essa não seguro: lembro de estar exausto e frustrado agarrado na raia do GNU em 80 e ouvir o figura começar a anunciar o recorde e não parar mais de falar seu nome. Até aquela hora não sabia nem do Tramujas, nem do Von, nem do Du Vernay. Lembro perfeitamente da entonação e entusiasmo que ele usou atribuindo um ar épico para o anúncio.
      Não sei se alguém filmou mas nunca vi e ouvi poucos comentários sobre a prova. Sei o que senti, detalhes das eliminatórias, aquecimento e o resultado. E só agora estou sabendo agora que você virou em 7o. Um show!
      Abração amigo e até o próximo post.

  4. Flávio Amaral
    24 de janeiro de 2013

    É muito bacana escutar essa velhas histórias.
    Realmente a gente só sabia dos resultados nos outros estados nos campeonatos brasileiros e afins e algumas competições de integração que fazíamos muito.
    Lembro da primeira vez que o Golfinho veio nadar a Copa Vermelhinha, nas primeiras edições depois todos saíamos para se divertir. Chegamos a ir 70 pessoas no cinema.
    Lembro que o primeiro cara que vi nadar 400 livre abaixo de 4 min foi o Eduardo de Poli. Era algo novo para nós mas também motivador.
    Hoje me falaram que esse clima de clube que vivemos não existe mais o que contribuiu para a decadência da maioria. O profissionalismo foi muito bom pro esporte, mas saudoso para as rivalidades e relações.
    Rivais na piscina, mas amigos fora dela.
    Abraços.

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de janeiro de 2013

      Bem isso, Flávio.
      70 nadadores no cinema deve ser o recorde brasileiro.
      E o Edu era mesmo um craque que contava com a admiração de todos.
      Sobre não haver “clima de clube” atualmente, não tenho acompanhado de perto, mas fui a um brasileiro que teve aqui no Curitibano em dezembro e gostei muito da integração de alguns times.
      Abraço e obrigado pelo comentário.

  5. Anna Paula Fumis Campos
    24 de janeiro de 2013

    Tem um tipo de rivalidade que, em grandes equipes, fazia muita gente nadar algumas provas com uma “racinha” a mais: a tentativa de estar no revezamento A em grandes competições. Prá quem não visava medalhas em provas individuais, pódiuns, seleções (não por falta de vontade, mas acho que todos sabíamos bem nossos reais limites…), estar num revezamento A do ECP num Troféu Brasil, por exemplo, era demais!!! Prá mim era! Era final na certa, era disputa de medalha, era sempre uma adrenalina deliciosa. E, geralmente, a disputa era prá uma vaguinha só, máximo duas, já que as outras já eram com certeza de nadadoras alto nível medalhistas e tal.
    Grandes disputas, grandes alegrias, grandes tristezas… (e quando a gente ganhava a vaga, comemorava MUITO, internamente se achava o máximo, e aí nadava mal prá caramba no revezamento… Mas aí já é outra história…)

    • Fernando Cunha Magalhães
      24 de janeiro de 2013

      Oooopa, ótima lembrança Anna Paula.
      Muita rivalidade nisso aí… vi várias eliminatórias internas pra essas decisões e na maioria das vezes critérios justos de escalação, mas também já vi escalações “políticas” e disputa de vaga “no palitinho”.
      Quanto a vaga na equipe A do ECP, quando cheguei por aí o time era tão forte que mesmo sendo finalista A na prova de 100 livre no Troféu Brasil, fui o 5o tempo do time. Mas aí o Manu pediu pra abrir a equipe B e herdei a vaga pra nadar com o Gustavo, JR e Castor, levar o ouro e de quebra um recorde de campeonato.

    • rcordani
      25 de janeiro de 2013

      Podicrê, Tulipa, eliminatórias internas de revezamento eram ultra importantes no CPM também. O Pancho era simplesmente desesperado por eliminatórias! Quem sabe eu faço um post sobre isso algum dia desses…

  6. Lelo Menezes
    25 de janeiro de 2013

    Excelente texto Esmaga! Impressionante como você consegue guardar na memória esses fatos de tanto tempo atras! A natação paranaense sempre foi muito forte! Quando eu era bem moleque eu admirava o irmão do Castor, o Felipe, que detonava de peito. Não sei porque ele parou de nadar tão cedo. Se não me engano, a ultima vez que o vi nadando foi no JD de 86 em Porto Alegre! Alias, o estilo peito sempre foi forte por lá. Malburg, Luis Alfredo, Miguita, e o próprio Felipe são alguns nomes que me vem em mente!

    Abraço

    • Fernando Cunha Magalhães
      25 de janeiro de 2013

      Obrigado Lelo.
      Realmente Lelo, o Felipe Michelena teve uma evolução meteórica, ganhou muitos brasileiros e chegou a ser melhor índice técnico no sulamericano de 1985 na prova de 200m peito.
      Não entendi a performance de POA em 86 e não lembro se nadou o TB de BH em jan87, mas ele parou por aí mesmo.
      Na lista dos peitistas de elite tem meu ídolo, Newton Kaminski, bronze nos 100 peito no TB de jan84 e prata no TB de Campinas em jan85. Ainda, Fabiano Costa, bronze nos 200 peito no TB de jan86. E mais Belini, ouro no JD não sei de que ano, Hilton Tufo Zattoni, bronze no JD83.

  7. Ana Julia von Borell du Vernay França
    25 de janeiro de 2013

    Muito boa estas memórias do SMAGA!!! Emocionante ler suas e ao mesmo tempo nossas histórias.Lembro bem desta rivalidade era de parar a arquibancada!
    Algumas peitistas minhas rivais :
    Betina Kleiner, Miriam Gomes, Gerorgiana Magalhães, Márcia Rezende; são as que eu me lembro…
    Abraços

    • Fernando Cunha Magalhães
      27 de janeiro de 2013

      Oi Ana Julia,
      gostou de se ver ali na foto do jornal?
      Tinha essa no seu acervo?
      Que bom que a leitura te agradou. Lembro bem das suas disputas com essas rivais e como você e a Betina mostraram o caminho pra Joyce chegar junto nestas disputas.
      Um beijo.

  8. Enio de Aragón
    28 de janeiro de 2013

    Ainda nos anos 70, considero nossa participação nas Universíadas de Sofia em 1977, juntamente com Romulo Duncan Arantes Jr. (que Deus o tenha), Ruy Tadeu Aquino, recordista sul americano dos 100 metros livres por um bom tempo e Sergio Reitzfeld, em um 4×100 porreta, também importante. Ainda por cima, contando com a camaradagem do lendário José Silvio Fiolo, nosso recordista mundial dos 100 peito em sua derradeira participação.

    • rcordani
      29 de janeiro de 2013

      Enio, o Romulo ganhou essa Universíade, correto? E você sabe se foi nessa que ele foi acusado de “puxar a raia”?

      • enioaragon
        30 de janeiro de 2013

        Nessa ele ganhou limpinho. Única medalha de ouro do Brasil. Uma das melhores provas de 100 costas que já assisti. Todo mundo na mesma linha mas, na batida, deu prá perceber o braço do Rominho na frente. Pena que pela manhã ele nadou muito fácil o reveza 4×100 livre e não nos classificamos por centésimos. A noite, para comemorar o ouro, ele arrumou uma briga em um bar e foi embora no dia seguinte.

      • Fernando Cunha Magalhães
        31 de janeiro de 2013

        Arrumou briga e vazou. Figura esse talentosíssimo Rominho.
        Fiquei impressionado com o show que ele deu com uma banda na festa de encerramento do mundial de piscina curta de 95. Destaque para Unchained my Heart.

    • Fernando Cunha Magalhães
      29 de janeiro de 2013

      Que honra participar desse timaço, hein, Enio?

      É meu amigo, você escreveu linhas importantíssimas na história da natação paranaense.

      Obrigado pelo comentário.

      Abraço.

  9. Fabio Storelli
    28 de janeiro de 2013

    Rapaz, que espaço legal!! Acabei de conhecer seguindo um post do Juca Kfouri…
    Tenho bastante leitura pela frente..
    Abração Smaga!

    • Fernando Cunha Magalhães
      28 de janeiro de 2013

      Seguindo um post do Juca??? Que bacana.
      Legal que você chegou por aqui, meu amigo.
      Esse foi meu 4o post… encontrarás facilmente os outros 3 por aí.
      Forte abraço!

  10. Berenice Morozowski
    29 de janeiro de 2013

    Essas historias devem ser contadas… Adorei esse diário!!!!!

    • Fernando Cunha Magalhães
      29 de janeiro de 2013

      Obrigado Berenice.
      Super bem vinda a chegada da família Morozowski nos comentários do Epichurus.

  11. Patrick Winkler
    30 de janeiro de 2013

    Rivais nas piscina ja é emocionante
    agora imagine Rivais nas Maratonas Aquáticas, uma modalidade onde existe o CONTATO FISICO é até mais interessante
    O duelo Poliana Okimoto VS Ana Marcela Cunha sempre é atrativo
    ainda mais numa chegada como Travessia dos Fortes

    • rcordani
      30 de janeiro de 2013

      É mesmo Patrick, essa rivalidade vai dar o que falar!

    • Fernando Cunha Magalhães
      31 de janeiro de 2013

      De fato. Acho que até passaram do ponto. Uma percepção diferente sobre as possibilidades de um trabalho em conjunto poderia até ter nos proporcionado uma ou duas medalhas em Beijing 2008.

      Sobre a maratona dos Fortes, não teve uma com diferença de menos de um décimo de segundo?

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  17. Miriam Cristina Artur Borcath
    29 de janeiro de 2014

    Tenho orgulho de ter feito parte daque época de ouro e ter presenciado e vivido a tal rivalidade que com certeza nos motivou a nos destacar nacionalmente. Lembro de uma coisa engraçada no dia do almoço com o Governador da época. Na hora do almoço dei azar de sentar bem na frente dele e ter que me comportar direitinho. Lembro que tinha talheres e outros utensílios que eu nem sabia usar. Então a gente esperava ele fazer e assim todo mundo ia copiando. Tinha uma tigela de inox com água que eu nem sabia pra o que servia e vi gente lavando os dedos nela (eu não, kkkkk). Depois o Alvaro usou para lavar as frutas que estavam na mesa. Kkkkkk muito engraçado, mas foi uma honra participar daquele almoço. Nunca mais fui ao Palácio do Governo depois desse dia. Bjs Smaga.

    • Fernando Cunha Magalhães
      30 de janeiro de 2014

      He he… engraçado mesmo, e sem dúvida, um dia marcante.
      Também não voltei lá depois disso.
      Bjs

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